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Serge Gainsbourg, o Chico Buarque ao contrário

Tanto faz se falassem de suas orelhas de abano, do enorme nariz, de suas invejáveis mulheres ou de sua arte. O músico francês queria estar no topo

Parisiense viveu entre a aclamação e o questionamento por suas esquisitices, que incluía queimar uma nota de 500 francos e gravar uma versão reggae da La Marseillaise (Creative Commons/Claude Truong-Ngoc)
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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2012 às 11h44.

São Paulo - Entre um disco, um filme e uma nova musa, uma porção de cigar­ros Gitanes e doses cavalares de álcool para temperar cada escândalo. A falta de atrativos físicos rendeu a Serge Gainsbourg o apelido de Cabeça de Repolho (também nome de uma de suas canções), mas não foi suficiente para evitar que ele desfilasse ao lado de algumas das mais belas atrizes das décadas de 60 e 70.

Gainsbourg, que completaria 84 anos nesta segunda-feira, 2, estreou em vinil em 1958 com Du Chant à la Une!, mas a carreira como cantor só deslancharia mundialmente quase dez anos depois. Do romance escandaloso e proibido com a icônica atriz Brigitte Bardot em 1967, vieram duas mudanças principais em sua vida: a composição de Je t’aime… moi non plus (a mais conhecida por aqui, que você relembra no vídeo abaixo) e a entrada de Jane Birkin, famosa pelas cenas de nudez em Blow Up, de Michelangelo Antonioni, em sua vida.

Figura imponente e controversa em toda a Europa, o parisiense de pais judeus russos viveu entre a aclamação de suas realizações artísticas e o questionamento por seu comportamento fora dos padrões, que incluía queimar uma nota de 500 francos em uma transmissão de televisão ao vivo e gravar uma versão reggae da sagrada La Marseillaise. Mais tarde viriam ainda o disco Lemon Incest, dueto com sua filha, a atriz Charlotte Gainsbourg, e um convite público para levar Whitney Houston para cama.

Também ator e cineasta, Gainsbourg fez seu maior personagem ser ele mesmo: um herói às avessas que atravessou a vida entre uma provocação e outra. Tanto faz se falassem de suas orelhas de abano, do enorme nariz, de suas invejáveis mulheres ou de sua arte. Nesse sentido, o artista francês foi um Chico Buarque ao contrário. Nada de olhos verdes, de jeito de bom moço nem de recato com a vida pessoal. Mas ao imaginário de seu país, Gainsbourg trouxe beleza. E para os homens, ensinou que era possível ser admirado, bancar o conquistador e, de quebra, fazer o que bem entendesse.

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São Paulo - Entre um disco, um filme e uma nova musa, uma porção de cigar­ros Gitanes e doses cavalares de álcool para temperar cada escândalo. A falta de atrativos físicos rendeu a Serge Gainsbourg o apelido de Cabeça de Repolho (também nome de uma de suas canções), mas não foi suficiente para evitar que ele desfilasse ao lado de algumas das mais belas atrizes das décadas de 60 e 70.

Gainsbourg, que completaria 84 anos nesta segunda-feira, 2, estreou em vinil em 1958 com Du Chant à la Une!, mas a carreira como cantor só deslancharia mundialmente quase dez anos depois. Do romance escandaloso e proibido com a icônica atriz Brigitte Bardot em 1967, vieram duas mudanças principais em sua vida: a composição de Je t’aime… moi non plus (a mais conhecida por aqui, que você relembra no vídeo abaixo) e a entrada de Jane Birkin, famosa pelas cenas de nudez em Blow Up, de Michelangelo Antonioni, em sua vida.

Figura imponente e controversa em toda a Europa, o parisiense de pais judeus russos viveu entre a aclamação de suas realizações artísticas e o questionamento por seu comportamento fora dos padrões, que incluía queimar uma nota de 500 francos em uma transmissão de televisão ao vivo e gravar uma versão reggae da sagrada La Marseillaise. Mais tarde viriam ainda o disco Lemon Incest, dueto com sua filha, a atriz Charlotte Gainsbourg, e um convite público para levar Whitney Houston para cama.

Também ator e cineasta, Gainsbourg fez seu maior personagem ser ele mesmo: um herói às avessas que atravessou a vida entre uma provocação e outra. Tanto faz se falassem de suas orelhas de abano, do enorme nariz, de suas invejáveis mulheres ou de sua arte. Nesse sentido, o artista francês foi um Chico Buarque ao contrário. Nada de olhos verdes, de jeito de bom moço nem de recato com a vida pessoal. Mas ao imaginário de seu país, Gainsbourg trouxe beleza. E para os homens, ensinou que era possível ser admirado, bancar o conquistador e, de quebra, fazer o que bem entendesse.

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