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Saiba quanto custam os menus dos 9 restaurantes brasileiros entre os 50 melhores da América Latina

O restaurante brasileiro com melhor colocação na edição de 2024 no 50 Best foi o Lasai, no Rio de Janeiro

Rafa Costa e Silva: depois de passagem por restaurantes europeus premiados, está no comando do Lasai (Lasai/Divulgação)
Júlia Storch

Repórter de Casual

Publicado em 27 de novembro de 2024 às 11h31.

Após eleger 50 dos 100 melhores restaurantes da América Latina, do número 51 ao 100, nesta terça-feira (26), foi revelada a lista dos melhores restaurantes do 1º ao 50º lugar segundo o ranking50 Best.

Entre os 21 países da América Latina, o Brasil está representado por nove restaurantes. O melhor colocado do Brasil na edição, que aconteceu pela segunda vez no país, foi o Lasai, no Rio de Janeiro.

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Já o 1º lugar do ranking de melhor restaurante da América Latina ficou com o Don Julio, que fica em Buenos Aires. Saiba os valores dos menus dos noves restaurantes brasileiros premiados.

7. Lasai, Rio de Janeiro

Lasai: o melhor restaurante da América Latina segundo ranking 50 Best (Rodrigo Azevedo/Divulgação)

Em 2014, Rafa Costa e Silva criou o cosmopolita Lasai, no Rio de Janeiro, e a casa se tornou um ímã de premiações. Com um ano de funcionamento já foi condecorado com uma estrela Michelin, entre outros reconhecimentos nacionais e internacionais.

Até o ano passado a casa era maior, com serviço para 45 pessoas. Recentemente o chef optou por usar o conceito do menos é mais. Agora, apenas dez pessoas por noite têm o privilégio de provar um menu degustação de alta gastronomia (1.150 reais, sem bebida e sem serviço) com o que há de mais fresco no dia. “Uma gastronomia inédita, vibrante, leve, madura e sensual”, define o chef.

Serviço: Largo dos Leões, 35, Humaitá, Rio de Janeiro. De terça a sexta, das 20h às 22h30; sábado, das 19h às 22h30.

15. A Casa do Porco, São Paulo

A Casa do Porco. (Leandro Fonseca/Exame)

Nada parece ameaçar o poderoso reinado da Casa do Porco, a incensada casa no centro de São Paulo comandada por Jefferson Rueda e Janaína Torres, eleita no ano passado a melhor chef da América Latina . Os chefs fundadores do pequeno império gastronômico provaram que é possível tornar acessível uma gastronomia autoral e de qualidade.

Inaugurada em 2015, a casa é dedicada aos cortes suínos. Com constantes filas na porta, o menu degustação atual se chama Somos de Carne e Osso (290 reais, sem harmonização), para lembrar que, para além dos prêmios, o restaurante é feito de pessoas. O menu é dividido em sete etapas com 12 pratos, começando pelos embutidos do Porco Real, frigorífico artesanal familiar dos Rueda, e seguido por três sanduíches, o polêmico tartare de porco, churrasco, ossobuco, o famoso porco San Zé, sobremesa e café. Ainda que a casa seja dedicada à carne de porco, há uma versão vegetariana do menu.

Serviço: Rua Araújo, 124, República, São Paulo. De segunda a sábado, das 12h às 23h; domingo, das 12h às 17h.

16. Tuju, São Paulo

Chef Ivan Ralston, do Tuju. (Rubens Kato/Divulgação)

Após um período fechado, o Tuju reabriu no fim do ano passado no Jardim Paulistano, na capital paulista. O comando da cozinha continua com o chef Ivan Ralston.

O restaurante funciona somente com reserva e serve menu degustação com valores a partir de 990 reais, dependendo da quantidade de tempos que se opta. O chef define a gastronomia do local como "cozinha sazonal paulistana", por valorizar os ingredientes mais frescos na época e de acordo com o clima e as estações do ano, com menus Umidade, Chuva, Ventania e Seca.

A jornada gastronômica começa no pátio interno, passa pela adega de dois andares com mais de 2.000 rótulos especiais e raros, e segue para o salão principal. Guiado pela delicadeza das flores, o novo menu autoral "Umidade" é inteiramente inspirado na primavera e nos ingredientes locais que se beneficiam das condições climáticas da estação.

