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Restauração mal sucedida de "Ecce Homo" repercute no mundo

A repercussão foi tanta que Cecília Giménez, a senhora de 81 anos que decidiu restaurar por conta própria o afresco de Martízez, já ganhou uma série de fãs

Antes e depois: de acordo com Gracia, a notícia passou do meio local ao regional e, posteriormente, do nacional ao internacional (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de agosto de 2012 às 16h34.

Zaragoza - Mais de 160 países noticiaram de uma forma ou de outra o novo "fenômeno midiático" que surgiu a partir da "mal sucedida restauração" do quadro "Ecce Homo", a imagem de Jesus, assinada pelo pintor Elías García Martínez, que adorna um dos muros da igreja do Santuário de Misericórdia de Borja, em Zaragoza, na Espanha .

O fato que foi noticiado no último dia 7 de agosto como uma simples notícia, um discreto "pedido de atenção" em relação ao patrimônio de Borja, denunciado pelo blog pelo Centro de Estudos Borjanos, chegou às primeiras páginas dos principais jornais do mundo e se tornou em um dos maiores "trending topic" da história.

A repercussão foi tanta que Cecília Giménez, a senhora de 81 anos que decidiu restaurar por conta própria o afresco de Martízez, já ganhou uma série de fãs e, inclusive, uma petição online para essa sua versão da "Ecce Homo" ser mantida. Além da série de brincadeiras, outro fato surpreendeu o presidente do Centro de Estudos Borjanos, Miguel Gracia: a visibilidade do assunto.

Gracia, que teve sua caixa de email bloqueada devido ao excesso de mensagens, também já foi consultado por algumas universidades e agência de publicidade para analisar este fenômeno "sem comparação na atualidade", como definiu o próprio presidente do Centro de Estudos Borjanos.

Segundo Gracia, o que surpreende é como uma simples notícia que surge de um lugar diminuto do mapa, neste caso Borja, acaba nas capas dos principais jornais do mundo. "Estão todos querendo saber como ocorreu, como pôde ter ocorrido algo assim", afirmou.


"Há três dias sem dormir", já que os pedidos de entrevista chegam de lugares como Finlândia e Austrália sem a preocupação com o fuso horário, Gracia se espanta ainda mais ao comentar que "mais de 160 países se interessaram no tema, sendo que a ONU tem 193 países."

O blog do Centro informa hoje que "já era esperado" que a notícia da "mal sucedida restauração" do "Ecce Homo", uma pintura de 50 centímetros de altura por 30 de largura, causasse "certa repercussão em nível local e entre seus leitores, mas nada poderia justificar o que acabou acontecendo alguns dias depois.

Em seus "melhores momentos", o blog recebe uma média diária de 500 visitas, mas, no último dia 21 de agosto, esse número superou os 45 mil. O fato é que o jornal "Heraldo de Aragón" reproduziu a notícia neste dia, "de forma eventual", quando faziam uma reportagem em Borja.

Segundo o blog do Centro de Estudos Borjanos, a partir daí a desastrosa restauração da idosa de 81 anos começou a circular no mundo inteiro através das redes socais e, pouco depois, a atenção da imprensa internacional.

As universidades que quererem analisar o tema, as quais Gracia preferiu não citar, possuem interesse em abordar o ponto de vista sociológico do fato - como uma pequena notícia, de um lugar diminuto do mapa, conseguiu chegar a todos os cantos do planeta.

"Alguns me dizem que isto tinha sido como uma "serpente de verão". Mas, para esses, eu digo: de verão e de inverno também, já que a notícia foi publicada em lugares onde agora é inverno", brincou Gracia.


Gracia também ressalta o fato de que "até mesmo os jornais que informavam apenas notícias locais, começaram a cobrir os fatos do mundo ao colocarem esta notícia em suas capas". Os diferentes tipos de abordagem também é algo que impressionou o presidente do Centro de Estudos Borjanos. "Não só dentro de um só país, mas cada país em si; o enfoque que lhe deram", apontou.

Neste sentido, Gracia diz que basta com olhar o mapa do blog para ver que "até países muçulmanos se interessaram" pela restauração do "Ecce Homo", além dos "países laicos, como a França, que abordaram o fato de um ponto de vista religioso" ("M... divida" era o título do jornal "Le Monde").

De acordo com Gracia, a notícia passou do meio local ao regional e, posteriormente, do nacional ao internacional, o que foi suficiente para "fazer tudo se transbordar".

Em seu blog, o Centro de Estudos Borjanos diz que tentou "permanecer distante das entrevistas e noticiários", mas não pôde evitar a "pressão" da imprensa e, por isso, acabou atendendo as ligações vindas de diferentes lugares, desde Nova Zelândia ao Canadá.

"Desde o primeiro momento mantivemos uma atitude extremamente respeitosa com as partes implicadas, como fica evidente nos artigos publicados no blog".

Além da repercussão do tema, Gracia também faz questão de exaltar seu cuidado em relação ao futuro da obra "destruída" pela idosa que tentou repará-la de boa fé. Apesar de evitar falar sobre assunto, o presidente do Centro de Estudos Borjanos afirmou que aguarda o relatório dos restauradores e também a decisão da Prefeitura de Borja, "que anunciará a decisão definitiva".

