Ciência

As 5 melhores invenções aeroespaciais de 2025

Ranking aponta tecnologias que marcaram o ano, incluindo novas missões espaciais e melhorias no desempenho de aeronaves

Boeing 787 Dreamliner (AFP/ Saul Loeb)

Boeing 787 Dreamliner (AFP/ Saul Loeb)

Publicado em 29 de dezembro de 2025 às 19h33.

A lista anual “O Melhor das Novidades”, da Popular Science, colocou as invenções aeroespaciais de 2025 em destaque na retrospectiva tecnológica do ano.

A seleção reúne tecnologias que vão de missões lunares comerciais a novos observatórios espaciais, além de soluções aplicadas à aviação para reduzir consumo de combustível e emissões.

O recorte aponta um ano de virada no setor aeroespacial, marcado pelo avanço da ciência de dados no espaço, pelo crescimento da participação de empresas privadas em missões orbitais e lunares e por inovações aparentemente discretas - mas altamente eficientes - na engenharia de aeronaves.

O resultado é um retrato direto do momento da indústria: enquanto telescópios, sondas e módulos lunares ampliam o conhecimento sobre o universo e planetas como Mercúrio, motores e novos materiais buscam encurtar distâncias na Terra, com mais desempenho e menor impacto ambiental.

A seguir, veja as cinco principais invenções aeroespaciais destacadas em 2025 e o que cada uma promete mudar na prática.

Observatório Vera C. Rubin e a maior câmera digital do mundo

Apontado como inovação do ano na área aeroespacial, o Observatório Vera C. Rubin tem uma missão ambiciosa: mapear o céu noturno ao longo de 10 anos. Financiado por instituições dos Estados Unidos, o projeto vai produzir um registro contínuo em formato de “timelapse”, capaz de captar eventos rápidos como supernovas e a passagem de objetos próximos à Terra.

Além do impacto científico, o observatório inaugura um novo modelo de pesquisa. Ao ampliar o acesso aos dados, abre espaço para universidades, estudantes e iniciativas de ciência cidadã, transformando a astronomia em uma atividade cada vez mais colaborativa e global.

'Riblets' no Boeing 787 da Japan Airlines

Nem toda inovação aeroespacial exige mudanças visíveis. No Boeing 787-9, a aplicação de micro-sulcos inspirados na pele de tubarão - conhecidos como riblets - ajuda a organizar o fluxo de ar ao longo da fuselagem, reduzindo pequenas turbulências e o arrasto aerodinâmico.

O efeito é direto: menor consumo de combustível e menos emissões, sem alterar o formato da aeronave ou seus motores. É uma solução simples, mas com potencial de impacto relevante quando aplicada em larga escala na aviação comercial.

Módulo lunar Blue Ghost, da Firefly Aerospace

A exploração da Lua ganhou um novo marco em 2025 com o Blue Ghost, da Firefly Aerospace, descrito como o primeiro pouso suave comercial no satélite natural. O feito simboliza uma mudança estrutural no setor, com empresas privadas assumindo papéis antes dominados por agências governamentais.

Mais do que alcançar a superfície lunar, o projeto demonstrou capacidade operacional e confiabilidade, requisitos essenciais para transformar a Lua em um destino recorrente de missões científicas, tecnológicas e comerciais.

Motor de detonação rotativa (RDRE), da Venus Aerospace

Entre as tecnologias aeroespaciais mais promissoras, o motor de detonação rotativa da Venus Aerospace aposta em um conceito radical. O sistema utiliza ondas de choque contínuas para queimar combustível de forma mais eficiente do que motores de foguete convencionais.

A proposta é viabilizar voos entre Mach 4 e Mach 6, encurtando drasticamente rotas intercontinentais. Embora ainda dependa de avanços técnicos e regulatórios, o RDRE representa um passo importante rumo a viagens aéreas ultrarrápidas com menor consumo energético.

BepiColombo, da JAXA e da ESA, e a exploração de Mercúrio

Estudar Mercúrio sempre foi um desafio, devido à proximidade extrema com o Sol. A missão BepiColombo, conduzida em parceria pela agência japonesa JAXA e pela europeia ESA, é a iniciativa mais ambiciosa já lançada para observar o planeta de perto.

Com dois orbitadores em operação conjunta, a missão vai mapear a superfície, analisar a atmosfera tênue, estudar o campo magnético e investigar a estrutura interna do planeta.

O impacto vai além de Mercúrio: compreender sua formação ajuda a explicar a evolução de planetas rochosos, inclusive fora do Sistema Solar.

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