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Surfe pode se tornar modalidade olímpica no Japão, em 2020

A Comissão Nacional de Atletas, do Ministério do Esporte, está estudando a possibilidade


	Surfe: há requisitos técnicos que precisam ser atendidos para que esporte se torne modalidade olímpica
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Surfe: há requisitos técnicos que precisam ser atendidos para que esporte se torne modalidade olímpica (EpicStockMedia/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2016 às 14h49.

Rio de Janeiro - A Comissão Nacional de Atletas, do Ministério do Esporte, da qual faz parte o campeão brasileiro de surfe Rico de Souza, faz estudo para que na Olimpíada de Tóquio, no Japão, em 2020, o surfe possa ser aceito como modalidade olímpica.

Segundo Rico de Souza, há requisitos técnicos que precisam ser atendidos. “A gente está trabalhando para que possa acontecer no Japão. Essa parte técnica é muito burocrática”, comentou.

Enquanto o projeto é desenvolvido, os moradores do Rio de Janeiro e turistas terão a oportunidade de conhecer um pouco da história do surfe nacional e mundial, durante exposição franqueada ao público que o Espaço Cultural Furnas abriu nessa sexta-feira (13) em sua sede, em Botafogo, zona sul da capital fluminense.

A mostra reúne parte do acervo do Museu de Surf Rico, e se estenderá até 12 de junho.

No Espaço Cultural Furnas, estarão expostas 65 pranchas de surfe que pertenceram a Rico de Souza e também a campeões nacionais e internacionais, como Pepê Lopes, Tom Carroll, Randy Rarick, Rory Russel, este considerado uma lenda viva do surfe havaiano, além de 100 fotos do acervo total de 15 mil fotos, que narram a história do surfe desde os anos de 1960 até hoje.

“Há mais de 30 anos, eu venho colecionando pranchas, por influência de Randy Rarick e da cultura havaiana que trabalha essas peças”, disse Souza. A primeira, feita de madeira, na qual Rico de Souza aprendeu a surfar, também estará em exibição.

Há ainda pranchas assinadas por outros campeões, como o norte-americano Kelly Slater e o havaiano John John Florence.

A exposição coincide com a realização, na zona oeste da cidade, da etapa Rio de Janeiro (Rio Pro) do Circuito Mundial de Surfe, que reúne a elite do surfe mundial. A etapa brasileira foi iniciada no último dia 10 e se estenderá até o dia 21 deste mês.

Considerado referência para o surfe no Brasil, Rico de Souza confirmou que o surfe deixou de ser considerado um estilo de vida, cresceu e hoje é um esporte que “ao contrário do futebol, dá alegrias aos brasileiros”.

Rico de Souza adiantou que o Aquário Marinho do Rio de Janeiro (AquaRio) dará ao museu uma sede fixa em suas instalações, na zona portuária. Até agora, o museu participa somente de mostras itinerantes.

O AquaRio tem previsão de inauguração no segundo semestre deste ano. “Quando o aquário ficar pronto, a gente leva o museu para lá”, comemorou Souza.

Alguns surfistas brasileiros são apoiados por Furnas, entre os quais Lucas Silveira, Pedro Scooby, Pedro Calado, Chloé Calmon, Silvana Lima, Davi Teixeira (o Davizinho) e Lena Guimarães. Rico de Souza destacou a necessidade de que mais empresas apoiem esse esporte. “É importante que outras empresas patrocinem o esporte e motivem os atletas, para que ele possa se estruturar e ter grandes campeões”.

Equipe Furnas

A estatal, controlada pela Eletrobras, começou a apoiar o esporte brasileiro em 2013, como estratégia de aproximar a empresa da sociedade brasileira, “utilizando o pilar do esporte como ferramenta de conexão com a população”, disse o gerente de Comunicação de Furnas, Leandro Coelho.

Atualmente, a Equipe Furnas tem 45 atletas apoiados, alguns olímpicos e paralímpicos. Entre os atletas, destacam-se Arthur Zanetti, Diego e Daniele Hypólito, Jade Barbosa, Pétrix Barbosa, Caio Souza e Sérgio Sasaki, na ginástica artística; Bruno Schmidt, Pedro Solberg, Maria Clara e Carol Solberg, no vôlei de praia; Mila Ferreira, no kitesurf, Caio Afetono no highline e Victor Penalber, no judô; além dos nadadores medalhistas paraolímpicos Clodoaldo Silva e Daniel Dias.

Leandro Coelho informou que a ideia era dar atendimento ao maior número de atletas, de modalidades, regiões e estados diferentes, envolvendo esportes olímpicos, paralímpicos e amadores. “A gente fica feliz com o resultado que vem dando, não só pela questão da imagem da empresa, que é uma percepção de imagem muito boa, mas pelo contato direto com a sociedade, que enxerga Furnas como uma empresa simpática e parceira do esporte nacional”.

O gerente de Furnas salientou que o trabalho de apoio aos atletas se insere na linha de inclusão social pelo esporte. “Nessa plataforma esportiva, a gente procura utilizar toda a questão da inclusão social, de melhoria da qualidade de vida, de incentivo ao esporte. O objetivo é estimular a prática esportiva e o desenvolvimento dos atletas, com atletas renomados, referências para as nossas crianças e adolescentes”, disse.

Os atletas apoiados participam de atividades institucionais, programas sociais e educacionais de Furnas, o que estimula o engajamento interno dos funcionários e também da empresa junto à sociedade, acrescentou. Furnas dá apoio a 45 atletas com R$ 2 milhões por ano.

Rico de Souza

Um dos precursores do surfe no Brasil, Rico de Souza nasceu em junho de 1952, no Rio de Janeiro. Além de fazer parte da Comissão Nacional de Atletas, ganhou o título de Embaixador do Surfe Brasileiro.

Rico conquistou seis vezes o título nacional, três deles na categoria pranchinha, nos anos de 1969, 1972 e 1973, e os outros três na categoria longboard (anos de 1987, 1988 e 1989).

Foi vice-campeão mundial amador de longboard, em 1988, e no Circuito Mundial de Longboard, em 1989. No início dos anos de 1990, Rico inaugurou a primeira escola de surfe do Brasil, que está em funcionamento até hoje. É ainda promotor do Campeonato Brasileiro de Longboard desde 2002.

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