Com 12 pratos (R$ 990 + 15% de taxa de serviço), oferece criações até dezembro. Neste menu, a flor de sabugueiro aparece em aperitivos combinados com vagem, segurelha, folhas de acerola, tomate e cereja. A capuchinha continua nas entradas com vieiras e batatas yacon. A alcachofra é servida com queijo tulha e quiabo. Flores de abobrinha acompanham pato e abóbora. Para sobremesa, a lavanda serve como ponto de partida para combinações de sabores memoráveis ​​criadas em parceria com a chef confeiteira Rhaiza Zanetti. Liderados pelos sommeliers Tiago Menezes e Thiago Frencl, as harmonizações de vinhos podem seguir três caminhos, cada um com 10 rótulos diferentes para acompanhar cada prato do menu degustação.

O projeto arquitetônico, assinado pelos escritórios de Angelo Bucci e Raul Pereira, fez com que a casa fosse escolhida como um dos restaurantes mais bonitos do mundo.

Serviço: R. Frei Galvão, 135, Jardim Paulistano. Horário de funcionamento: Terça a sábado, 19h às 22h. Somente Menu Degustação Preço: R$ 990 + 15% de taxa de serviço. Harmonização de vinhos: Descobertas: R$ 750, América do Sul: R$ 750, Clássicos: R$ 1.590. Reservas:http://www.tuju.com.br

20. Evvai, São Paulo

Comandado pelo chef Luiz Filipe Souza, neste ano o Evvai conquistou duas estrelas Michelin. No Jardim Paulistano, na capital paulista, o endereço serve apenas um menu degustação. O restaurante abre o novo menu com pequenas e intensas bocadas que conectam os clientes a diferentes cantos do nosso imenso Brasil. Da Bahia, vem a inspiração para o acarajé merengado, que apresenta uma nova textura para o tradicional bolinho de feijão fradinho. Da comunidade pescadora do Bonete, em Ilhabela, no litoral paulista, vêm os peixes defumados e a bottarga de tainha produzida pelo Projeto A.Mar que dão ainda mais brilho ao atum bluefin sustentável. E, da Ilha do Marajó, ao Norte do Brasil, o queijo de búfala com mais de 200 anos de história que coroa a mandioquinha de dulçor reforçado pela cebola assada.

O menu conta com a já tradicional bomba de vieiras, inspirada no Bomboloni salgado que marcou a jornada profissional do chef Luiz Filipe na Itália, que nesta edição leva mandioquinha em sua massa.

A sequência de 11 tempos (R$ 799) apresenta ainda a salada de abóbora, o linguini de pupunha e lula “alle vôngole” que revisita a clássica pasta fredda italiana, e o macio sorvete de cogumelos de Santa Catarina servido com caldo aveludado e quente de galinha d’Angola.

Serviço: Endereço: Rua Joaquim Antunes, 108. Reservas:http://www.evvai.com.brFuncionamento: jantar - terça a sábado das 19h às 23h, almoço sábado das 12h às 15h. Menu: R$799, Harmonização: Sintonia: R$619, Plena: R$837, Magna: R$1497, Rolha: R$250, Rolha Magna: R$390. Reservas pelo telefone (11) 3062-1160 ou pelo site evvai.meitre.com

21. Oteque, Rio de Janeiro

Cozinha do Oteque, dono de duas estrelas Michelin: menu degustação em oito etapas, que pode incluir atum cru com caviar e lagostim com maionese de peixe (Rodrigo Azevedo/Divulgação)

A cozinha literalmente aberta para o salão e o teto com revestimento acústico de cinema, que ajuda a abafar o falatório dos clientes, já indicam a atenção que o Oteque dá para a comida. Não à toa, muita gente classifica os jantares no endereço — para o qual ninguém dá nada, vendo de fora — como espetáculos gastronômicos memoráveis. Não falta nem uma trilha sonora à altura — vai de Kings of Convenience a Led Zeppelin.

