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Yoko Ono completa 80 anos imersa na arte e no ativismo

Yoko celebrará seu aniversário com um show na famosa sala Volksbühne de Berlim, na qual se apresentará junto com a Plastic Ono Band, liderada por seu filho Sean Lennon

Nascida em Tóquio em 18 de fevereiro de 1933, Yoko Ono ganhou muita importância nos últimos meses na vida nova-iorquina por sua intensa militância contra o "fracking" (REUTERS/Lisi Niesner)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2013 às 08h14.

Nova York - Yoko Ono completa 80 anos nesta segunda-feira sem que a idade detenha seu trabalho artístico e seu ativismo, que nos últimos meses esteve centrado na luta contra o "fracking", discutida técnica de extração de hidrocarbonetos, e na defesa do fundador do Wikileaks, Julian Assange.

Artista plástica, música e cineasta de vanguarda, ativista e viúva ilustre de John Lennon, Yoko Ono vive em Nova York desde 1951 e a passagem do tempo não diminuiu sua energia, já que nos últimos meses também manteve uma intensa atividade.

Yoko celebrará seu aniversário com um show na famosa sala Volksbühne de Berlim , na qual se apresentará junto com a Plastic Ono Band, liderada por seu filho Sean Lennon.

Por ocasião de seu aniversário, seus fãs poderão felicitá-la ou deixar mensagens no site http://www.imaginepeacetower.com ou via Twitter, onde Yoko tem 3,4 milhões de seguidores e escreve frequentes mensagens - uma das últimas, neste sábado, era: "É muito importante que busquemos a verdade em nosso trabalho artístico. Pode mudar o mundo sendo você mesmo".

Nascida em Tóquio em 18 de fevereiro de 1933, Yoko Ono ganhou muita importância nos últimos meses na vida nova-iorquina por sua intensa militância contra o "fracking", o processo pelo qual camadas muito profundas de rochas do subsolo são perfuradas com a pressão da água acompanhada de produtos químicos que desgastam o mineral e permitem chegar a bolsas de gás natural e petróleo até então impossíveis de extrair.

Este método revolucionou nos últimos anos a produção de hidrocarbonetos nos Estados Unidos, mas seus críticos acreditam que os produtos usados no procedimento e na dificuldade de carimbar perfeitamente as bolsas em grande profundidade poluem as águas subterrâneas e geram vazamentos de gases do efeito estufa.


Yoko Ono foi a líder deste movimento em Nova York e promoveu a iniciativa "Artistas contra o Fracking" (que reúne 200 nomes de primeira linha: de Susan Sarandon e Richard Gere até Lady Gaga e Anne Hathaway).

A ativa campanha de Yoko e do grupo, com manifestações, anúncios, recolhimento de assinaturas e artigos de imprensa, contribuiu para que o governador de Nova York, Andrew Cuomo, anunciasse na semana passada uma moratória na decisão de autorizar esta técnica no estado até avaliar mais a fundo suas consequências.

Yoko Ono também se envolveu ativamente no apoio ao fundador do Wikileaks, Julian Assange, atualmente refugiado na embaixada do Equador em Londres para evitar sua extradição à Suécia, que lhe reivindica por denúncias de abuso sexual.

A artista conceitual organizou há duas semanas um jantar no qual concedeu a Assange o "Prêmio à Coragem nas Artes", que sua fundação entrega a cada ano, e que nesta ocasião foi recebido em nome do hacker pelo juiz espanhol Baltasar Garzón (um de seus assessores legais) e por Michael Ratner, presidente do Centro de Direitos Constitucionais dos EUA.

Apesar de ter lutado para tentar ser mais que a viúva de John Lennon (assassinado em 1980 na entrada do mítico edifício Dakota, em frente ao Central Park), Yoko não deixa de lembrar a mensagem a favor da paz do cantor, como quando no último dia 21 dezembro convocou seus fãs a Times Square para cantar "Imagine", uma das canções emblemáticas do músico.


Poucos dias antes, em 15 de dezembro, Yoko Ono recebeu em Berlim a medalha Rainer Hildebrandt por sua militância a favor da paz.

Fora do ativismo, a artista também se lançou recentemente ao mundo da moda, com a apresentação no final de novembro do ano passado de uma coleção de roupa masculina desenhada por ela e inspirada em Lennon.

A coleção, para as lojas de roupa e acessórios Opening Ceremony, recebeu o nome de "Fashions for Men" e consiste em séries muito limitadas de 52 unidades de cada peça que foram vendidas em Nova York, Los Angeles, Londres e Tóquio.

As peças foram baseadas em desenhos que a artista japonesa deu a Lennon em 1969, e que também foram editados em um livro.

Quanto à carreira musical, no ano passado chegou ao mercado um disco com seis músicas gravadas juntas com Kim Gordon e Thurston Moore, membros do grupo de rock alternativo Sonic Youth, e a artista segue preparando novos projetos.