"Será necessário avaliar as consequências de todo esse eco midiático que, em nossa opinião, se aprofundou excessivamente em aspectos pessoais sem se preocupar com as consequências que, inevitavelmente, atinge as pessoas envolvidas", conclui.

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O fato que foi noticiado no último dia 7 de agosto como uma simples notícia, um discreto "pedido de atenção" em relação ao patrimônio de Borja, denunciado pelo blog pelo Centro de Estudos Borjanos, chegou às primeiras páginas dos principais jornais do mundo e se tornou em um dos maiores "trending topic" da história.

A repercussão foi tanta que Cecília Giménez, a senhora de 81 anos que decidiu restaurar por conta própria o afresco de Martízez, já ganhou uma série de fãs e, inclusive, uma petição online para essa sua versão da "Ecce Homo" ser mantida. Além da série de brincadeiras, outro fato surpreendeu o presidente do Centro de Estudos Borjanos, Miguel Gracia: a visibilidade do assunto.

Gracia, que teve sua caixa de email bloqueada devido ao excesso de mensagens, também já foi consultado por algumas universidades e agência de publicidade para analisar este fenômeno "sem comparação na atualidade", como definiu o próprio presidente do Centro de Estudos Borjanos.

Segundo Gracia, o que surpreende é como uma simples notícia que surge de um lugar diminuto do mapa, neste caso Borja, acaba nas capas dos principais jornais do mundo. "Estão todos querendo saber como ocorreu, como pôde ter ocorrido algo assim", afirmou.


"Há três dias sem dormir", já que os pedidos de entrevista chegam de lugares como Finlândia e Austrália sem a preocupação com o fuso horário, Gracia se espanta ainda mais ao comentar que "mais de 160 países se interessaram no tema, sendo que a ONU tem 193 países."

O blog do Centro informa hoje que "já era esperado" que a notícia da "mal sucedida restauração" do "Ecce Homo", uma pintura de 50 centímetros de altura por 30 de largura, causasse "certa repercussão em nível local e entre seus leitores, mas nada poderia justificar o que acabou acontecendo alguns dias depois.

Em seus "melhores momentos", o blog recebe uma média diária de 500 visitas, mas, no último dia 21 de agosto, esse número superou os 45 mil. O fato é que o jornal "Heraldo de Aragón" reproduziu a notícia neste dia, "de forma eventual", quando faziam uma reportagem em Borja.

Segundo o blog do Centro de Estudos Borjanos, a partir daí a desastrosa restauração da idosa de 81 anos começou a circular no mundo inteiro através das redes socais e, pouco depois, a atenção da imprensa internacional.

As universidades que quererem analisar o tema, as quais Gracia preferiu não citar, possuem interesse em abordar o ponto de vista sociológico do fato - como uma pequena notícia, de um lugar diminuto do mapa, conseguiu chegar a todos os cantos do planeta.

"Alguns me dizem que isto tinha sido como uma "serpente de verão". Mas, para esses, eu digo: de verão e de inverno também, já que a notícia foi publicada em lugares onde agora é inverno", brincou Gracia.


Gracia também ressalta o fato de que "até mesmo os jornais que informavam apenas notícias locais, começaram a cobrir os fatos do mundo ao colocarem esta notícia em suas capas". Os diferentes tipos de abordagem também é algo que impressionou o presidente do Centro de Estudos Borjanos. "Não só dentro de um só país, mas cada país em si; o enfoque que lhe deram", apontou.

Neste sentido, Gracia diz que basta com olhar o mapa do blog para ver que "até países muçulmanos se interessaram" pela restauração do "Ecce Homo", além dos "países laicos, como a França, que abordaram o fato de um ponto de vista religioso" ("M... divida" era o título do jornal "Le Monde").

De acordo com Gracia, a notícia passou do meio local ao regional e, posteriormente, do nacional ao internacional, o que foi suficiente para "fazer tudo se transbordar".

Em seu blog, o Centro de Estudos Borjanos diz que tentou "permanecer distante das entrevistas e noticiários", mas não pôde evitar a "pressão" da imprensa e, por isso, acabou atendendo as ligações vindas de diferentes lugares, desde Nova Zelândia ao Canadá.

"Desde o primeiro momento mantivemos uma atitude extremamente respeitosa com as partes implicadas, como fica evidente nos artigos publicados no blog".

Além da repercussão do tema, Gracia também faz questão de exaltar seu cuidado em relação ao futuro da obra "destruída" pela idosa que tentou repará-la de boa fé. Apesar de evitar falar sobre assunto, o presidente do Centro de Estudos Borjanos afirmou que aguarda o relatório dos restauradores e também a decisão da Prefeitura de Borja, "que anunciará a decisão definitiva".

"Será necessário avaliar as consequências de todo esse eco midiático que, em nossa opinião, se aprofundou excessivamente em aspectos pessoais sem se preocupar com as consequências que, inevitavelmente, atinge as pessoas envolvidas", conclui.

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