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Usain Bolt mostra que tem uma pegada diferente

Nada da "modéstia protocolar" dos grandes astros. Usain Bolt é sincero. Sabe que é o melhor e que dá duro para se manter no topo

Bolt não vê problema em falar que odeia qualquer início de treino, que não suporta qualquer distância acima dos 600 metros e que adora sair à noite (Streeter Lecka/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de dezembro de 2012 às 10h22.

São Paulo - A maior barreira ele quebrou em agosto de 2009, no Mundial de Atletismo de Berlim. Ao correr 100 metros em 9s58, ele colocava em cheque previsões científicas sobre os limites do corpo humano. Antes que matemáticos e fisiologistas se recuperassem do susto, o jamaicano quebraria mais um recorde mundial, dessa vez nos 200 metros, cravando 19s19 com uma facilidade que beirava a arrogância.

A segunda barreira caiu este ano em Londres, diante de 2 bilhões de pares de olhos estatelados em televisores mundo afora. Ele conquistava, pela segunda Olimpíada consecutiva, três medalhas de ouro: nos 100, nos 200 e nos 4 x 100 metros. E ali, na pista do estádio olímpico, transcendia o mundo do atletismo para se tornar um astro mundial.

Foi em Londres que Bolt revelou todo seu potencial como marca esportiva. O jamaicano parecia onipresente. Estava nas pistas, nos telões, nas placas. Faz parte da sua personalidade festiva e do marketing pessoal. Dava entrevista, brincava com a plateia, repetia à exaustão o gesto de apontar para o céu, com o braço esquerdo esticado e o dedo em riste.

Bolt exala autoconfiança. Quando adentra uma sala, com seu 1,95 metro de altura e corpo atlético — sem as veias e os músculos saltados comuns em atletas de velocidade —, é como se dissesse: "Chegou ‘o’ homem". Não diz, porque não precisa mais dizer nem provar nada.

Bolt é a personificação do sucesso. E isso atrai homens, mulheres, crianças e patrocinadores. No ranking dos atletas mais bem pagos do mundo da revista Forbes, figura na posição 63. Segundo a publicação, faturou 20,3 milhões de dólares em 2011, quantia astronômica para um nome do atletismo.

Só da Puma levaria 10 milhões de dólares anuais. A convite da marca esportiva, esteve no Brasil em outubro deste ano, em uma passagem-relâmpago pelo Rio de Janeiro. Foram dois dias de compromissos cronometrados, entre eles uma visita à Vila Olímpica Mato Alto, que fará parte da estrutura da Olimpíada de 2016.


Bolt quer aproveitar ao máximo o talento e carisma natos para multiplicar esse patrimônio. Nada de ganância, mas sim pés fincados no chão e olhar no futuro. "Dinheiro é a razão de tudo, para garantir uma vida boa para mim e minha família", afirmou em entrevista exclusiva à Runner's. Usain continua morando na Jamaica — apenas mudou-se de Sherwood Content para a capital, Kingston —, onde o assédio é menor do que seria na Europa. "Eu trabalho duro, ainda sou jovem e quero me divertir." O homem é uma lenda viva, mas também é "filho de Deus".

- Você parece ter tudo: é o homem mais rápido do mundo, uma lenda, tem bastante dinheiro. o que ainda o motiva a treinar pesado? Qual seu principal desafio hoje?

Usain Bolt - Para mim, é apenas continuar a vencer. Você aprende quando assiste a um monte de astros todo ano, do cinema, do esporte... Muitos esquecem que, depois que você para, também param de entrar os salários. Eu tenho uma família e cuido dela. Eu tento ganhar o máximo de dinheiro possível, fazer o máximo que eu puder nesse ramo para ajudar minha família e viver do esporte. Para mim, a maior motivação é esta: que eu tenho uma família e quero dar a ela a melhor vida possível.

- Você tem um número mágico nos 100 e nos 200 metros? Eu li algo sobre 9s40 nos 100 metros.

