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Vendas globais de mercado de luxo devem superar níveis de 2019

As vendas de itens como bolsas e joias devem somar 283 bilhões de euros (US$ 325 bilhões) este ano, segundo estimativas publicadas em relatório da Bain & Co. na quinta-feira

Loja da Chanel da loja de Nova York na 57th Street. (Bloomberg/Bloomberg)

Loja da Chanel da loja de Nova York na 57th Street. (Bloomberg/Bloomberg)

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Bloomberg

Publicado em 11 de novembro de 2021 às 15h46.

Neste ano, o mercado de bens de luxo pessoais deve ultrapassar os níveis de 2019, o que indica forte recuperação em relação à queda de 2020, de acordo com um relatório sobre o setor acompanhado de perto.

As vendas de itens como bolsas e joias devem somar 283 bilhões de euros (325 bilhões de dólares) este ano, segundo estimativas publicadas em relatório da Bain & Co. na quinta-feira. O valor se compara a 281 bilhões de euros em 2019 e supera os 220 bilhões de euros do ano passado, o nível mais baixo desde 2014.

O setor passou por uma recuperação em forma de V, disse Claudia d’Arpizio, coautora do relatório, em entrevista. O mercado de luxo no geral, no entanto, que inclui experiências como estadias em hotéis sofisticados ou viagens de cruzeiro, permanecerá abaixo dos níveis de 2019. No total, os gastos com luxo devem chegar a 1,1 trilhão de euros este ano, abaixo dos 1,3 trilhão de euros de 2019. Esse nível provavelmente será recuperado no ano que vem, previu d’Arpizio.

O turismo continua sendo um grande desafio, afirmou. Grande parte dos consumidores chineses, que anteriormente impulsionavam a indústria de luxo com gastos no exterior, não tem viajado em meio à pandemia. Embora estejam gastando mais na China, o consumo total de bens de luxo não voltou ao padrão antes da pandemia. A Bain estima que as compras chinesas representarão até 23% do total das vendas de bens de luxo pessoais neste ano. Em 2019, essa parcela estava em torno de 30%.

D’Arpizio disse que as iniciativas da China anunciadas em agosto para reduzir a desigualdade de renda do país são outra fonte de incerteza. As vendas de luxo diminuíram na China, mas é difícil discernir se isso é uma consequência das novas políticas ou se é resultado das restrições na esteira dos novos surtos de Covid-19 em algumas regiões do país, acrescentou.

No entanto, as vendas em 11 de novembro, o chamado Dia dos Solteiros na China, considerado o maior evento de compras do país, devem ser “muito fortes, ainda mais fortes do que no ano passado”, prevê.

Com o impacto do coronavírus e seus efeitos colaterais no mercado de luxo, as fusões e aquisições acontecerão em diferentes categorias da indústria, previu d’Arpizio.

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