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Terror reinventa história supostamente real de "Annabelle"

Depois de se destacar em “Invocação do Mal”, boneca ganha um filme próprio com foco em sua gênese demoníaca

A atriz Annabelle Wallis chega para a pré-estreia do filme "Annabelle", em Hollywood, na Califórnia (Mario Anzuoni/Reuters)

A atriz Annabelle Wallis chega para a pré-estreia do filme "Annabelle", em Hollywood, na Califórnia (Mario Anzuoni/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2014 às 17h24.

São Paulo - Não há dúvidas de que a boneca Annabelle foi um dos grandes destaques do aterrorizante Invocação do Mal (2013), apesar de sua pequena participação.

Usado para apresentar a expertise de demonologia e vidência da dupla protagonista Ed e Lorrain Warren, o brinquedo ganha agora filme próprio, com foco em sua gênese demoníaca.

A história, alegadamente, tem um pé no real. É uma das mais conhecidas investigações paranormais realizadas pelo casal Warren (que de fato existiu), que desde a década de 1950 alega ter resolvido mais de 10 mil casos.

Ed morreu em 2006, mas deixou de herança à mulher um museu de artefatos amaldiçoados no quintal de sua casa, em Monroe, Connecticut, onde se encontra a boneca verdadeira.

Entende-se que as vivências dos Warrens são a fonte dos roteiros para esta franquia, que já tem anunciada também uma sequência para Invocação do Mal.

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Fica mais claro ainda, no entanto, o quanto são grandes as liberdades tomadas pelos roteiristas nestas versões para o cinema.

Esse é o caso de Annabelle. A trama escrita por Gary Dauberman (que fez um par de filmes ruins do gênero para a TV norte-americana) simplesmente inventa como a boneca se torna um fantoche de um espírito demoníaco, que barbariza a vida de duas enfermeiras no filme de 2013.

Na produção, que tem início um ano antes do que já se viu nas telas anteriormente, os distúrbios começam com o casal Mia (Annabelle Wallis) e John (Ward Horton).

Prestes a terem um filho, os recém-casados têm sua casa invadida por uma dupla de adoradores do demônio, entre eles Annabelle Higgins (atriz não creditada) – que pouco antes havia assassinado os próprios pais.

Entre a luta e a chegada da polícia, a criminosa tem tempo de preparar um ritual macabro antes de cometer suicídio no quarto do bebê. Ao lado do corpo, vê-se a boneca ensanguentada.

Nos dias após os acontecimentos traumáticos, Mia e John passam a ser vítimas de fenômenos assustadores inexplicáveis. Mesmo depois de uma providencial mudança de endereço, o casal continua refém de ataques paranormais. Não demorará muito para Mia ter de enfrentar um demônio por trás da boneca e sua sede por almas.

Embora o início seja lento - mais parece uma novela -, o filme tem qualidades que o fazem funcionar.

O diretor John R. Leonetti (do vexatório Mortal Kombat – A Aniquilação) segue as premissas do produtor James Wan, o responsável (na criação e direção) por esta e outras franquias de muito sucesso, como Jogos Mortais e Sobrenatural.

Leonetti, aliás, foi até agora o fiel diretor de fotografia das investidas de Wan.

Sob as regras do cineasta de origem malaia, Leonetti consegue compor uma atmosfera bastante tensa, com muito suspense, em ótimas cenas envolvendo o tal demônio.

Porém, o desfecho surpreendentemente preguiçoso, que mostra como a boneca, enfim, vai parar com as enfermeiras, também decepciona.

Quando Annabelle estreou nos Estados Unidos com relativo sucesso, arrecadando 37,2 milhões de dólares em bilheteria no primeiro fim de semana (menos do que Invocação do Mal, que fez quase 42 milhões de dólares), muitos fãs da franquia reclamaram que a boneca fica em segundo plano em seu próprio filme.

Mas como os Warrens já disseram (no filme e na vida real), espíritos não possuem objetos, mas sim pessoas.

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