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Aplicativo pode identificar infarto com a precisão de eletrocardiograma

Estudo americano mostrou que o aplicativo da AliveCor é quase tão eficiente quanto um eletrocardiograma para diagnosticar infarto

Aplicativo é quase tão eficiente quanto eletrocardiograma para detectar infarto (Intermountain Medical Center Heart Institute/Divulgação)
LN

Letícia Naísa

Publicado em 14 de novembro de 2018 às 09h28.

São Paulo — Um estudo americano apontou que um aplicativo de celular é quase tão eficiente quanto um eletrocardiograma de 12 derivações para identificar sinais de infarto do miocárdio.

Durante um infarto deste tipo, a artéria é quase totalmente bloqueada. A descoberta é importante, segundo os pesquisadores, porque a rapidez do tratamento após um ataque do coração ajuda a salvar vidas.

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A recomendação da Associação Americana de Cardiologia é que o tempo entre o momento em que o paciente chega ao hospital até o fim do procedimento de colocação do balão que abre a artéria bloqueada seja inferior a 90 minutos.

A pesquisa, liderada por cientistas do Instituto do Coração Intermountain Medical Center em Salt Lake City, nos Estados Unidos, foi apresentada em um encontro da Associação Americana do Coração em Chicago, nos Estados Unidos.

Os pesquisadores entregaram um eletrocardiograma padrão de 12 derivações e um eletrocardiograma por meio do aplicativo da empresa AliveCor, chamado Kardia, que é conectado por dois cabos no celular para 204 pacientes que apresentavam dores no peito.

A empresa vende um dispositivo onde o paciente coloca os dedos e as informações são enviadas para o celular.

“Descobrimos que o aplicativo ajuda a diagnosticar um infarto de forma muito efetiva e ele não indica presença do infarto quando não estiver acontecendo”, afirma J. Brent Muhlestein, autor da pesquisa.

O estudo foi conduzido em cinco centros de pesquisa associados à Sociedade Cardiovascular Cooperativa da Universidade Duke e os dados foram compilados no Instituto do Coração Intermountain Medical Center.

A ideia para este tipo de configuração do eletrocardiograma surgiu por conta do uso de esteiras para o desenvolvimento de condicionamento físico, afirma Muhlestein. Muitas pessoas que usam esteira colocam um dispositivo simples que pode contar batimentos cardíacos por meio do eletrocardiograma, que é mais preciso do que checar o pulso.

“É um salto simples de lá até um smartphone e gravar o mesmo eletrocardiograma de várias posições diferentes do corpo”, diz o pesquisador.

A AliveCor também tem uma versão do aplicativo para o relógio Apple 4 com um eletrocardiograma de única derivação.

Além de facilitar o diagnóstico do infarto, a descoberta dos pesquisadores é importante porque o aplicativo torna o eletrocardiograma mais acessível em lugares onde máquinas que realizam o exame são difíceis de encontrar. O produto é vendido por 99 dólares e pode ser usado por qualquer pessoa com um smartphone ou relógio digital.

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