"Tese Sobre um Homicídio" arma suspense sobre serial killer

São Paulo - Ancorado no carisma do ator Ricardo Darín, o suspense argentino "Tese Sobre um Homicídio", de Hernán Goldfrid, sustenta o interesse em sua fascinante ideia central: a suspeita, por parte de um professor de direito criminal (Darín) de que seu melhor aluno (Alberto Ammann) seja um assassino em série, lançando um jogo de gato e rato para testar a perícia de seu mestre.

O filme estreia em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Brasília.

Baseado no livro homônimo de Diego Paszkowski, o roteiro de Patricio Vega traça um perfil complexo de seu protagonista, o professor Roberto Bermúdez (Darín). Jurista experiente na área criminal, ele frequenta os bastidores das investigações policiais, tendo diversos amigos nas delegacias.

Tal como os detetives dos filmes noir, o amargurado e cínico Bermúdez leva vida solitária, com eventuais relações com mulheres. Toda sua dedicação, um tanto desiludida, concentra-se agora no curso de pós-graduação que leciona na Faculdade de Direito.

Na nova turma, um dos alunos é Gonzalo (Alberto Ammann, de "Lope"), que é filho de um casal de velhos amigos do passado de Bermúdez. A atitude um tanto pedante do jovem é o primeiro detalhe a chamar a atenção do professor.

Mais adiante, quando ocorre o brutal assassinato de uma garçonete no estacionamento da própria faculdade, Bermúdez acumulará outras razões para suspeitar do aluno.

A ligação entre os dois será Laura (Calu Rivero), jovem irmã da morta e que irá substituí-la no emprego na lanchonete da faculdade.

A partir de uma série de indícios, o professor convence-se de que Gonzalo pode ter matado a irmã de Laura, aproximando-se agora dela para igualmente cometer um novo crime. E que, ao fazê-lo, está desafiando os talentos investigativos de seu mestre para detê-lo, numa espécie de exibicionismo perverso.

Uma qualidade na direção de Hernán Goldfrid, em seu segundo longa, é manter a dúvida sobre as convicções de Bermúdez - tudo pode, afinal, não passar de um grande equívoco do experiente criminologista.

Habilmente, o roteiro explora também uma espécie de desafio entre o professor maduro e o aluno jovem, numa rivalidade masculina e sexual, envolvendo a conquista de Laura. Todos os ingredientes tornam o filme bem interessante de assistir, relevando-se uma escorregada aqui e ali no ritmo geral.

São Paulo - Ancorado no carisma do ator Ricardo Darín, o suspense argentino "Tese Sobre um Homicídio", de Hernán Goldfrid, sustenta o interesse em sua fascinante ideia central: a suspeita, por parte de um professor de direito criminal (Darín) de que seu melhor aluno (Alberto Ammann) seja um assassino em série, lançando um jogo de gato e rato para testar a perícia de seu mestre.

O filme estreia em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Brasília.

Baseado no livro homônimo de Diego Paszkowski, o roteiro de Patricio Vega traça um perfil complexo de seu protagonista, o professor Roberto Bermúdez (Darín). Jurista experiente na área criminal, ele frequenta os bastidores das investigações policiais, tendo diversos amigos nas delegacias.

Tal como os detetives dos filmes noir, o amargurado e cínico Bermúdez leva vida solitária, com eventuais relações com mulheres. Toda sua dedicação, um tanto desiludida, concentra-se agora no curso de pós-graduação que leciona na Faculdade de Direito.

Na nova turma, um dos alunos é Gonzalo (Alberto Ammann, de "Lope"), que é filho de um casal de velhos amigos do passado de Bermúdez. A atitude um tanto pedante do jovem é o primeiro detalhe a chamar a atenção do professor.

Mais adiante, quando ocorre o brutal assassinato de uma garçonete no estacionamento da própria faculdade, Bermúdez acumulará outras razões para suspeitar do aluno.

A ligação entre os dois será Laura (Calu Rivero), jovem irmã da morta e que irá substituí-la no emprego na lanchonete da faculdade.

A partir de uma série de indícios, o professor convence-se de que Gonzalo pode ter matado a irmã de Laura, aproximando-se agora dela para igualmente cometer um novo crime. E que, ao fazê-lo, está desafiando os talentos investigativos de seu mestre para detê-lo, numa espécie de exibicionismo perverso.

Uma qualidade na direção de Hernán Goldfrid, em seu segundo longa, é manter a dúvida sobre as convicções de Bermúdez - tudo pode, afinal, não passar de um grande equívoco do experiente criminologista.

Habilmente, o roteiro explora também uma espécie de desafio entre o professor maduro e o aluno jovem, numa rivalidade masculina e sexual, envolvendo a conquista de Laura. Todos os ingredientes tornam o filme bem interessante de assistir, relevando-se uma escorregada aqui e ali no ritmo geral.