Enquanto isso, sua exposição retrospectiva "Half-A-Wind Show" iniciou na sexta-feira passada uma turnê europeia na cidade alemã de Frankfurt, com paradas previstas na Dinamarca, Áustria e Espanha.

Sejam quais forem seus projetos para o futuro, não parece que nem os 80 anos serão capazes de frear Yoko Ono.

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Artista plástica, música e cineasta de vanguarda, ativista e viúva ilustre de John Lennon, Yoko Ono vive em Nova York desde 1951 e a passagem do tempo não diminuiu sua energia, já que nos últimos meses também manteve uma intensa atividade.

Yoko celebrará seu aniversário com um show na famosa sala Volksbühne de Berlim , na qual se apresentará junto com a Plastic Ono Band, liderada por seu filho Sean Lennon.

Por ocasião de seu aniversário, seus fãs poderão felicitá-la ou deixar mensagens no site http://www.imaginepeacetower.com ou via Twitter, onde Yoko tem 3,4 milhões de seguidores e escreve frequentes mensagens - uma das últimas, neste sábado, era: "É muito importante que busquemos a verdade em nosso trabalho artístico. Pode mudar o mundo sendo você mesmo".

Nascida em Tóquio em 18 de fevereiro de 1933, Yoko Ono ganhou muita importância nos últimos meses na vida nova-iorquina por sua intensa militância contra o "fracking", o processo pelo qual camadas muito profundas de rochas do subsolo são perfuradas com a pressão da água acompanhada de produtos químicos que desgastam o mineral e permitem chegar a bolsas de gás natural e petróleo até então impossíveis de extrair.

Este método revolucionou nos últimos anos a produção de hidrocarbonetos nos Estados Unidos, mas seus críticos acreditam que os produtos usados no procedimento e na dificuldade de carimbar perfeitamente as bolsas em grande profundidade poluem as águas subterrâneas e geram vazamentos de gases do efeito estufa.


Yoko Ono foi a líder deste movimento em Nova York e promoveu a iniciativa "Artistas contra o Fracking" (que reúne 200 nomes de primeira linha: de Susan Sarandon e Richard Gere até Lady Gaga e Anne Hathaway).

A ativa campanha de Yoko e do grupo, com manifestações, anúncios, recolhimento de assinaturas e artigos de imprensa, contribuiu para que o governador de Nova York, Andrew Cuomo, anunciasse na semana passada uma moratória na decisão de autorizar esta técnica no estado até avaliar mais a fundo suas consequências.

Yoko Ono também se envolveu ativamente no apoio ao fundador do Wikileaks, Julian Assange, atualmente refugiado na embaixada do Equador em Londres para evitar sua extradição à Suécia, que lhe reivindica por denúncias de abuso sexual.

A artista conceitual organizou há duas semanas um jantar no qual concedeu a Assange o "Prêmio à Coragem nas Artes", que sua fundação entrega a cada ano, e que nesta ocasião foi recebido em nome do hacker pelo juiz espanhol Baltasar Garzón (um de seus assessores legais) e por Michael Ratner, presidente do Centro de Direitos Constitucionais dos EUA.

Apesar de ter lutado para tentar ser mais que a viúva de John Lennon (assassinado em 1980 na entrada do mítico edifício Dakota, em frente ao Central Park), Yoko não deixa de lembrar a mensagem a favor da paz do cantor, como quando no último dia 21 dezembro convocou seus fãs a Times Square para cantar "Imagine", uma das canções emblemáticas do músico.


Poucos dias antes, em 15 de dezembro, Yoko Ono recebeu em Berlim a medalha Rainer Hildebrandt por sua militância a favor da paz.

Fora do ativismo, a artista também se lançou recentemente ao mundo da moda, com a apresentação no final de novembro do ano passado de uma coleção de roupa masculina desenhada por ela e inspirada em Lennon.

A coleção, para as lojas de roupa e acessórios Opening Ceremony, recebeu o nome de "Fashions for Men" e consiste em séries muito limitadas de 52 unidades de cada peça que foram vendidas em Nova York, Los Angeles, Londres e Tóquio.

As peças foram baseadas em desenhos que a artista japonesa deu a Lennon em 1969, e que também foram editados em um livro.

Quanto à carreira musical, no ano passado chegou ao mercado um disco com seis músicas gravadas juntas com Kim Gordon e Thurston Moore, membros do grupo de rock alternativo Sonic Youth, e a artista segue preparando novos projetos.

Enquanto isso, sua exposição retrospectiva "Half-A-Wind Show" iniciou na sexta-feira passada uma turnê europeia na cidade alemã de Frankfurt, com paradas previstas na Dinamarca, Áustria e Espanha.

Sejam quais forem seus projetos para o futuro, não parece que nem os 80 anos serão capazes de frear Yoko Ono.

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