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Sharapova é suspensa por dois anos por uso de meldonium

A tenista, de 29 anos, e que em março admitiu o uso deste medicamento, anunciou que vai recorrer da sanção, que considera "extremamente injusta"

Maria Sharapova: a ex-número um do mundo testou positivo para meldonium em um controle realizado no Aberto da Austrália (Vincent Kessler / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2016 às 16h33.

A tenista russa Maria Sharapova foi punida com dois anos de suspensão por testar positivo para a substância meldonium , um medicamento na lista de substâncias proibidas desde janeiro deste ano, anunciou nesta quarta-feira a Federação Internacional de Tênis (ITF).

A tenista, de 29 anos, e que em março admitiu o uso deste medicamento, anunciou que vai recorrer da sanção, que considera "extremamente injusta", ante o Tribunal Arbitral do Esporte (CAS).

"Não posso aceitar uma suspensão extremamente dura de dois anos", escreveu Sharapova em sua página no Facebook.

A ex-número um do mundo testou positivo para meldonium em um controle realizado no Aberto da Austrália, em janeiro passado.

Em 7 de março, Sharapova admitiu ter tomado este medicamento após 1º de janeiro, afirmando ter cometido um erro ao não verificar a lista das novas substâncias proibidas.

O meldonium é um medicado que protege as células cardíacas e que é vendido nos países do leste europeu. Um dos seus alegados efeitos é aumentar a resistência ao esforço físico.

Desde que entrou na lista de substâncias proibidas, mais de 200 atletas russos testaram positivo para a substância.

Erro não intencional

"O tribunal, cujos membros foram eleitos pela ITF, concordou que eu não fiz nada de errado intencionalmente, mas, no entanto, pediu meu afastamento por dois anos", disse Sharapova.

Sharapova também criticou fortemente a Federação Internacional, que "pediu ao tribunal a minha suspensão por quatro anos - a sanção solicitada por violação intencional - e o tribunal rejeitou o pedido da ITF".

A confissão da atleta feita em março parece explicar a pena aplicada usualmente para casos de doping.

A maioria dos atletas russos que testaram positivo para esta substância tiveram suspensas provisoriamente a aplicação de sanções, devido a dúvidas sobre o tempo que o organismo leva para eliminar completamente este medicamento.

"Há 10 anos tomo este medicamento por prescrição do meu médico (...), esta droga não estava na lista dos produtos proibidos pela Agência Mundial Antidoping, mas as regras mudaram em 1º de janeiro passado e este medicamento passou a ser um produto proibido, o que eu não sabia", disse ela, em março.

"Sou totalmente responsável, eu cometi um erro enorme, recebi um e-mail da Agência Mundial Antidoping no final de dezembro e não verifiquei a lista para ver se este medicamento havia entrado", acrescentou, afirmando que tomava meldonium desde 2006 para tratar uma "deficiência de magnésio, uma arritmia cardíaca e um caso de diabetes em (sua) família."

Perda de patrocinadores

Utilizado principalmente para prevenir ataques cardíacos, o meldonium foi classificado entre os hormônios e moduladores metabólicos (grupo S4).

"Nos termos do artigo 8.1 do Programa Antidoping do Tênis, um tribunal independente considerou Maria Sharapova culpada de violação das regras antidopagem do artigo 2.1 do programa e, consequentemente, os resultados atingidos são eliminados e se aplica um período de suspensão de dois anos, a partir de 26 de janeiro de 2016", informou a ITF em um comunicado.

Sharapova, vencedora de cinco Grand Slams e uma das atletas mais bem pagas do mundo, perdeu a maioria de seus patrocinadores (Nike, Tag Heuer...) após o anúncio de seu teste positivo.

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) também decidiu de tê-la como uma "embaixadora da boa vontade", uma posição honorária que ocupava há nove anos.