Usain Bolt - Definitivamente, 9s40 é possível. Eu não sei se sou a pessoa a chegar lá, mas adoraria ser. E estou realmente focado e espero que nesta temporada eu possa correr ainda mais rápido. Nos 200 metros, meu treinador [Glen Mills] mencionou que 18 segundos seria possível. Para mim, mesmo se eu não correr 9s40, atingir algo em torno de 18 segundos seria um dos meus maiores sonhos, porque os 200 metros são minha distância preferida.

[Bolt interrompe a conversa e pede que assessores da Puma, que fotografam a entrevista, parem de olhar para ele. "Sério, gente, é muita atenção em cima de mim, me incomoda."]


- Sua preferência por distâncias curtas é mais uma questão de biótipo ou de cabeça?

Usain Bolt - É uma questão mental. Eu não quero fazer isso. Eu posso viver bem do jeito que está. Eu consigo correr 400 metros, mas não quero, porque requer mais trabalho, mais treino — e essa não é minha parte favorita [risos].

- Qual a maior distância que você já correu, independentemente do ritmo?

Usain Bolt - Eu já corri 5 km algumas vezes, mas fiz vários intervalos de caminhada. Então eu não diria que corri 5 km. Recentemente, eu corri uns 600 metros.

- Por que esse limite? Você fica entediado?

Usain Bolt - Não diria entediado, mas é dolorido. Então eu prefiro não ir adiante, não forço. Eu nem gosto de fazer 600 metros, mas às vezes tenho que fazer nos treinos. São coisas da vida.

- Há alguma qualidade dos corredores quenianos que você gostaria de pegar para si?

Usain Bolt - Ah... Na verdade, eu realmente não gostaria de correr longas distâncias... [risos]. Quando vejo eles correrem, fico pasmo. Eu os vejo aquecendo, depois correndo 10 000, 20 000 metros... Para mim, eles são incríveis nisso, mas não, eu não quero fazer nada em longas distâncias. Eu amo dar tiros [corridas curtas e intensas] porque é curto, rápido e dura 10 segundos, 20 segundos e pronto. Para mim, isso é diversão.


- No Brasil, pega-se no pé dos jogadores que saem à noite para se divertir. Na Jamaica é assim?

Usain Bolt - Também acontece, mas eu não deixo ninguém me dizer o que fazer. Trabalho duro, sou jovem e quero me divertir. Vou fazer o que eu tiver vontade. Contanto que eu faça nos limites que eu sei que são necessários. Se tenho um treino mais pesado, não saio. Se tenho um treino mais leve, posso sair. As pessoas colocam muita pressão em você e não entendem que você também é humano e quer curtir, se divertir.

- Em qualquer grande cidade, vemos centenas de pessoas correndo. É mais fácil ver corredores nas ruas que gente jogando futebol, por exemplo. Por que motivo o atletismo não tem a popularidade de outros esportes? Você se ressente disso?

Usain Bolt - Inicialmente, você pode pensar: a gente trabalha duro, se esforça tanto. Mas a verdade é que o futebol tem uma temporada mais longa, assim como o basquete e o beisebol. As pessoas assistem mais a esses esportes que ao atletismo. É difícil para a gente obter a mesma atenção. Eu faço meu melhor para colocar o esporte em evidência. E para mim é uma satisfação ver que está funcionando, que cada vez mais gente está se interessando pelo atletismo.

- Quem será o próximo Bolt?

Usain Bolt - Não faço ideia. Acho que será difícil replicar o que eu fiz ao longo dos anos, quebrando recordes a cada evento, um atrás do outro. Mas dizem que a cada século um grande atleta surge, então... Nunca se sabe.

- E seu conterrâneo Yohan Blake?

Usain Bolt - Acho que ele veio na era errada... [risos]. Aparecer alguém tão rápido como eu pode ser algo para breve, mas alguém repetir os meus feitos, isso será difícil. Quebrar dois recordes mundiais na Olimpíada do Rio será difícil porque eu estarei lá, e não deixarei alguém simplesmente vencer. Haverá muita competição. Deve ser divertido.

