Madri/Barcelona - A justiça espanhola irá analisar denúncia de um sócio do Barcelona, tornada pública nesta segunda-feira, que acusa o presidente do clube, Sandro Rosell, de apropriação indevida na contratação de Neymar.

O jornal "El Mundo" publicou as acusações de Jordi Cases, que integra o coletivo Consulta Qatar, de que o dirigente teria ficado com 40 milhões de euros (R$ 128,6 milhões) referentes à transferência do jogador junto ao Santos.

Agora, caberá ao juiz Pablo Ruz, do juizado de instrução número 5 da Audiência Nacional, avaliar se acata ou não a denúncia. Uma fonte ligada ao Barça disse à Agência Efe que a acusação é "infundada e temerária".

A mesma fonte garantiu que todas as informações e documentação da negociação serão repassadas à justiça.

A contratação de Neymar aconteceu no meio deste ano, na última janela de transferências do futebol europeu. O valor foi de 57,1 milhões de euros (R$ 183,3 milhões), 17,1 milhões de euros (R$ 55 milhões) referentes aos direitos federativos do jogador e 40 milhões (R$ 128 milhões) pagos ao pai do atleta, em nome da empresa N&N.

Cases, que chegou a propor uma moção de censura contra Rosell em outubro, que foi negada, solicitou toda a documentação sobre a operação.

"Acho que em nenhum caso é possível ocultar a razão de um pagamento tão importante como este de 40 milhões de euros", disse Cases, no texto do documento enviado à diretoria do clube.