Spike Lee homenageia Michael Jackson em Festival de Veneza
O documentário, que é exibido em uma mostra não competitiva, resgata clipes e uma série de imagens de shows do "rei do pop"
Da Redação
Publicado em 31 de agosto de 2012 às 23h31.
Veneza - O cineasta americano Spike Lee apresentou nesta sexta-feira, na 69ª edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza, o documentário "Bad 25", uma verdadeira "carta de amor" do diretor a Michael Jackson por conta do 25º aniversário de lançamento do álbum "Bad".
O documentário, que é exibido em uma mostra não competitiva, resgata clipes e uma série de imagens de shows do "rei do pop", todos relacionados com os principais sucessos desse disco, como "Bad", "The Way You Make Me Feel", "I Just Can"t Stop Loving You", "Dirty Diana", "Smooth Criminal" e "Man In The Mirror".
"O que Michael Jackson significa para mim está escrito aqui, está incorporado neste documentário. Isto é uma carta de amor a Michael Jackson. Cresci com ele. Na época em que ele fazia parte do Jackson Five, eu queria ser como Michael Jackson. Tinha o cabelo afro, mas não podia cantar e dançar como ele", afirmou o cineasta durante a apresentação documentário em Veneza.
"Além disso, o documentário me deu a chance de poder trabalhar com as pessoas que sempre acompanhei. Para mim, foi uma confirmação de quão duro Michael Jackson trabalhava. São professores em seus terrenos", acrescentou o cineasta.
Com entrevistas da época e outras recentes, Spike Lee, que participa pela nona vez do Festival de Veneza, dá voz a todos aqueles que colaboraram com Jackson em "Bad", desde o produtor Quincy Jones até Martin Scorsese e Wesley Snipes, diretor e ator, respectivamente, do clipe da faixa homônima.
Os cantores Mariah Carey, Chris Brown, Kanye West e, inclusive, o jovem Justin Bieber são outras celebridades da música que participam desta homenagem ao falecido "rei do pop".
"Um dos motivos pelos quais eu queria fazer esse documentário era que, quando a gravadora Sony me ofereceu este projeto, eles queriam que me concentrasse somente na música. Durante muitos anos - eu me incluo - nos concentramos só na música e não em Michael Jackson. Agora, temos que reconhecer o gênio que era", comentou Spike Lee.
"Não vimos o sangue, o suor que estava por trás. Esta era uma oportunidade de poder descobri-lo, falando com músicos e falando com gravadores. É preciso lembrar que "Bad" sucedia "Thriller", que até hoje é o álbum mais vendido da história. Imaginai a pressão de Michael por repetir este êxito", acrescentou.
Segundo o cineasta americano, o "rei do pop" não se sentava simplesmente e começava a criar, mas estudava os grandes artistas de outras de áreas, como a fotografia e a dança, e o que aprendia com eles incorporava em seu trabalho.
"Michael tinha um talento musical nato. Frequentemente, ele criava canções somente em uma gravadora. Tocava muito bem piano e tinha habilidade para criar todos os aspectos de uma canção, embora não sabia tocar todos os instrumentos", apontou.
Através das inúmeras lembranças que surgiram durante as gravações dos clipes e das músicas de "Bad", Spike Lee constrói um discurso narrativo baseado na peculiaridade e originalidade de Jackson. Neste aspecto, a canção "Man in The Mirror", que finaliza o documentário, aparece como a trilha sonora de sua morte, ocorrida em 2009.
""Man in The Mirror" se transformou em um hino para ele, como quando assassinaram a John Lennon, que as pessoas cantavam "Imagine". Quando Michael Jackson morreu, o povo cantava "Man in The Mirror"", disse o cineasta, que ressaltou que até os filhos do cantor estão querendo ver este documentário para aprender mais sobre o pai.
Além da apresentação de "Bad 25", Spike Lee também receberá o prêmio "Jaeger-Le Coultre - Gloria ao Cineasta" por ser, segundo a organização do Festival de Veneza, um "espírito criativo e combativo, autor de filmes audazes e mordazes, com frequência imprevisíveis e provocativas no melhor sentido da palavra".
