Agência americana discute nesta quinta uso emergencial da vacina Moderna
Após aprovação, autoridades americanas esperam vacinar 20 milhões de pessoas ainda em dezembro. No Brasil, a Câmara deve votar a MP das vacinas
Laura Pancini
Publicado em 17 de dezembro de 2020 às 06h00.
Um comitê do Food and Drug Administration ( FDA ), órgão regulador de medicamentos dos Estados Unidos , se reúne nesta quinta-feira (17) para avaliar o pedido de autorização de uso emergencial da vacina da farmacêutica Moderna .
Na terça-feira (15), o FDA divulgou um relatório com impressões positivas sobre a vacina americana, que tem 94,1% de eficáciae imunidade de pelo menos três meses. A agência reguladora deu indícios que pretende conceder o uso emergencial . Com isso, a vacina da Moderna tende a se tornar o segundo imunizante autorizado a ser utilizado contra a covid-19 nos Estados Unidos.
A reunião pode ser vista online, a partir das 11 horas, pelo YouTube ou pelo site oficial da agência americana. Em seu site, o FDA também disponibilizou materiais de apoio para avaliação do público.
O evento acontece uma semana após o comitê do FDA se reunir para a aprovação do uso emergencial da vacina da Pfizer com a alemã BioNTech. Na mesma semana, os Estados Unidos registrou o maior número semanal de mortes desde o início da pandemia, com um aumento de 12%.
A vacina da Pfizer com a BioNTech, baseada na tecnologia experimental de RNA mensageiro,começou a ser distribuída pelo território americano neste último sábado (12), dois dias após a aprovação emergencial. Profissionais de saúde e grupos prioritários já estão recebendo a primeira dose da vacina.
Com a aprovação emergencial da vacina da Moderna, as autoridades americanas esperam vacinar 20 milhões de pessoas ainda em dezembro, com prioridade para profissionais de saúde e idosos. Já na próxima semana, a expectativa é que 6 milhões de vacinas da Moderna estejam disponíveis para vacinação.
Brasil
Também nesta quinta-feira (17), a Câmara dos Deputados se reúne para votar aMedida Provisória (MP) 1.003, que autorizaa compra de vacinas pelo consórcio Covax Facility, iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS). A aliança foi criada para garantir a compra de vacinas contra a covid-19 e a distribuição entre os países de forma igualitária.
O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que nãovai incluir na MP a ideia do presidente Jair Bolsonaro de atrelar a vacina à assinatura de um termo de responsabilidade por parte do paciente.