África do Sul detecta nova variante do coronavírus e estuda mutações
Nova variante, conhecida com C.1.2, foi detectada primeiramente em maio e já se disseminou na maioria das províncias sul-africanas e em sete outros países
Reuters
Publicado em 30 de agosto de 2021 às 15h56.
Última atualização em 30 de agosto de 2021 às 16h10.
Cientistas da África do Sul detectaram uma nova variante do coronavírus com diversas mutações, mas ainda não determinaram se ela é mais contagiosa ou capaz de superar a imunidade fornecida por vacinas ou uma infecção anterior.
A nova variante, conhecida com C.1.2, foi detectada primeiramente em maio e já se disseminou na maioria das províncias sul-africanas e em sete outros países da África, Europa, Ásia e Oceania, de acordo com pesquisas ainda não submetidas à revisão da comunidade científica.
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Ela contém muitas mutações associadas a outras variantes com uma transmissibilidade acentuada e uma sensibilidade reduzida a anticorpos neutralizadores, mas estas ocorrem em uma mistura diferente, e os cientistas ainda não têm certeza de como elas afetam o comportamento do vírus. Testes de laboratório estão em andamento para determinar o quão bem a variante é neutralizada por anticorpos.
A África do Sul foi o primeiro país a detectar a variante beta, uma de somente quatro classificadas pela Organização Mundial da Saúde ( OMS ) como "variantes de preocupação".
Acredita-se que a beta se espalha mais facilmente do que a versão original do coronavírus que causa a covid-19, e existem indícios de que as vacinas têm menos efeito contra ela, o que leva alguns países a restringirem viagens de e para a África do Sul.
Richard Lessells, especialista em doenças infecciosas e um dos autores da pesquisa sobre a C.1.2, disse que o surgimento desta mostra que "esta pandemia está longe do fim e que este vírus ainda está explorando maneiras de possivelmente ficar melhor em nos infectar".
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