O astro aqui é o chef paranaense Alberto Landgraf, que se reinventou no Rio de Janeiro após uma temporada de cinco anos em São Paulo, onde despontou à frente do extinto Epice. No Oteque, um dos quatro restaurantes brasileiros com duas estrelas Michelin — e o único do quarteto entre os dez primeiros colocados deste ranking —, ele só serve menu degustação, atualmente com oito etapas, sendo seis pratos com peixes, um com carne vermelha e sobremesa, por R$ 895 e harmonização entre R$ 675 e R$ 795 (com rótulos premium).

Serviço: Rua Conde de Irajá 581, Botafogo. Reservas: 3486-5758. De terça-feira a sábado, das 19h às 23h30.

26. Nelita, São Paulo

Tássia Magalhães, chef do Nelita. (Ricardo Castilho Jr./Divulgação)

O Nelita é uma espécie de divisor de águas na trajetória de Tássia Magalhães. O restaurante deu à chef de Guaratinguetá, no interior de São Paulo, uma projeção que ela ainda não havia experimentado. E olhe que a carreira dela não começou ontem. Tássia trabalhou por dez anos no extinto Pomodori, onde entrou como estagiária e saiu como mandachuva, e tirou do forno mais três negócios que não existem mais, os restaurantes Riso.e.ria e Fabbrica Illegale e a dark kitchen Unno Masseria. No ano passado, abriu o Mag Market, misto de padaria e doceria.

O menu atual do Nelita revive as memórias de Tássia com referências afetivas, culturais e gastronômicas da região onde nasceu e cresceu, combinando o DNA italiano de sua cozinha autoral com o uso de ingredientes locais, como o leite de búfala de Pindamonhangaba, que aparece na forma de coalhada no snack de flor, tomate fermentado e baunilha. Para evitar o desperdício, a chef cria um gel com o soro deste leite, que acompanha o Risoto de aspargos com radicchio, feito com arroz de altitude de Guaratinguetá, cultivado aos pés da Serra da Mantiqueira.

Outro destaque do menu é o linguini com suco de cenoura, alho-poró e algas, finalizado com ovas de truta do Vale do Paraíba. Da fazenda de sua mãe, vem a acerola, usada na mini tartelete com chocolate branco e limão, um petit four que finaliza a refeição.

Outros pratos escolhidos por Tássia para compor o novo menu incluem a Mini abobrinha marinada e braseada com creme de abobrinha, beurre blanc, picles de abobrinha e flor de mel, além do Cappelli de Funghi e Berinjela defumada — uma massa recheada com compota de berinjela e tomate, finalizada com caldo translúcido de berinjela defumada. A degustação (R$590), de 11 etapas, é servida apenas no balcão, no jantar de terça-feira a sábado e todos os pratos da sequência podem ser pedidos à la carte.

Serviço: Rua Ferreira de Araújo, nº 330 - Pinheiros. São Paulo. Terça a sexta-feira das 19h às 23h; Sábado, das 12h às 16h e das 19h às 23h, Domingo das 12h às 16h. Valor menu degustação: R$590

27. Metzi, São Paulo

Mole com siri mole e palmito do restaurante Metzi, do menu pre-fix, de R$ 440. (Divulgação/Divulgação)

Inaugurado em 2020, o restaurante se propõe a servir a autêntica culinária mexicana — com direito, por que não, a pitadas de modernidade e a ingredientes brasileiros. Pertence a Eduardo Nava Ortiz, mexicano de Oaxaca, e à paulistana Luana Sabino. Os chefs se conheceram quando ambos trabalhavam no renomado Cosme, em Nova York — em São Paulo, ela passou pelas cozinhas do Arturito, do Tuju e do Petí Gastronomia.

Com oito tempos, a experiência gastronômica fechada (R$ 440 por pessoa, sem bebidas) apresenta o bocolito de polvo com purê de feijão branco, castanha de caju e cambuci, a infladita de milho recheada com pescado chiletoreado de pimenta de cheiro ou o aguachile de carambola e chile mixe (pimenta seca típica da região de Oaxaca) que acompanha o atum salpicado com tanajura, huatape de pescados (caldo de peixe defumado com katsuobushi e chili puya); o peixe do dia com aljillo, queijo tulha e ikura; e a costela de porco duroc em recado negro e jiló tatemado a ser degustada como recheio das macias tortilhas feitas na casa, que chegam à parte. A refrescante sobremesa de morango com crema de tequila e suspiro de hibisco encerra o jantar.

