Tendências para 2022: foco no tempo, bem-estar e saúde mental
Após quase dois anos de covid-19 e do distanciamento social, as pessoas aprenderam a gerir seu tempo, e consequentemente, avaliar e reavaliar o que for preciso, com isso, 70% relataram estarem mais produtivos
Da Redação
Publicado em 23 de dezembro de 2021 às 16h37.
Última atualização em 29 de dezembro de 2021 às 10h48.
A covid-19 mudou mostrou que existe a possibilidade de “flexibilização” em relação à cadeia marca-fornecedor-cliente. Ainda não é possível saber os impactos destes novos modelos no futuro, mas a verdade é que está por vir um novo tipo de criação de conteúdo: o que traz valor no dia a dias dos clientes, consumidores ou colaboradores. Muitas organizações, no entanto, relutam, e querem voltar aos modelos antigos de padrão de trabalho e consumo.
De acordo com um estudo publicado pela Fundação Dom Cabral em parceria com o Talenses Group, com 676 funcionários de diversas áreas e gerações, apenas 5% dos entrevistados gostariam de voltar ao trabalho presencial como antes da pandemia.
Após quase dois anos de covid-19 e do distanciamento social, as pessoas aprenderam a gerir seu tempo, e consequentemente, avaliar e reavaliar o que for preciso, com isso, 70% relataram estarem mais produtivos.
“O comportamento de consumo de experiência mudou. As pessoas estão animadas para a volta do presencial, porém, sendo mais seletivas e priorizando oportunidades de interação mais curtas e intensas", explica Gabrielle Teco, CEO da Qura, hub especializada em curadoria de conteúdos para empresas e executivos.
Na pesquisa de 2020, 34,5% relataram dificuldades de concentração, enquanto no novo estudo, apenas 9,3% dos entrevistados apontaram a mesma coisa, o que significa que tivemos uma virada de chave nesse obstáculo.
Além disso, as pessoas estão mais atentas ao bem estar e saúde mental, o que também impacta a forma de se fazer negócios e na forma sobre como estreitar relacionamento com o cliente final. Nesse contexto, a estratégia de conteúdo de marcas nunca foi tão relevante.
“A forma como o patrocinador está vendo os eventos presenciais mudou porque as relações sociais mudaram. Nossa recomendação é que as marcas estejam atentas a sua rede de fornecedores e que se certifiquem que todos os cuidados sanitários estão sendo tomados. A pandemia ainda não acabou e, além de risco para a saúde das pessoas, também estamos falando de risco para a imagem das marcas", explica Gabrielle.
Ela conta a experiência de uma organização que sempre investiu em grandes eventos mas que esse ano resolveu experimentar um modelo de mesa-redonda, reunindo pequenos grupos de executivos para discutirem temas relevantes.
"Sai de cena os congressos para milhares de pessoas, com viés comercial e muito risco de contágio em tempos de pandemia, e ganham destaque experiências personalizadas, com o cliente no centro da ação e muito foco em conteúdo", complementa Gabrielle.
“As pessoas aprenderam a gerir o tempo, a se importarem mais com o bem estar e a saúde mental, e principalmente, estar com a família e se dedicar também aos projetos pessoais. Por isso, as marcas precisam levar em conta essa nova realidade, promovendo experiências que agreguem ao dia a dia das pessoas, algo que traga valor mas que respeite esses novos hábitos e costumes”, finaliza.