- A Meta para o Rio é, pela terceira vez consecutiva, obter a medalha de ouro nos 100, 200 e 4 x 100 metros?

Usain Bolt - Com certeza, essa é minha meta. Será difícil, mas aprendi que com determinação e foco tudo é possível. E eu estarei focado quando estiver pronto. Estou ansioso para o dia chegar logo.


- Qual tipo de treino você mais gosta e qual menos gosta?

Usain Bolt - O que eu menos gosto é o início de qualquer treino [risos]. É duro. Os preferidos são os treinos de velocidade, como largadas e 60 metros, porque são rápidos e terminam logo [risos]. Eu amo treinar, mas é estressante de vez em quando.

- Você tem trabalhado no seu tempo de reação na largada?

Usain Bolt - Penso que nesta temporada eu estarei melhor porque estarei mais relaxado, sinto menos pressão. E devo estar melhor na próxima temporada — pelo menos assim eu espero... [risos].

- O que o faz reduzir o ritmo?

Usain Bolt - Videogames. É o meu tempo. Quando estou jogando videogame, as pessoas não me incomodam, porque é quando eu relaxo. É quando me divirto e sou eu mesmo. E eu adoro relaxar e tirar um tempo para isto: apenas me divertir e não me preocupar com mais nada.

- Você admira algum atleta brasileiro?

Usain Bolt - Eu gosto de assistir futebol. Eu lembro que quando o Ronaldinho estava no topo eu adorava vê-lo. Ele fazia parecer tão divertido, porque estava sempre sorrindo nos jogos. Agora estou acompanhando o Neymar. Ele torna o jogo excitante porque é pura habilidade, pura energia.

- O que há de melhor e pior em ser o homem mais rápido do mundo?

Usain Bolt - A Melhor coisa é que muita gente conhece você e a pior coisa é que muita gente conhece você [risos]. Ao ser muito conhecido, consegue que as coisas sejam feitas para você. Mas, às vezes gostaria que ninguém o conhecesse para poder simplesmente relaxar, curtir, divertir-se. Mas todo mundo te conhece, quer um autógrafo... Então é a melhor e a pior parte.

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São Paulo - A maior barreira ele quebrou em agosto de 2009, no Mundial de Atletismo de Berlim. Ao correr 100 metros em 9s58, ele colocava em cheque previsões científicas sobre os limites do corpo humano. Antes que matemáticos e fisiologistas se recuperassem do susto, o jamaicano quebraria mais um recorde mundial, dessa vez nos 200 metros, cravando 19s19 com uma facilidade que beirava a arrogância.

A segunda barreira caiu este ano em Londres, diante de 2 bilhões de pares de olhos estatelados em televisores mundo afora. Ele conquistava, pela segunda Olimpíada consecutiva, três medalhas de ouro: nos 100, nos 200 e nos 4 x 100 metros. E ali, na pista do estádio olímpico, transcendia o mundo do atletismo para se tornar um astro mundial.

Foi em Londres que Bolt revelou todo seu potencial como marca esportiva. O jamaicano parecia onipresente. Estava nas pistas, nos telões, nas placas. Faz parte da sua personalidade festiva e do marketing pessoal. Dava entrevista, brincava com a plateia, repetia à exaustão o gesto de apontar para o céu, com o braço esquerdo esticado e o dedo em riste.

Bolt exala autoconfiança. Quando adentra uma sala, com seu 1,95 metro de altura e corpo atlético — sem as veias e os músculos saltados comuns em atletas de velocidade —, é como se dissesse: "Chegou ‘o’ homem". Não diz, porque não precisa mais dizer nem provar nada.

Bolt é a personificação do sucesso. E isso atrai homens, mulheres, crianças e patrocinadores. No ranking dos atletas mais bem pagos do mundo da revista Forbes, figura na posição 63. Segundo a publicação, faturou 20,3 milhões de dólares em 2011, quantia astronômica para um nome do atletismo.

