Sacerdotisa de Chornancap tem os vestígios expostos em Lima
A mostra é composta por elementos como seu cetro cerimonial, suas 'orejeras' (espécie de brincos) e sua coroa
Da Redação
Publicado em 17 de agosto de 2012 às 18h42.
Lima - A sacerdotisa de Chornancap, até agora a mulher com posição hierárquica mais alta da cultura Lambayeque descoberta, mostra a partir desta sexta-feira em Lima os vestígios de seu poder em uma exposição onde serão apresentados o objetos funerário com que foi encontrada perto da cidade de Chiclayo, no litoral norte do Peru .
A mostra foi inaugurada pelo Ministério da Cultura no Museo de la Nación para que os visitantes contemplem 62 peças resgatadas de seu peculiar túmulo no complexo arqueológico de Chotuna-Chornancap.
Os objetos foram conservados no Museu Arqueológico Nacional Brüning e credenciam a importante autoridade religiosa que essa mulher foi entre os séculos XII e XIII d.C., dentro da sociedade Lambayeque, cujo máximo expoente é o Senhor de Sipán, que dominou a mesma região durante o século III d.C.
A mostra é composta por elementos como seu cetro cerimonial, suas ''orejeras'' (espécie de brincos) e sua coroa, todos de ouro, além de copos metálicos, braceletes, colares, adornos de concha Spondyllus e uma grande variedade de cerâmica de estilo Lambayeque e Cajamarca, que revela o estreito vínculo entre estas sociedades.
A descoberta da sacerdotisa de Chornancap aconteceu em outubro de 2011 mas somente em abril deste ano quando se constatou que se tratava de uma mulher, enterrada ''com as mais altas honras e em companhia de oito outras pessoas '', segundo explicou à Agência Efe o diretor do complexo, Carlos Wester La Torre, em abril.
O arqueólogo comparou a importância que a sacerdotisa teve como autoridade religiosa da região com o papel desempenhado pela ''Dama de Cao'' dentro da cultura mochica durante o século IV, que é o personagem feminino de que se tem notícia que alcançou a mais alta cota de poder nas sociedades pré-incaicas do Peru.
Wester também destacou a ''alta qualidade'' da ourivesaria que acompanhava a sacerdotisa, e que também se pode contemplar na exposição, porque segundo sua opinião ''demonstra que os ourives da cultura Lambayeque são tão mestres nessa arte como seus antepassados da cultura mochica''.
Destacam-se especialmente os colares de ouro com peças antropomórficas, braceletes que combinam metais para oferecer contrastes dourados e prateados, e sobre todo os detalhes, gravuras em uma ornamentação muito elaborada.
A equipe de arqueólogos de Chotuna-Chornancap apresentou na semana passada um novo túmulo encontrado sob a mesma tumba da sacerdotisa e que abrigava outro importante personagem da região, enterrado com objetos similares mas com o detalhe de que sua cova havia sido preparada para caso fosse inundada de água.
Segundo Wester, a periodicidade entre a sacerdotisa de Chornancap e este novo personagem, cujo gênero ainda se desconhece, é muito curta e certamente houve um vínculo entre os dois, embora não se tenha descoberto se seria de ''familiar, matrimonial ou religioso''.
Lima - A sacerdotisa de Chornancap, até agora a mulher com posição hierárquica mais alta da cultura Lambayeque descoberta, mostra a partir desta sexta-feira em Lima os vestígios de seu poder em uma exposição onde serão apresentados o objetos funerário com que foi encontrada perto da cidade de Chiclayo, no litoral norte do Peru .
A mostra foi inaugurada pelo Ministério da Cultura no Museo de la Nación para que os visitantes contemplem 62 peças resgatadas de seu peculiar túmulo no complexo arqueológico de Chotuna-Chornancap.
Os objetos foram conservados no Museu Arqueológico Nacional Brüning e credenciam a importante autoridade religiosa que essa mulher foi entre os séculos XII e XIII d.C., dentro da sociedade Lambayeque, cujo máximo expoente é o Senhor de Sipán, que dominou a mesma região durante o século III d.C.
A mostra é composta por elementos como seu cetro cerimonial, suas ''orejeras'' (espécie de brincos) e sua coroa, todos de ouro, além de copos metálicos, braceletes, colares, adornos de concha Spondyllus e uma grande variedade de cerâmica de estilo Lambayeque e Cajamarca, que revela o estreito vínculo entre estas sociedades.
A descoberta da sacerdotisa de Chornancap aconteceu em outubro de 2011 mas somente em abril deste ano quando se constatou que se tratava de uma mulher, enterrada ''com as mais altas honras e em companhia de oito outras pessoas '', segundo explicou à Agência Efe o diretor do complexo, Carlos Wester La Torre, em abril.
O arqueólogo comparou a importância que a sacerdotisa teve como autoridade religiosa da região com o papel desempenhado pela ''Dama de Cao'' dentro da cultura mochica durante o século IV, que é o personagem feminino de que se tem notícia que alcançou a mais alta cota de poder nas sociedades pré-incaicas do Peru.
Wester também destacou a ''alta qualidade'' da ourivesaria que acompanhava a sacerdotisa, e que também se pode contemplar na exposição, porque segundo sua opinião ''demonstra que os ourives da cultura Lambayeque são tão mestres nessa arte como seus antepassados da cultura mochica''.
Destacam-se especialmente os colares de ouro com peças antropomórficas, braceletes que combinam metais para oferecer contrastes dourados e prateados, e sobre todo os detalhes, gravuras em uma ornamentação muito elaborada.
A equipe de arqueólogos de Chotuna-Chornancap apresentou na semana passada um novo túmulo encontrado sob a mesma tumba da sacerdotisa e que abrigava outro importante personagem da região, enterrado com objetos similares mas com o detalhe de que sua cova havia sido preparada para caso fosse inundada de água.
Segundo Wester, a periodicidade entre a sacerdotisa de Chornancap e este novo personagem, cujo gênero ainda se desconhece, é muito curta e certamente houve um vínculo entre os dois, embora não se tenha descoberto se seria de ''familiar, matrimonial ou religioso''.