Real vira na prorrogação e fatura 10ª Liga dos Campeões
A vitória foi por 4 a 1
Da Redação
Publicado em 24 de maio de 2014 às 19h25.
São Paulo - Com uma daquelas viradas dramáticas dignas das grandes histórias do futebol , o Real Madrid enfim chegou a sua tão sonhada décima taça da Liga dos Campeões neste sábado.
O time do técnico Carlo Ancelotti contou com gols de Gareth Bale, do brasileiro Marcelo e do astro Cristiano Ronaldo para derrotar o Atlético de Madrid na prorrogação por 3 a 0, depois de buscar um sofrido empate no tempo normal, por 1 a 1, com gol heroico de Sérgio Ramos.
O gol da igualdade veio apenas aos 48 minutos do segundo tempo, com cabeçada heroica de Sérgio Ramos. O rival liderava o placar, e já via torcedores comemorando a conquista, desde os 35 da etapa inicial.
E a pressão crescia a cada minuto até culminar no gol salvador do zagueiro, surpreendendo torcedores dos dois times presentes no Estádio da Luz, em Lisboa.
No tempo extra, o Real se manteve melhor e chegou ao gol da vitória, do título e do novo recorde de conquistas na Liga aos 4 minutos da segunda etapa, com Bale.
O tradicional time espanhol buscava o 10º troféu desde 2002, quando vencera pela última vez. Nas últimas três edições, ainda sob o comando do técnico José Mourinho, caíra nas semifinais.
A conquista era a que faltava para Cristiano Ronaldo e companhia marcarem seus nomes definitivamente na história do premiado clube. Para o atacante português, eleito o melhor do mundo de 2013, o troféu era uma obsessão desde sua chegada à Madri, em 2009. O título dá o direito ao Real de disputar o Mundial de Clubes da Fifa, em Marrocos, em dezembro.
O 10º troféu ofusca a decepção da equipe no Campeonato Espanhol, vencido pelo Atlético, e torna o Real o mais vencedor do país nesta temporada. Antes, vencera a Copa do Rei ao bater o arquirrival Barcelona na final.
Na decisão deste domingo, as duas equipes contaram com baixas de peso. O Atlético entrou em campo sem Arda Turan, machucado, e arriscou ao escalar o machucado Diego Costa entre os titulares.
O brasileiro naturalizado espanhol acabou deixando o campo aos 8 minutos. Pelo Real, Xabi Alonso cumpriu suspensão e Pepe foi vetado por lesão. Mas Benzema, liberado, foi titular.
O JOGO - Cercado de expectativa, o clássico espanhol decepcionou os torcedores nos primeiros 15 minutos de bola rolando. Com estilo semelhantes, de solidez na defesa e contra-ataques fulminantes, as duas equipes demoraram a sair para o jogo, em um duelo feroz pelo domínio do meio-campo.
Assim, a torcida presente no Estádio da Luz pôde ver marcação pegada, muitas roubadas de bola e passes errados. Enfim, nenhuma jogada com mais três passes seguidos.
O Real ensaiava tomar a iniciativa ao mesmo tempo em que o Atlético não renunciava ao ataque, apesar da substituição precoce de Diego Costa logo aos 8 minutos. Sem condições de jogo, ele foi trocado por Adrian López.
Os lances de perigo, contudo, inexistiram até os 31 minutos, justamente quando o Atlético começava a impor seu jogo em campo. O time de Simeone jogava mais recuado, à espera do rival, e ameaçava mais no ataque. Na primeira boa chance da final, o Atlético arrumou um bate-rebate dentro da área do Real e quase surpreendeu Casillas.
A resposta do Real foi imediata. Bale aproveitou vacilada de Tiago na saída de bola e impôs correria até entrar na área e bater para fora, desperdiçando chance incrível. O lance devolveu o equilíbrio à partida, mas que durou apenas quatro minutos.
Em um confronto truncado e de grandes oportunidades, não surpreendeu quando o Atlético abriu o placar de bola parada. Aos 35, após escanteio na área, a defesa do Real afastou mal e Godín, de cabeça, encobriu Casillas. O zagueiro uruguaio já havia marcado o gol do título espanhol do Atlético, sábado passado, no empate por 1 a 1 com o Barcelona.