Só da Puma levaria 10 milhões de dólares anuais. A convite da marca esportiva, esteve no Brasil em outubro deste ano, em uma passagem-relâmpago pelo Rio de Janeiro. Foram dois dias de compromissos cronometrados, entre eles uma visita à Vila Olímpica Mato Alto, que fará parte da estrutura da Olimpíada de 2016.


Bolt quer aproveitar ao máximo o talento e carisma natos para multiplicar esse patrimônio. Nada de ganância, mas sim pés fincados no chão e olhar no futuro. "Dinheiro é a razão de tudo, para garantir uma vida boa para mim e minha família", afirmou em entrevista exclusiva à Runner's. Usain continua morando na Jamaica — apenas mudou-se de Sherwood Content para a capital, Kingston —, onde o assédio é menor do que seria na Europa. "Eu trabalho duro, ainda sou jovem e quero me divertir." O homem é uma lenda viva, mas também é "filho de Deus".

- Você parece ter tudo: é o homem mais rápido do mundo, uma lenda, tem bastante dinheiro. o que ainda o motiva a treinar pesado? Qual seu principal desafio hoje?

Usain Bolt - Para mim, é apenas continuar a vencer. Você aprende quando assiste a um monte de astros todo ano, do cinema, do esporte... Muitos esquecem que, depois que você para, também param de entrar os salários. Eu tenho uma família e cuido dela. Eu tento ganhar o máximo de dinheiro possível, fazer o máximo que eu puder nesse ramo para ajudar minha família e viver do esporte. Para mim, a maior motivação é esta: que eu tenho uma família e quero dar a ela a melhor vida possível.

- Você tem um número mágico nos 100 e nos 200 metros? Eu li algo sobre 9s40 nos 100 metros.

Usain Bolt - Definitivamente, 9s40 é possível. Eu não sei se sou a pessoa a chegar lá, mas adoraria ser. E estou realmente focado e espero que nesta temporada eu possa correr ainda mais rápido. Nos 200 metros, meu treinador [Glen Mills] mencionou que 18 segundos seria possível. Para mim, mesmo se eu não correr 9s40, atingir algo em torno de 18 segundos seria um dos meus maiores sonhos, porque os 200 metros são minha distância preferida.

[Bolt interrompe a conversa e pede que assessores da Puma, que fotografam a entrevista, parem de olhar para ele. "Sério, gente, é muita atenção em cima de mim, me incomoda."]


- Sua preferência por distâncias curtas é mais uma questão de biótipo ou de cabeça?

Usain Bolt - É uma questão mental. Eu não quero fazer isso. Eu posso viver bem do jeito que está. Eu consigo correr 400 metros, mas não quero, porque requer mais trabalho, mais treino — e essa não é minha parte favorita [risos].

- Qual a maior distância que você já correu, independentemente do ritmo?

Usain Bolt - Eu já corri 5 km algumas vezes, mas fiz vários intervalos de caminhada. Então eu não diria que corri 5 km. Recentemente, eu corri uns 600 metros.

- Por que esse limite? Você fica entediado?

Usain Bolt - Não diria entediado, mas é dolorido. Então eu prefiro não ir adiante, não forço. Eu nem gosto de fazer 600 metros, mas às vezes tenho que fazer nos treinos. São coisas da vida.

- Há alguma qualidade dos corredores quenianos que você gostaria de pegar para si?

Usain Bolt - Ah... Na verdade, eu realmente não gostaria de correr longas distâncias... [risos]. Quando vejo eles correrem, fico pasmo. Eu os vejo aquecendo, depois correndo 10 000, 20 000 metros... Para mim, eles são incríveis nisso, mas não, eu não quero fazer nada em longas distâncias. Eu amo dar tiros [corridas curtas e intensas] porque é curto, rápido e dura 10 segundos, 20 segundos e pronto. Para mim, isso é diversão.


- No Brasil, pega-se no pé dos jogadores que saem à noite para se divertir. Na Jamaica é assim?

