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Bebê nasce na China 4 anos após a morte dos pais

Tiantian nasceu após seu embrião fertilizado por seus pais biológicos ser implantado em uma barriga de aluguel

Bebê: os pais biológicos de Tiantian faziam tratamento contra infertilidade quando morrem em um acidente de carro (AFP/AFP)
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AFP

Publicado em 12 de abril de 2018 às 11h37.

Última atualização em 12 de abril de 2018 às 12h06.

Um bebê nasceu na China quatro anos após a morte de seus pais, graças a um embrião fertilizado por eles e implantado em uma barriga de aluguel a pedido dos avós, informou a imprensa local.

O menino, chamado "Tiantian" ("Doce-doce" em chinês), nasceu em 9 de dezembro, anunciou esta semana jornal Xinjingbao.

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"Ele sorri o tempo todo, tem os olhos de sua mãe, mas se parece mais com o pai", declarou uma das duas avós da criança.

Seus pais, Shen Jie e sua esposa Liu Xi, faziam um tratamento contra a infertilidade quando morreram em 2013 em um acidente de trânsito.

Os quatro avós travaram uma longa batalha legal para obter os embriões fertilizados em um hospital em um hospital de Nanquim, no leste da China. Como o recurso a uma barriga de aluguel é ilegal na China,tiveram que ir ao Laos para encontrar uma mãe.

"Primeiro, tínhamos pensado em um transporte aéreo, mas as companhias aéreas se recusaram a transportar o frasco de nitrogênio líquido no qual os quatro embriões estavam", contou ao jornal um especialista em gravidez que ajudou as famílias.

Os embriões foram então levados para o Laos por estrada. Depois, a barriga de aluguel do Laos viajou para a China para dar à luz. O bebê ficou duas semanas no hospital, o tempo necessário para que os avós passassem por testes de DNA para comprovar sua filiação e nacionalidade.

O nascimento de Tiantian desencadeou um debate nas redes sociais chinesas, em que muitos usuários pediram para legalizar a maternidade de aluguel, lembrando o drama vivido pelos numerosos pais de filhos únicos quando estes morrem.

"É uma família rica e com relações. Mas há muitas pessoas que perderam seu único filho. O Estado deve ajudá-las por terem obedecido ao controle de natalidade", sugeriu um internauta na rede social Weibo.

Desde 2016, todos os chineses têm o direito de ter dois filhos depois de três décadas de política de filho único.

O avô do bebê declarou ao Xinjingbao que esperaria que seu neto crescesse para explicar o que aconteceu com seus pais. "Enquanto isso, nós lhe diremos que moram no exterior".

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