Cães farejadores detectam covid-19 tão bem quanto testes PCR
Resultados mostram que cães farejadores poderiam ser mais utilizados em aeroportos, estações de trem ou onde quer que multidões se amontoem para examinar pessoas
Bloomberg
Publicado em 19 de maio de 2021 às 15h34.
Corinne Gretler, da Bloomberg
Os cães são capazes de detectar a covid-19 em humanos, mostrou um novo estudo, abrindo caminho para o uso mais amplo de cães farejadores no esforço global para conter a pandemia.
A detecção dos cães atingiu 97% de sensibilidade no estudo francês, o que significa que podem identificar bem as amostras positivas. O método também obteve 91% de especificidade no que diz respeito a capacidade de cães identificarem amostras negativas. A classificação de sensibilidade supera a de muitos testes rápidos com antígenos, que tendem a sermelhores em descartar a infecção do que em encontrá-la.
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Os resultados mostram que cães farejadores poderiam ser mais utilizados em aeroportos, estações de trem ou onde quer que multidões se amontoem para examinar pessoas, da mesma forma que são usados para detectar drogas ou bombas. O uso de cães também faria com que a Covid pudesse ser identificada em apenas uma fração de segundo, de maneira não invasiva e com baixo custo.
O teste, que foi conduzido na Escola Nacional de Veterinária da França em Maisons Alfort, perto de Paris, coletou amostras de suor das axilas dos participantes com almofadas de algodão, as quais foram fechadas em potes e concedidas a pelo menos dois cães diferentes para farejá-las. Nenhum dos cães teve contato prévio com os voluntários. Foram testadas 335 pessoas, das quais 109 foram testadas positivas em um teste de RT-PCR que serviu de controle. Nove cães participaram e os pesquisadores não sabiam quais amostras eram positivas.
Em julho, pesquisadores alemães mostraram quecães treinados foram capazes de distinguirentre amostras de saliva de pessoas infectadas com o vírus e aquelas que não eram, em mais do que 90% do tempo. Finlândia, Dubai e Suíça começaram a treinar cães para farejar infecções.
O último estudo foi realizado entre 16 de março e 9 de abril, e a região de Ile-de-France ajudou a financiá-lo, contribuindo com 25.000 euros (US$ 30.500).
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