Usain Bolt - Também acontece, mas eu não deixo ninguém me dizer o que fazer. Trabalho duro, sou jovem e quero me divertir. Vou fazer o que eu tiver vontade. Contanto que eu faça nos limites que eu sei que são necessários. Se tenho um treino mais pesado, não saio. Se tenho um treino mais leve, posso sair. As pessoas colocam muita pressão em você e não entendem que você também é humano e quer curtir, se divertir.

- Em qualquer grande cidade, vemos centenas de pessoas correndo. É mais fácil ver corredores nas ruas que gente jogando futebol, por exemplo. Por que motivo o atletismo não tem a popularidade de outros esportes? Você se ressente disso?

Usain Bolt - Inicialmente, você pode pensar: a gente trabalha duro, se esforça tanto. Mas a verdade é que o futebol tem uma temporada mais longa, assim como o basquete e o beisebol. As pessoas assistem mais a esses esportes que ao atletismo. É difícil para a gente obter a mesma atenção. Eu faço meu melhor para colocar o esporte em evidência. E para mim é uma satisfação ver que está funcionando, que cada vez mais gente está se interessando pelo atletismo.

- Quem será o próximo Bolt?

Usain Bolt - Não faço ideia. Acho que será difícil replicar o que eu fiz ao longo dos anos, quebrando recordes a cada evento, um atrás do outro. Mas dizem que a cada século um grande atleta surge, então... Nunca se sabe.

- E seu conterrâneo Yohan Blake?

Usain Bolt - Acho que ele veio na era errada... [risos]. Aparecer alguém tão rápido como eu pode ser algo para breve, mas alguém repetir os meus feitos, isso será difícil. Quebrar dois recordes mundiais na Olimpíada do Rio será difícil porque eu estarei lá, e não deixarei alguém simplesmente vencer. Haverá muita competição. Deve ser divertido.

- A Meta para o Rio é, pela terceira vez consecutiva, obter a medalha de ouro nos 100, 200 e 4 x 100 metros?

Usain Bolt - Com certeza, essa é minha meta. Será difícil, mas aprendi que com determinação e foco tudo é possível. E eu estarei focado quando estiver pronto. Estou ansioso para o dia chegar logo.


- Qual tipo de treino você mais gosta e qual menos gosta?

Usain Bolt - O que eu menos gosto é o início de qualquer treino [risos]. É duro. Os preferidos são os treinos de velocidade, como largadas e 60 metros, porque são rápidos e terminam logo [risos]. Eu amo treinar, mas é estressante de vez em quando.

- Você tem trabalhado no seu tempo de reação na largada?

Usain Bolt - Penso que nesta temporada eu estarei melhor porque estarei mais relaxado, sinto menos pressão. E devo estar melhor na próxima temporada — pelo menos assim eu espero... [risos].

- O que o faz reduzir o ritmo?

Usain Bolt - Videogames. É o meu tempo. Quando estou jogando videogame, as pessoas não me incomodam, porque é quando eu relaxo. É quando me divirto e sou eu mesmo. E eu adoro relaxar e tirar um tempo para isto: apenas me divertir e não me preocupar com mais nada.

- Você admira algum atleta brasileiro?

Usain Bolt - Eu gosto de assistir futebol. Eu lembro que quando o Ronaldinho estava no topo eu adorava vê-lo. Ele fazia parecer tão divertido, porque estava sempre sorrindo nos jogos. Agora estou acompanhando o Neymar. Ele torna o jogo excitante porque é pura habilidade, pura energia.

- O que há de melhor e pior em ser o homem mais rápido do mundo?

Usain Bolt - A Melhor coisa é que muita gente conhece você e a pior coisa é que muita gente conhece você [risos]. Ao ser muito conhecido, consegue que as coisas sejam feitas para você. Mas, às vezes gostaria que ninguém o conhecesse para poder simplesmente relaxar, curtir, divertir-se. Mas todo mundo te conhece, quer um autógrafo... Então é a melhor e a pior parte.

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