Serviço: Rua João Moura, 861. Horários: Terça e quarta: 19h-22h30. Quinta: 19h-23h. Sexta: 19h-2h. Sábado: 12h-15h/19h-2h. Domingo: 12h-17h

34. Maní, São Paulo

Maní: (Carolina Vianna/Divulgação)

A chef Helena Rizzo quase dispensa apresentações. Eleita a melhor do mundo pela lista The World’s 50 Best Restaurants, em 2014, é jurada do aclamado MasterChef Brasil e, desde 2006, está no comando do multipremiado Maní. Há quase três anos ela divide a criação e o comando da cozinha com o chef belga Willem Vandeven, com passagem por restaurantes europeus estrelados. A simbiose é tão perfeita que é praticamente impossível saber qual prato foi feito por quem. Mesmo com a evolução do restaurante e do mundo, a essência nunca mudou: servir comida brasileira contemporânea com ênfase em ingredientes orgânicos e de pequenos produtores. Além dos pratos à la carte, o restaurante tem o superautoral menu degustação (680 reais, sem harmonização) e o menu de três cursos, servido também no jantar por 280 reais, com entrada, prato principal e uma sobremesa, além de um belisquete. Atualmente uma nova casa foi inaugurada no shopping JK Iguatemi, em São Paulo.

Serviço: Rua Joaquim Antunes, 210, Jardim Paulistano, São Paulo. De terça a sábado, no almoço e no jantar; domingo, somente no almoço.

50. Kotori, São Paulo

Seguindo o conceito de Izakaya, os famosos bares japoneses, o cardápio tem boa parte dedicada a um ingrediente: o frango. A casa é outro empreendimento do chef Thiago Bañares, dono do Tan Tan. Dedicado à cozinha quente do Japão desde a sua abertura em 2021, a cada temporada o restaurante Kotori consolida o seu alinhamento com a cozinha yoshoku, estilo gastronômico enraizado no período Meiji (entre 1868-1912), em que o Japão começou a abrir-se para o mundo e a incorporar ingredientes, técnicas e sabores de outros países em sua dieta.

Assim, aparecem no cardápio pratos como Kinoko no Batayaki, cogumelo eryngui salteado com molho de tucupi, mostarda e caldo de galinha (R$ 65), Terrine Teba, feita com asas de frango, cogumelo kikurage, cebolinha e molho verde (R$ 65), e o Tsukune Slider, almôndega de frango que sai do espeto para dar vida a um suculento sanduíche com alface, tomate, cebola e molho especial (R$ 67 - 2 unidades).

Os espetinhos de frango (yakitoris) que deram origem à casa ainda brilham, com destaque para sambiquira (R$ 25), coração (R$ 18) e frango ostra com cebolinha (R$ 25). “Esse é um corte famoso no Japão, mas no Brasil é feito apenas para exportação”, explica o chef, referindo-se à porção retirada pelo restaurante do dorso da ave, logo acima da coxa. Também saem do fogo a abobrinha grelhada Zukkini Banbanji, com molho de amendoim, tahine, gengibre e chili crunch (R$ 42) e o Gairan no Miso Dare, brócolis cantonês salteado com molho de missô.

Todos os dias é preparado o sorvete com as frutas mais doces da estação (R$ 32). Além da rabanada, feita com shokupan embebido em creme inglês e torrado na manteiga, servida com leite e sorvete de caramelo (R$ 48).

Serviço: R. Cônego Eugênio Leite, 639, Pinheiros - São Paulo. De Terça a sexta, das 19h às 23h30 Sábado, 12h às 17h. (último domingo do mês, fechado)

Os 50 Melhores Restaurantes da América Latina:

*Novos restaurantes na lista

Camila Fiol, de Santiago foi escolhida como a Melhor chef confeiteira da América Latina em 2024. E Laura Hernandez Espinoza, de Bogotá é a Melhor sommèliere da América Latina em 2024.

Acompanhe tudo sobre:RestaurantesGastronomiaChefs

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