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Suas medidas valem saúde

Conhecer quais os números ideais do corpo ajuda a manter o coração em dia


	 De acordo com dados do IBGE de 2011, cerca de 50% da população brasileira adulta está acima do peso e, destes, 15% são obesos
 (Jaime Neto/Dreamstime.com)

 De acordo com dados do IBGE de 2011, cerca de 50% da população brasileira adulta está acima do peso e, destes, 15% são obesos (Jaime Neto/Dreamstime.com)

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Da Redação

Publicado em 1 de março de 2013 às 13h39.

São Paulo - Os números de obesidade e sobrepeso vêm ampliando o alerta sobre a importância dos cuidados efetivos com a saúde. De acordo com dados do IBGE de 2011, cerca de 50% da população brasileira adulta está acima do peso e, destes, 15% são obesos.

Em uma sociedade com números crescentes de obesidade entre homens e mulheres, saber quais parâmetros ideais de saúde ajuda a buscar diariamente o equilíbrio e o bem-estar. De acordo com o cardiologista Everton Dombeck, do Hospital Cardiológico Costantini, é importante criar a consciência sobre os limites e necessidades do corpo e assim buscar estar sempre dentro dos padrões chamados de ideais para a saúde.

“É possível colocar em números o modelo saudável do corpo, e assim as pessoas podem, junto com o médico, acompanhar e manter-se em dia” comenta Dombeck.

O quesito que mais chama atenção para alguma descompensação na saúde do corpo é a circunferência abdominal. A famosa barriguinha pode ser um sinal de que o corpo está fora dos seus padrões saudáveis.

“Em geral a protuberância abdominal indica que o corpo está acumulando mais do que realmente precisa, e isso pode ser um sinal de descompensação não só no peso, mas em funções do corpo como um todo”, comenta o cardiologista.


O mais indicado é que os homens busquem manter a circunferência abdominal abaixo de 94 centímetros e as mulheres devem ficar abaixo de 80 cm. “Esses números são os que chamamos de ideais. Os famosos 102 cm para homens e 88 cm para mulheres são os limítrofes que as pessoas devem chegar para ainda serem consideradas saudáveis”, explica Dombeck.

Os batimentos cardíacos e consequentemente a pressão arterial devem estar entre os números do dia a dia que a população em geral deve monitorar.

“Cada faixa etária tem uma frequência cardíaca ideal e saber como bate o seu coração ajuda a identificar alterações. Se a frequência cardíaca sofre alterações, a pressão arterial também pode ter mudanças, por isso, é importante aferir a pressão regularmente, sempre tendo em vista o padrão de 12 por 8, considerado o ideal saudável”, afirma.

Os números do sangue

Entre os principais parâmetros utilizados pelos médicos para avaliar a saúde dos pacientes e que são importantes de serem monitorados está o perfil lipídico do pacientes, que avalia os níveis de colesterol total, HDL e LDL.


"O colesterol total precisa estar abaixo de 200mg/dl, tanto para homens quanto para mulheres. O LDL, para quem não tem nenhum fator de risco, deve estar abaixo de 100mg/dl, mas para quem apresenta outros fatores de risco, como diabetes, esse valor deve ficar abaixo de 70mg/dl. É importante lembrar que todos esses valores são após um jejum de 12 horas”, explica Dombeck.

Outro indicador que precisa ser monitorado sempre é a glicemia. Em jejum, as pessoas saudáveis devem apresentar menos de 100mg/dl em seus resultados e números acima disso já são sinal de maior atenção. “Quem apresenta entre 101 e 125 mg/dl está na faixa da chamada disglicemia. E quem tem apresenta mais de 126mg/dl é considerado diabético”, afirma.

Reação em cadeia

Todos esses parâmetros utilizados pelo médico devem ser acompanhados regularmente pelo paciente e não apenas com um cardiologista, mas com todas as especialidades. Isso porque são dados que se relacionam com a saúde do corpo como um todo e que refletem alterações metabólicas.

“Há uma relação direta entre os fatores, e eles podem se alterar linearmente ou de forma independente. E um problema relacionado a descompensação de um dos quesitos pode abrir uma reação em cadeia, como um efeito cascata, pois o nosso corpo funciona como um engrenagem perfeita. Quando encontramos alterações, é possível que existam outras”, defende o cardiologista.

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