Veneza - O cineasta americano Spike Lee apresentou nesta sexta-feira, na 69ª edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza, o documentário "Bad 25", uma verdadeira "carta de amor" do diretor a Michael Jackson por conta do 25º aniversário de lançamento do álbum "Bad".
O documentário, que é exibido em uma mostra não competitiva, resgata clipes e uma série de imagens de shows do "rei do pop", todos relacionados com os principais sucessos desse disco, como "Bad", "The Way You Make Me Feel", "I Just Can"t Stop Loving You", "Dirty Diana", "Smooth Criminal" e "Man In The Mirror".
"O que Michael Jackson significa para mim está escrito aqui, está incorporado neste documentário. Isto é uma carta de amor a Michael Jackson. Cresci com ele. Na época em que ele fazia parte do Jackson Five, eu queria ser como Michael Jackson. Tinha o cabelo afro, mas não podia cantar e dançar como ele", afirmou o cineasta durante a apresentação documentário em Veneza.
"Além disso, o documentário me deu a chance de poder trabalhar com as pessoas que sempre acompanhei. Para mim, foi uma confirmação de quão duro Michael Jackson trabalhava. São professores em seus terrenos", acrescentou o cineasta.
Com entrevistas da época e outras recentes, Spike Lee, que participa pela nona vez do Festival de Veneza, dá voz a todos aqueles que colaboraram com Jackson em "Bad", desde o produtor Quincy Jones até Martin Scorsese e Wesley Snipes, diretor e ator, respectivamente, do clipe da faixa homônima.
Os cantores Mariah Carey, Chris Brown, Kanye West e, inclusive, o jovem Justin Bieber são outras celebridades da música que participam desta homenagem ao falecido "rei do pop".
"Um dos motivos pelos quais eu queria fazer esse documentário era que, quando a gravadora Sony me ofereceu este projeto, eles queriam que me concentrasse somente na música. Durante muitos anos - eu me incluo - nos concentramos só na música e não em Michael Jackson. Agora, temos que reconhecer o gênio que era", comentou Spike Lee.
"Não vimos o sangue, o suor que estava por trás. Esta era uma oportunidade de poder descobri-lo, falando com músicos e falando com gravadores. É preciso lembrar que "Bad" sucedia "Thriller", que até hoje é o álbum mais vendido da história. Imaginai a pressão de Michael por repetir este êxito", acrescentou.
Segundo o cineasta americano, o "rei do pop" não se sentava simplesmente e começava a criar, mas estudava os grandes artistas de outras de áreas, como a fotografia e a dança, e o que aprendia com eles incorporava em seu trabalho.
"Michael tinha um talento musical nato. Frequentemente, ele criava canções somente em uma gravadora. Tocava muito bem piano e tinha habilidade para criar todos os aspectos de uma canção, embora não sabia tocar todos os instrumentos", apontou.
Através das inúmeras lembranças que surgiram durante as gravações dos clipes e das músicas de "Bad", Spike Lee constrói um discurso narrativo baseado na peculiaridade e originalidade de Jackson. Neste aspecto, a canção "Man in The Mirror", que finaliza o documentário, aparece como a trilha sonora de sua morte, ocorrida em 2009.
""Man in The Mirror" se transformou em um hino para ele, como quando assassinaram a John Lennon, que as pessoas cantavam "Imagine". Quando Michael Jackson morreu, o povo cantava "Man in The Mirror"", disse o cineasta, que ressaltou que até os filhos do cantor estão querendo ver este documentário para aprender mais sobre o pai.
Além da apresentação de "Bad 25", Spike Lee também receberá o prêmio "Jaeger-Le Coultre - Gloria ao Cineasta" por ser, segundo a organização do Festival de Veneza, um "espírito criativo e combativo, autor de filmes audazes e mordazes, com frequência imprevisíveis e provocativas no melhor sentido da palavra".