O gol confirmou o domínio recente do Atlético, que reforçava seu estilo aguerrido em campo. Ocupava cada espaço possível e surpreendia os jogadores do Real em cada metro quadrado do gramado.
O time de Cristiano Ronaldo, apagado na etapa inicial, tinha 58% de posse de bola, mas não assustava o adversário. E sentia falta do suspenso Xabi Alonso, substituído por Khedira, que voltou recentemente a jogar após cinco meses.
Depois do duelo pobre em lances ofensivos na etapa inicial, as duas equipes fizeram um jogo mais franco no segundo tempo. Mais presente, Cristiano Ronaldo comandava o Real em cobranças de falta, finalizações dentro da área e cabeçadas na área. Tinha a companhia de Di Maria, que tentava em jogadas individuais.
Mas, ao mesmo tempo em que buscava o ataque, o Real abria espaços na fragilizada defesa e não conseguia impor pressão sobre a zaga rival. E, assim, o Atlético quase ampliou aos 11, em chute de Adrian, desviado pela defesa.
A partir da metade da etapa, o Real partiu definitivamente para o ataque, enquanto o Atlético admitia a retranca e apostava nos contra-ataques. Com Marcelo e Isco, as novidades de Ancelotti para o segundo tempo, o time ganhou força ofensiva e abria espaço para as investidas de Bale.
A pressão foi longa e acabou dando resultado somente nos acréscimos. Aos 48 minutos do segundo tempo, Sérgio Ramos subiu sozinho de cabeça dentro da área atleticana e mandou para as redes, após cobrança de escanteio, surpreendendo torcedores, jornalistas e dirigentes nas arquibancadas do Estádio da Luz.
O gol forçou a prorrogação, na qual o Real manteve o domínio do fim do jogo. Abatido, o Atlético se mostrava perdido em campo. Defendia-se como podia e raramente atacava, ainda sem acreditar na reviravolta da partida.
Exibindo grande ritmo, sem cansaço mesmo depois da maratona de 110 minutos, o Real logo confirmaria o melhor desempenho no placar.
E foi o que aconteceu aos 4 do segundo tempo da prorrogação. Di Maria disparou pela esquerda, entrou na área e bateu firme. Courtois fez a defesa, mas deu rebote para Bale completar de cabeça dentro da pequena área.
Sem perder o embalo, o Real ainda marcou mais duas vezes antes de comemorar o 10º troféu. Aos 12, Marcelo disparou pelo meio, entrou na área e bateu para as redes, sem enfrentar maior resistência da zaga. Dois minutos depois, Godín fez pênalti em Cristiano Ronaldo.
O atacante converteu a cobrança com tranquilidade e chegou à marca de 17 gols na competição, ampliando seu recorde de gols em uma edição da Liga dos Campeões.
FICHA TÉCNICA:
REAL MADRID 4 x 1 ATLÉTICO DE MADRID
REAL MADRID - Casillas; Carvajal, Sérgio Ramos, Varane, Fábio Coentrão (Marcelo); Khedira (Isco), Modric, Di Maria; Bale, Cristiano Ronaldo e Benzema (Morata). Técnico: Carlo Ancelotti.
ATLÉTICO DE MADRID - Courtois; Juanfran, Miranda, Godín, Filipe Luís (Alderweireld); Gabi, Tiago, Koke, Raul García (Sosa); David Villa e Diego Costa (Adrian López). Técnico: Diego Simeone.
GOLS - Godín, aos 35 minutos do primeiro tempo. Sérgio Ramos, aos 48 minutos do segundo tempo. Bale, aos 4, Marcelo, aos 12, e Cristiano Ronaldo (pênalti), aos 15 minutos do segundo tempo da prorrogação.
CARTÕES AMARELOS - Raul García, Sérgio Ramos, Khedira, Miranda, David Silva, Juanfran, Koke, Gabi, Marcelo, Varane.
ÁRBITRO - Björn Kuipers (Holanda).
RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.
LOCAL - Estádio da Luz, em Lisboa (Portugal).
São Paulo - Com uma daquelas viradas dramáticas dignas das grandes histórias do futebol , o Real Madrid enfim chegou a sua tão sonhada décima taça da Liga dos Campeões neste sábado.
O time do técnico Carlo Ancelotti contou com gols de Gareth Bale, do brasileiro Marcelo e do astro Cristiano Ronaldo para derrotar o Atlético de Madrid na prorrogação por 3 a 0, depois de buscar um sofrido empate no tempo normal, por 1 a 1, com gol heroico de Sérgio Ramos.
O gol da igualdade veio apenas aos 48 minutos do segundo tempo, com cabeçada heroica de Sérgio Ramos. O rival liderava o placar, e já via torcedores comemorando a conquista, desde os 35 da etapa inicial.
E a pressão crescia a cada minuto até culminar no gol salvador do zagueiro, surpreendendo torcedores dos dois times presentes no Estádio da Luz, em Lisboa.
No tempo extra, o Real se manteve melhor e chegou ao gol da vitória, do título e do novo recorde de conquistas na Liga aos 4 minutos da segunda etapa, com Bale.
O tradicional time espanhol buscava o 10º troféu desde 2002, quando vencera pela última vez. Nas últimas três edições, ainda sob o comando do técnico José Mourinho, caíra nas semifinais.
A conquista era a que faltava para Cristiano Ronaldo e companhia marcarem seus nomes definitivamente na história do premiado clube. Para o atacante português, eleito o melhor do mundo de 2013, o troféu era uma obsessão desde sua chegada à Madri, em 2009. O título dá o direito ao Real de disputar o Mundial de Clubes da Fifa, em Marrocos, em dezembro.
O 10º troféu ofusca a decepção da equipe no Campeonato Espanhol, vencido pelo Atlético, e torna o Real o mais vencedor do país nesta temporada. Antes, vencera a Copa do Rei ao bater o arquirrival Barcelona na final.
Na decisão deste domingo, as duas equipes contaram com baixas de peso. O Atlético entrou em campo sem Arda Turan, machucado, e arriscou ao escalar o machucado Diego Costa entre os titulares.
O brasileiro naturalizado espanhol acabou deixando o campo aos 8 minutos. Pelo Real, Xabi Alonso cumpriu suspensão e Pepe foi vetado por lesão. Mas Benzema, liberado, foi titular.
O JOGO - Cercado de expectativa, o clássico espanhol decepcionou os torcedores nos primeiros 15 minutos de bola rolando. Com estilo semelhantes, de solidez na defesa e contra-ataques fulminantes, as duas equipes demoraram a sair para o jogo, em um duelo feroz pelo domínio do meio-campo.
Assim, a torcida presente no Estádio da Luz pôde ver marcação pegada, muitas roubadas de bola e passes errados. Enfim, nenhuma jogada com mais três passes seguidos.
O Real ensaiava tomar a iniciativa ao mesmo tempo em que o Atlético não renunciava ao ataque, apesar da substituição precoce de Diego Costa logo aos 8 minutos. Sem condições de jogo, ele foi trocado por Adrian López.
Os lances de perigo, contudo, inexistiram até os 31 minutos, justamente quando o Atlético começava a impor seu jogo em campo. O time de Simeone jogava mais recuado, à espera do rival, e ameaçava mais no ataque. Na primeira boa chance da final, o Atlético arrumou um bate-rebate dentro da área do Real e quase surpreendeu Casillas.
A resposta do Real foi imediata. Bale aproveitou vacilada de Tiago na saída de bola e impôs correria até entrar na área e bater para fora, desperdiçando chance incrível. O lance devolveu o equilíbrio à partida, mas que durou apenas quatro minutos.
Em um confronto truncado e de grandes oportunidades, não surpreendeu quando o Atlético abriu o placar de bola parada. Aos 35, após escanteio na área, a defesa do Real afastou mal e Godín, de cabeça, encobriu Casillas. O zagueiro uruguaio já havia marcado o gol do título espanhol do Atlético, sábado passado, no empate por 1 a 1 com o Barcelona.
