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O restaurante com a mais bela vista do mundo

O restaurante Aqua, em Hong Kong, possui um das vistas mais incríveis do mundo – tão linda que quase nos esquecemos de jantar

O salão a 100 metros de altura, de onde se vê o show de luzes na baía de Hong Kong (Ucha Aratangy/Alfa)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2012 às 14h04.

São Paulo - Estamos em Tsim Sha Tsui, distrito moderno, comercial e agitadíssimo de Kowloon, parte continental de Hong Kong. A cidade parece existir no limiar entre sonho e realidade. Carrega o DNA ocidental e cosmopolita de uma região colonizada pela Inglaterra – mas faz parte da China comunista. É uma espécie de vitrine do que há de mais pujante no Oriente. Escadas rolantes superiluminadas, cheias de espelhos e vidros – como quase tudo aqui – dão acesso ao hall dos elevadores que nos levarão à cobertura do One Peking Building, onde está o restaurante Aqua.

Inaugurado em dezembro de 2003 e redesenhado em novembro de 2011 pelo designer britânico David Collins, conhecido por projetos de luxo, o espaço e a decoração mostram logo a que vieram: refinamento e uma absoluta prioridade para a incrível vista que se tem das enormes janelas, a 100 metros de altura. As luminárias de luz baixa foram especialmente desenhadas para o restaurante por David Yeo, fundador do Aqua Restaurant Group, e não atrapalham nem competem com a visão do exterior – para alguns, o mais belo skyline do mundo.

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Ao fazer a reserva e pedir uma mesa à janela (planeje com bastante antecedência), você pode desconfiar ao ser informado de que “em nosso restaurante não há lugares ruins”. Mas é verdade. O espaço, relativamente estreito, tem apenas três fileiras de mesas que se distribuem ao longo da fachada envidraçada. As mesas mais afastadas da vista estão situadas num patamar um pouco mais alto para que todos tenham seu quinhão de paisagem. Além disso, a lâmina de vidro que vai do chão ao teto se reflete nos espelhos estrategicamente situados na parede oposta, para que mesmo quem se senta de costas não se sinta preterido e possa ver o exterior.

O lugar se divide: metade vidro, metade espelho. Não há ponto no Aqua de onde não se possa ver o Victoria Harbour, a Ilha de Hong Kong e seus emblemáticos edifícios. A vista enche os olhos, mas espere: vai melhorar. Às 20 horas, os prédios mais altos disparam raios de luzes em todas as direções. É o Symphony of Lights, espetáculo que acontece, infalivelmente, desde 1998, no qual 44 espigões brilham, mudam de cor e “conversam” por meio de luzes durante 15 minutos. O Aqua é, sem dúvida, um dos melhores lugares para apreciar esse que, segundo o Guinness, é o maior espetáculo permanente de som e luzes do mundo. O som, só ligando o rádio ou estando na orla. Sinceramente? Não faz a menor falta.


Mas, afinal, estamos num restaurante, não num mirante. O Aqua é três em um: há o Aqua Tokyo, o Aqua Roma e um equipadíssimo bar chamado Aqua Spirit. O cardápio está dividido entre japonês (comandado pelo chef Tatsuya Iwahashi) e italiano (do chef Marco Medaglia), ambos com os pés na tradição e toques de modernidade, usando profusão de produtos frescos e locais.

Apesar dos nomes longuíssimos e de sua caprichadíssima apresentação, os pratos são preparados sem muitas frescuras. Com sabores delicados, os ingredientes se notam e as porções, embora reduzidas, no fim do jantar se mostram suficientes. Simpáticos, eles não nos cobraram a segunda porção de pãezinhos com manteiga de ervas.

A carta de vinhos é completa e com muitas opções do Novo Mundo (Austrália, Nova Zelândia e África do Sul). Há também uma boa seleção em taça. As sobremesas tendem para a cozinha italiana, coisa que se agradece uma vez que esse não é exatamente o ponto forte dos orientais. Um último drinque no Aqua Spirit, mesanino chiquérrimo, escurinho, fecha a noite com estilo.

O bar, ultra cool, tem metade dominada pelos sofás do lounge e outra metade de mesinhas altas, feitas para apreciar a vista. Foi considerado pelo guia Haute Compass, uma das bíblias do mercado de luxo, o “melhor bar em Kowloon para quase tudo: um aperitivo, um drinque após o jantar, uma noite glamurosa ou uma simples taça de champanhe acompanhada da mais espetacular vista de Hong Kong”. Não poderia haver descrição mais adequada.

O Aqua ficará na sua memória como o restaurante onde você comeu um belo jantar – mas o que chamou mesmo a sua atenção foi todo o entorno. A comida, afinal, é um complemento à experiência inesquecível, única, de estar no topo de uma das cidades mais incríveis do Oriente. E ainda com as luzinhas bailando ao fundo.

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