Ciência

Amazônia 1: primeiro satélite feito Brasil é lançado no espaço; veja vídeo

O Amazônia 1 é o primeiro satélite de observação da Terra completamente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil

Amazônia 1: fornecerá imagens para o monitoramento ambiental e da agricultura em todo o território brasileiro com uma alta taxa de revisita (INPE/Divulgação/Divulgação)

Amazônia 1: fornecerá imagens para o monitoramento ambiental e da agricultura em todo o território brasileiro com uma alta taxa de revisita (INPE/Divulgação/Divulgação)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 28 de fevereiro de 2021 às 10h39.

O Amazônia 1, primeiro satélite completamente brasileiro, foi lançado ao espaço na madrugada deste domingo (28). O lançamento ocorreu às 1h54, no Centro de Lançamento Sriharikota, na Índia. O Amazônia 1 é o primeiro satélite de observação da Terra completamente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil.

Ele fornecerá imagens para o monitoramento ambiental e da agricultura em todo o território brasileiro com uma alta taxa de revisita. Servirá ainda para o monitoramento da região costeira, reservatórios de água, desastres ambientais, entre outras aplicações. 

Os dados estarão disponíveis tanto para comunidade científica e órgãos governamentais quanto para usuários interessados em uma melhor compreensão do ambiente terrestre. Este satélite também é o primeiro construído a partir da Plataforma Multimissão (PMM), estrutura inovadora desenvolvida pelo INPE, capaz de se adaptar aos propósitos de diferentes missões e, assim, reduzir custos de projetos espaciais. 

Em nota, o INPE, executor do projeto coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB), agradeceu todos por acompanhar o processo de desenvolvimento do Amazonia 1. “Uma realização brasileira que comprova o caráter inovador da ciência e tecnologia no país.”

Sobre o satélite 

O Amazonia 1 é um satélite de órbita polar que irá gerar imagens do planeta a cada 5 dias. Para isso, possui um imageador óptico de visada larga (câmera com 3 bandas de frequências no espectro visível – VIS – e 1 banda próxima do infravermelho – Near Infrared) capaz de observar uma faixa de 850 km com 64 metros de resolução.

Sua órbita foi projetada para proporcionar uma alta taxa de revisita (5 dias), tendo, com isso, capacidade de disponibilizar uma significativa quantidade de dados de um mesmo ponto do planeta. Esta característica é extremamente valiosa em aplicações que necessitem de uma rápida resposta, pois aumenta a probabilidade de captura de imagens úteis em situações de cobertura de nuvens.

Assista ao vídeo do lançamento. Veja o momento exato do lançamento(2horas55 minutos do vídeo)

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