O gol confirmou o domínio recente do Atlético, que reforçava seu estilo aguerrido em campo. Ocupava cada espaço possível e surpreendia os jogadores do Real em cada metro quadrado do gramado.
O time de Cristiano Ronaldo, apagado na etapa inicial, tinha 58% de posse de bola, mas não assustava o adversário. E sentia falta do suspenso Xabi Alonso, substituído por Khedira, que voltou recentemente a jogar após cinco meses.
Depois do duelo pobre em lances ofensivos na etapa inicial, as duas equipes fizeram um jogo mais franco no segundo tempo. Mais presente, Cristiano Ronaldo comandava o Real em cobranças de falta, finalizações dentro da área e cabeçadas na área. Tinha a companhia de Di Maria, que tentava em jogadas individuais.
Mas, ao mesmo tempo em que buscava o ataque, o Real abria espaços na fragilizada defesa e não conseguia impor pressão sobre a zaga rival. E, assim, o Atlético quase ampliou aos 11, em chute de Adrian, desviado pela defesa.
A partir da metade da etapa, o Real partiu definitivamente para o ataque, enquanto o Atlético admitia a retranca e apostava nos contra-ataques. Com Marcelo e Isco, as novidades de Ancelotti para o segundo tempo, o time ganhou força ofensiva e abria espaço para as investidas de Bale.
A pressão foi longa e acabou dando resultado somente nos acréscimos. Aos 48 minutos do segundo tempo, Sérgio Ramos subiu sozinho de cabeça dentro da área atleticana e mandou para as redes, após cobrança de escanteio, surpreendendo torcedores, jornalistas e dirigentes nas arquibancadas do Estádio da Luz.
O gol forçou a prorrogação, na qual o Real manteve o domínio do fim do jogo. Abatido, o Atlético se mostrava perdido em campo. Defendia-se como podia e raramente atacava, ainda sem acreditar na reviravolta da partida.
Exibindo grande ritmo, sem cansaço mesmo depois da maratona de 110 minutos, o Real logo confirmaria o melhor desempenho no placar.
E foi o que aconteceu aos 4 do segundo tempo da prorrogação. Di Maria disparou pela esquerda, entrou na área e bateu firme. Courtois fez a defesa, mas deu rebote para Bale completar de cabeça dentro da pequena área.
Sem perder o embalo, o Real ainda marcou mais duas vezes antes de comemorar o 10º troféu. Aos 12, Marcelo disparou pelo meio, entrou na área e bateu para as redes, sem enfrentar maior resistência da zaga. Dois minutos depois, Godín fez pênalti em Cristiano Ronaldo.
O atacante converteu a cobrança com tranquilidade e chegou à marca de 17 gols na competição, ampliando seu recorde de gols em uma edição da Liga dos Campeões.
FICHA TÉCNICA:
REAL MADRID 4 x 1 ATLÉTICO DE MADRID
REAL MADRID - Casillas; Carvajal, Sérgio Ramos, Varane, Fábio Coentrão (Marcelo); Khedira (Isco), Modric, Di Maria; Bale, Cristiano Ronaldo e Benzema (Morata). Técnico: Carlo Ancelotti.
ATLÉTICO DE MADRID - Courtois; Juanfran, Miranda, Godín, Filipe Luís (Alderweireld); Gabi, Tiago, Koke, Raul García (Sosa); David Villa e Diego Costa (Adrian López). Técnico: Diego Simeone.
GOLS - Godín, aos 35 minutos do primeiro tempo. Sérgio Ramos, aos 48 minutos do segundo tempo. Bale, aos 4, Marcelo, aos 12, e Cristiano Ronaldo (pênalti), aos 15 minutos do segundo tempo da prorrogação.
CARTÕES AMARELOS - Raul García, Sérgio Ramos, Khedira, Miranda, David Silva, Juanfran, Koke, Gabi, Marcelo, Varane.
ÁRBITRO - Björn Kuipers (Holanda).
RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.
LOCAL - Estádio da Luz, em Lisboa (Portugal).