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Ação humana causou alta de 1,07°C na temperatura global, diz ONU

O dado preocupante faz parte do relatório dos especialistas climáticos das Nações Unidas (IPCC), publicado nesta segunda-feira

(Leonhard Foeger/Reuters)
AL

André Lopes

Publicado em 9 de agosto de 2021 às 06h00.

Última atualização em 9 de agosto de 2021 às 06h49.

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O relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas ( IPCC , sigla em inglês), publicado na segunda-feira, 9, entre outros destaques, trouxe um dado alarmante: os seres humanos são responsáveis por um aumento de 1,07°C na temperatura do planeta.

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"Trata-se da advertência mais séria já feita" sobre o aquecimento global, afirmou o presidente da COP26, Alok Sharma, ao antecipar ao jornal The Guardian o tom da nova versão do documento que, até então, não havia quantificado a responsabilidade das ações humanas no aumento da temperatura na Terra.

O informe do IPCC "é um sinal de alerta para todos os que ainda não entenderam por quê a próxima década deve ser absolutamente decisiva em termos de ação pelo clima", afirmou Sharma. As consequências da mudança climática já são evidentes, completou, ao citar as inundações na Europa e na China ou os incêndios florestais, as temperaturas recordes observadas na América do Norte.

Os dados de hoje integram a primeira das três etapas do relatório do IPCC. As duas próximas abordarão como lidar com o aquecimento e quais as estratégias para evitar um aumento ainda maior da temperatura. No entanto, o texto desta segunda-feira deve ser o único divulgado antes da Conferência das Partes (COP26), prevista para novembro em Glasgow, na Escócia.

O IPCC foi criado em 1988 pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e pela Organização Meteorológica Mundial com a intenção de reunir o conhecimento produzido sobre as mudanças climáticas e trazer uma interpretação que possa ser convertida em políticas públicas nos países que o acatam. O atual documento originalmente estava previsto para sair em abril, mas os trabalhos foram adiados pela pandemia de covid-19. O texto tem 234 autores de 66 países.

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