LGBT: o público acusou os organizadores de segregar os gays (Aly Song/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 1 de março de 2018 às 13h28.
Última atualização em 1 de março de 2018 às 13h32.
O festival de música Villa Mix se envolveu em polêmica neste último final de semana quando começou a venda de ingressos da edição de Belo Horizonte, prevista para 7 de abril: o evento contaria com um espaço exclusivo para o público LGBT, o que causou revolta nos internautas, que acusaram os organizadores de segregar o público gay.
A área, que levou o nome de Sense, ficaria distante do palco principal e também das outras áreas do evento. Segundo a organização, o camarote contaria com uma decoração diferenciada para o público gay e outras amenidades a serem distribuídas para quem comprar o ingresso.
Nas redes sociais, vários seguidores acusaram o festival de segregação e desrespeito com o público gay. No Twitter, um internauta chegou a lembrar o episódio polêmico em que a casa noturna da Villa Mix em São Paulo foi condenada a pagar indenização por danos morais a ex-funcionária que tinha como função dificultar a entrada de pessoas negras no local.
Em resposta enviada ao E+, a Villa Mix negou que tenha feito a área para segregar o público gay do restante. "A área é mais uma opção de entretenimento criada pela Sense Produções devido ao grande interesse do público LGBT e satisfação com a experiência promovida em outros eventos na capital mineira. Nesse espaço, como em qualquer outro camarote, as pessoas podem se beneficiar de serviços exclusivos, como shows, decoração, alimentação e, o mais importante, poder acessar outras áreas como o Villa Prime em frente ao palco", afirma a organização.
A assessoria de imprensa da Villa Mix também reiterou que o camarote é aberto ao público em geral. Desde a polêmica, o site que vende os ingressos para o festival retirou a designação de LGBT do camarote Sense.