O diretor-executivo da WTA, Steve Simons, declarou que a agência que administra o circuito de tênis feminino espera uma rápida resolução do caso.

Apesar da suspensão, Sharapova havia sido selecionada para participar da equipe olímpica de tênis de seu país.

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A tenista russa Maria Sharapova foi punida com dois anos de suspensão por testar positivo para a substância meldonium , um medicamento na lista de substâncias proibidas desde janeiro deste ano, anunciou nesta quarta-feira a Federação Internacional de Tênis (ITF).

A tenista, de 29 anos, e que em março admitiu o uso deste medicamento, anunciou que vai recorrer da sanção, que considera "extremamente injusta", ante o Tribunal Arbitral do Esporte (CAS).

"Não posso aceitar uma suspensão extremamente dura de dois anos", escreveu Sharapova em sua página no Facebook.

A ex-número um do mundo testou positivo para meldonium em um controle realizado no Aberto da Austrália, em janeiro passado.

Em 7 de março, Sharapova admitiu ter tomado este medicamento após 1º de janeiro, afirmando ter cometido um erro ao não verificar a lista das novas substâncias proibidas.

O meldonium é um medicado que protege as células cardíacas e que é vendido nos países do leste europeu. Um dos seus alegados efeitos é aumentar a resistência ao esforço físico.

Desde que entrou na lista de substâncias proibidas, mais de 200 atletas russos testaram positivo para a substância.

Erro não intencional

"O tribunal, cujos membros foram eleitos pela ITF, concordou que eu não fiz nada de errado intencionalmente, mas, no entanto, pediu meu afastamento por dois anos", disse Sharapova.

Sharapova também criticou fortemente a Federação Internacional, que "pediu ao tribunal a minha suspensão por quatro anos - a sanção solicitada por violação intencional - e o tribunal rejeitou o pedido da ITF".

A confissão da atleta feita em março parece explicar a pena aplicada usualmente para casos de doping.

A maioria dos atletas russos que testaram positivo para esta substância tiveram suspensas provisoriamente a aplicação de sanções, devido a dúvidas sobre o tempo que o organismo leva para eliminar completamente este medicamento.

"Há 10 anos tomo este medicamento por prescrição do meu médico (...), esta droga não estava na lista dos produtos proibidos pela Agência Mundial Antidoping, mas as regras mudaram em 1º de janeiro passado e este medicamento passou a ser um produto proibido, o que eu não sabia", disse ela, em março.

"Sou totalmente responsável, eu cometi um erro enorme, recebi um e-mail da Agência Mundial Antidoping no final de dezembro e não verifiquei a lista para ver se este medicamento havia entrado", acrescentou, afirmando que tomava meldonium desde 2006 para tratar uma "deficiência de magnésio, uma arritmia cardíaca e um caso de diabetes em (sua) família."

Perda de patrocinadores

Utilizado principalmente para prevenir ataques cardíacos, o meldonium foi classificado entre os hormônios e moduladores metabólicos (grupo S4).

"Nos termos do artigo 8.1 do Programa Antidoping do Tênis, um tribunal independente considerou Maria Sharapova culpada de violação das regras antidopagem do artigo 2.1 do programa e, consequentemente, os resultados atingidos são eliminados e se aplica um período de suspensão de dois anos, a partir de 26 de janeiro de 2016", informou a ITF em um comunicado.

Sharapova, vencedora de cinco Grand Slams e uma das atletas mais bem pagas do mundo, perdeu a maioria de seus patrocinadores (Nike, Tag Heuer...) após o anúncio de seu teste positivo.

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) também decidiu de tê-la como uma "embaixadora da boa vontade", uma posição honorária que ocupava há nove anos.

O diretor-executivo da WTA, Steve Simons, declarou que a agência que administra o circuito de tênis feminino espera uma rápida resolução do caso.

Apesar da suspensão, Sharapova havia sido selecionada para participar da equipe olímpica de tênis de seu país.

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