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Também detida em Melbourne, tenista tcheca exigirá indenização

A especialista em duplas foi levada para o mesmo centro de retenção de imigrantes que Djokovic, em Melbourne, até ser, enfim, liberada e voltar para a República Tcheca depois do cancelamento de seu visto

A tenista checa Renata Voracova. (Christopher Lee/LTA/Getty Images)

A tenista checa Renata Voracova. (Christopher Lee/LTA/Getty Images)

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AFP

Publicado em 12 de janeiro de 2022 às 10h20.

A tenista tcheca Renata Voracova anunciou na terça-feira (11) que pedirá uma indenização da Federação Australiana de Tênis, após ser detida em Melbourne no mesmo centro para migrantes que o sérvio Novak Djokovic, até deixar o país. 

Não vacinados contra a covid-19, Voracova e Djokovic foram, em um primeiro momento, beneficiados por uma derrogação às regras sanitárias em vigor na Austrália para combater a propagação do coronavírus.

Na sequência, as autoridades rejeitaram a entrada de Voracova, assim como a do número um do mundo, alegando que o motivo de sua revogação não preenchia as condições necessárias.

A especialista em duplas foi levada para o mesmo centro de retenção de imigrantes que Djokovic, em Melbourne, até ser, enfim, liberada e voltar para a República Tcheca depois do cancelamento de seu visto.

Já o tenista sérvio foi solto e começou a treinar, enquanto aguarda a decisão final do governo sobre sua situação.

Em um comunicado divulgado em sua conta no Instagram, Djokovic admitiu "erros" em seus documentos de viagem e em seu comportamento, depois de testar positivo para a covid-19, enquanto luta para permanecer na Austrália para disputar um novo título de Grand Slam.

'Ainda em choque'

Voracova garantiu que seu pedido de indenização "não será pequeno".

"Apenas a passagem de avião custou 60.000 CZK (US$ 2.787), e meu treinador viajou comigo", disse a 82ª do ranking.

"E depois tem todo esse tempo, os hotéis pagos, os treinos para o Aberto da Austrália e a potencial recompensa financeira", explicou o tenista.

"Espero que a Federação Australiana de Tênis aceite e que não precisemos iniciar um procedimento legal", acrescentou a jogadora, de 38 anos.

"Não penso no tênis. Ainda estou em choque. Ainda não digeri isso. Estou exausta", desabafou Voracova, que disse não querer se lembrar do que aconteceu em Melbourne.

"Nunca teria imaginado isso no meu pior pesadelo. Foi demais. Foi como assistir a um filme (...) um longo interrogatório com ordens como 'tire a roupa', 'vista-se'. Não quero nunca mais pensar nisso e muito menos reviver", completou.

Horas depois, a associação feminina de tênis WTA divulgou um comunicado, no qual lamentou o tratamento recebido pela jogadora, embora tenha enfatizado que "todos os jogadores devem ser vacinados".

Ainda segundo a WTA, as dificuldades vividas pelas jogadoras que obtiveram isenção médica "são lamentáveis".

"Renata Voracova, que seguiu as regras e procedimentos, foi autorizada a entrar no país, pôde participar de um teste antes de ver seu visto revogado repentinamente, quando não havia feito nada de errado", resumiu a WTA.

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