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Sobrepeso na infância adianta problemas na vida adulta

Dados nacionais apontam aumento no percentual de sobrepeso e obesidade em crianças entre 5 e 9 anos

Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabolismo, o sobrepeso atinge 34,8% dos meninos e 32% das meninas entre 5 e 9 anos (Robert Lawton/Wikimedia Commons)

Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabolismo, o sobrepeso atinge 34,8% dos meninos e 32% das meninas entre 5 e 9 anos (Robert Lawton/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 1 de fevereiro de 2012 às 10h32.

São Paulo - Embora dobrinhas não sejam mais sinônimo de saúde, muitos pais ainda têm dificuldade em aceitar o contrário. “E como são os adultos que controlam a alimentação dos pequenos, principalmente nesta fase em que a obesidade mais cresce em nosso país, não é difícil identificar quem está errando nesta história”, alerta o endocrinopediatra Eurico Mendonça, do Hospital Infantil Sabará.

De acordo com o especialista, é compreensível que os pais resistam em enxergar os quilos extras nas crianças, mas é fato que a maior oferta e variedade de guloseimas calóricas e o cotidiano sedentário levam a um progressivo aumento da obesidade em crianças e adolescentes.

“Esses jovens com sobrepeso ou obesos são pequenas bombas-relógios para as temidas doenças cardiovasculares. Desde a infância podem apresentar os fatores de risco para as doenças cardiovasculares do adulto, como colesterol elevado, diabetes tipo 2 e hipertensão arterial”, afirma.

Os dados alarmantes foram divulgados pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabolismo, com base em dados do IBGE. Enquanto o sobrepeso atinge 34,8% dos meninos e 32% das meninas entre 5 e 9 anos, a obesidade foi constatada entre 16,6% dos meninos e entre 11,8% das meninas.

Como as crianças ainda seguem o exemplo dos adultos, os pais devem adotar uma alimentação mais saudável. “Refeições em família, preparo da comida com a ajuda das crianças e mudança de hábitos envolvendo os moradores de uma mesma casa costumam ser eficazes na guerra contra a balança ainda na infância. Além disso, é preciso estimular a atividade física desde cedo e combater o sedentarismo, incentivando mais brincadeiras ao ar livre e jogos em grupo”, recomenda Mendonça.


Segundo o médico, outro erro comum é aplicar uma dieta restritiva aos pequenos e abusar de alimentos lights. A alimentação tem de ser saudável, rica em vitaminas, fibras e proteínas de valor biológico.

“Como estão em fase de desenvolvimento, todos os grupos alimentares (1:carboidratos, 2:verduras e legumes, 3:frutas, 4: carnes, ovos e grãos, 5: laticínios e 6: Lipídios ) devem fazer parte da dieta. As porções e as quantidades desses alimentos é que são controladas. É aplicar o bom senso”, reitera.

Veja abaixo dicas de substituições que ajudam os pais a controlar a dieta das crianças:

  • Faça com que comam a cada três horas para evitar que cheguem com muita fome nas principais refeições.
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  • No lugar de doces, incentive o consumo de frutas da estação ou até frutas secas.
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  • No lugar do refrigerante para matar a sede, incentive o consumo de água ou suco natural sem açúcar.
  • Troque os produtos industrializados por comida caseira feita com alimentos frescos e pouco calóricos.
  • Desde cedo estimule o consumo de fibras; troque o pão branco pelo integral.
  • Doces e bolachas recheadas devem ser consumidos com moderação, em pequenas quantidades.
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