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As missões espaciais mais importantes de 2021

No final do ano, a Nasa pode lançar a primeira missão do programa Ártemis com destino marcado para a Lua

Lua: em 2021, Ártemis fará sua primeira missão (Elen11/Getty Images)

Tamires Vitorio

Publicado em 6 de janeiro de 2021 às 12h13.

Última atualização em 6 de janeiro de 2021 às 12h43.

Se tudo der certo no espaço, 2021 pode marcar o lançamento e o retorno de missões espaciais importantes para o mundo e para a astronomia .

A começar pela chegada da primeira espaçonave dos Emirados Árabes em Marte, bem como a chegada da missão chinesa Tianwen-1 ao planeta vermelho, finalizando com chave de ouro no que pode ser o primeiro lançamento do programa Ártemis da Nasa – ainda não tripulado.

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1 – Emirados Árabes em Marte

No dia 1º de fevereiro, a primeira das três espaçonaves que foram enviadas a Marte em julho do ano passado pelos Emirados Árabes chegarão ao planeta. Chamada de Hope ("esperança", na tradução literal), é a primeira nave de exploração espacial da missão do país e pretende conseguir detalhes do clima marciano.

2– A China no planeta vermelho

Um dia depois da primeira espaçonave dos Emirados Árabes chegar em Marte, a missão chinesa Tianwen-1, que significa "busca pela verdade celestial", entrará na órbita do planeta vermelho.

O objetivo do país é pousar um rover em terras marcianas em maio deste ano – coisa que, até agora, somente a Nasa conseguiu. Oschineses também querem realizar um levantamento da atmosfera do planeta e descobrir se existe água potável ou sinais de vida no local.

Esse é um passo importante para a China, que tentou mandar um orbitador para o planeta em 2011, a bordo de uma espaçonave russa, mas tudo deu errado e as sondas desapareceram sem deixar vestígios.

Em 2013, conseguiu, com sucesso, pousar uma espaçonave na Lua e em janeiro do ano passado foi o primeiro país do mundo a alunar uma sonda no lado mais afastado do satélite.

3 – As missões da Nasa

A primeira missão importante da Nasa se inicia no dia 18 de fevereiro, quando o rover mais poderoso da Nasa Perseverance ("perseverança", na tradução para o português) chegará em Marte com o objetivo de averiguar a existência de vida no planeta e coletar outras informações sobre ele, bem como fazer a coleta de pedras que poderão ser as primeiras a voltar para a Terra.

Essa missão foi adiada diversas vezes no ano passado. O último adiamento se deu por conta de um problema no foguete Atlas V, que faria o lançamento. O primeiro aconteceu do dia 17 para 20 de julho de 2020, depois do dia 20 para o dia 22 e, finalmente, foi alterado para o dia 30 de julho – quando deixou a Terra com sucesso. Com todos os problemas, o custo previsto para a missão aumentou para 2,7 bilhões de dólares, o que estourou o orçamento em cerca de 360 milhões de dólares.

No final do mês de março, a parceria da Nasa com a Boeing pode decolar. Isso porque a Boeing irá enviar uma espaçonave não-tripulada até a estação espacial da agêncis espacial após uma série de problemas com seus veículos espaciais.

A companhia gigante foi uma das duas escolhidas pela agência espacial americana para construir uma espaçonave capaz de levar astronautas ao espaço — a primeira delas, a SpaceX, de Elon Musk, conseguiu levar dois astronautas à Estação Espacial Internacional. Neste dia, a Boeing deve provar que consegue colocar uma nave sem tripulantes em órbita antes de levar os astronautas.

Em 2021, a Nasa também pode lançar a sua missão DART, que visa observar o par de asteroides Didymos, localizados relativamente próximos da Terra. A ideia é entender como um asteroide pode prejudicar a vida das pessoas no planeta e evitar que isso aconteça.

O menor integrante da dupla, chamado de Didymoon, orbita seu parceiro maior enquanto fazem a sua viagem pelo Sol — por isso, a missão quer saber se é possível fabricar uma colisão entre ambos os asteroides para alterar a orbita do pequeno objeto. A data marcada para a colisão, se tudo der certo, é 22 de setembro.

Uma parceria entre a Nasa e a empresa privada Astrobotic pode ser colocada em órbita neste ano. O objetivo do acordo é levar instrumentos científicos até a Lua, objetivando ser a primeira a alcançar a órbita do foguete Vulcan, da United Launch Alliance, uma joint venture entre a Lockheed Martin e a Boeing. Em 11 de outubro, outra parceria com uma empresa privada pode ser colocada em órbita tendo o satélite terrestre como destino.

Mas a missão mais importante do ano vem do programa Ártemis, que deve ser lançada no dia 1º de novembro. Com o objetivo de colocar a primeira mulher do mundo na Lua, a primeira viagem não será tripulada, embora continue sendo bastante ambiciosa. A ideia é fazer com que um grande foguete chamado Orion chegue por lá para entender melhor como as coisas funcionam.

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