Gatos: o ato de "amassar pãozinho" carrega significados por trás (Nils Jacobi/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 16 de dezembro de 2025 às 01h19.
O comportamento mais amado de quem tem gato é quando eles fazem o famoso “amassar pãozinho”. A cena é tão conhecida que ficou quase universalmente associada à imagem de um gato relaxado e feliz. Mas, segundo especialistas, esse gesto vai muito além da fofura.
Quando um gato filhote ainda mama, ele pressiona alternadamente as patas na barriga da mãe para estimular o fluxo de leite — um gesto que, além de funcional, está ligado à sensação de conforto e segurança. Esse reflexo pode permanecer na vida adulta como um comportamento herdado e associado ao bem-estar emocional.
“Amassar pãozinho” ou kneading, como é conhecido na literatura comportamental, aparece frequentemente quando o gato está relaxado, prestes a dormir ou simplesmente "relax". A repetição do movimento aciona regiões cerebrais associadas ao prazer e à liberação de hormônios que promovem sensação de conforto.
As almofadinhas das patas dos gatos possuem glândulas que liberam feromônios, substâncias químicas que ajudam a marcar território. Ao amassar cobertas, roupas ou até o colo do tutor, o gato está deixando um “sinal olfativo” de que aquele é um ambiente seguro e familiar.
Esse tipo de “marcação silenciosa” é um modo sutil de comunicação felina, sinalizando confiança e pertencimento sem a necessidade de sons ou movimentos dramáticos.
Especialistas destacam que o ato de amassar também pode funcionar como um mecanismo de autorregulação emocional. Em momentos de estresse, como após barulhos altos, visitas ou mudanças no ambiente doméstico, os gatos podem recorrer a esse movimento para restabelecer sua sensação de equilíbrio interno.
Embora na maioria seja um comportamento natural e saudável, há situações em que os donos devem observar com atenção. Amassar de forma excessiva, acompanhado de lambeduras compulsivas ou inquietação, pode indicar que o animal está ansioso ou carente de estímulos no ambiente. Nesses casos, enriquecer o espaço com brinquedos, arranhadores ou rotinas de brincadeiras pode ajudar a aliviar possíveis tensões.