Quem são os "injustiçados" do Oscar 2013
Confira os filmes, diretores e atores que mereciam indicações, mas foram esnobados na edição deste ano do prêmio
Da Redação
Publicado em 17 de fevereiro de 2013 às 12h22.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h44.
window.onload = function(){window.parent.CKEDITOR._["contentDomReadypicture_body"]( window );} São Paulo – A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas costuma suscitar polêmicas no Oscar não só pelos prêmios que entrega, mas também pelos que não entrega. Todo ano, alguns filmes e profissionais do cinema são ignorados pela organização nas indicações ao troféu e geram surpresa e comoção por parte de críticos e amantes da sétima arte. Em 2013, não foi diferente e há quem possa ser incluído na lista dos injustiçados. A seguir, EXAME.com mostra alguns exemplos segundo os críticos especializados.
Muito bem avaliado no Festival de Veneza, o filme “O Mestre” merecia a indicação ao Oscar de melhor filme, segundo a crítica de cinema Neusa Barbosa. Para ela, o longa-metragem foi superior do outros filmes no que diz respeito a realização, criatividade, interpretação e tema. O roteiro de “O Mestre” mostra o personagem Freddie Sutton (Joaquin Phoenix), um veterano da Segunda Guerra Mundial, que volta para seu país sem certeza de seu destino até conhecer Lancaster Dodd (Phillip Seymour Hoffman), um líder carismático famoso, a quem seguirá fielmente até que sua fé começa a se abalar.
Com a boa recepção de “O Mestre”, não seria surpresa considerar que seu diretor Paul Thomas Anderson também fosse indicado ao prêmio de melhor diretor do Oscar 2013. “Paul Thomas Anderson é um dos maiores realizadores dos Estados Unidos da nova geração, pela solidez de todos os seus filmes até agora, filmes que refletem sobre grandes temas do país”, avalia Neusa, que o considera um injustiçado na premiação deste ano.
As mesma palavras ditas por Neusa Barbosa sobre “O Mestre” valem também para “Moonrise Kingdom”, que, para ela, deveria ter sido lembrado na categoria de melhor filme. “Qualquer um deles, me parece, caberia melhor na lista, onde há, por exemplo, um filme superestimado, na minha opinião: ‘O lado bom da vida’, de David Russell, que a meu ver só mereceria mesmo as indicações dos atores”, afirma. A história do filme traz os jovens Sam (Jared Gilman) e Suzy (Kara Hayward), que vivem em uma ilha na costa da Nova Inglaterra e não se sentem parte do meio onde vivem. Depois de se conhecerem em uma peça de teatro, eles passam a trocar cartas e resolvem fugir juntos. Essa fuga mobiliza os pais da garota (Bill Murray e Frances McDormand), o capitão Sharp (Bruce Willis) e o líder dos escoteiros Ward (Edward Norton) para encontrá-los de qualquer forma.
Assim como “Moonrise Kingdom” poderia ser um forte candidato para melhor filme, seu diretor também merecia destaque, para a crítica de cinema. “Esse é possivelmente o melhor trabalho da carreira de Wes Anderson e ele continua a ser ignorado como se fosse apenas um excêntrico, e não um realizador original, dono de uma obra e estilo próprios”, diz Neusa.
O filme “A Hora Mais Escura”, dirigido por Kathryn Bigelow está na corrida para o prêmio de melhor filme. No entanto, a cineasta foi ignorada nas indicações para a categoria de melhor diretor, o que foi considerado uma injustiça por Neusa. Kathryn já provou sua competência ao vencer o Oscar de 2010, por “Guerra ao Terror”, que levou as estatuetas de melhor filme, diretor, roteiro original, edição, mixagem de som e edição de som. O longa-metragem que concorre neste ano aborda o clima de paranoia e perseguição que tomou conta dos Estados Unidos após os ataques de 11 de setembro de 2001. A atriz Jessica Chastain interpreta a agente da CIA Maya, uma das responsáveis pelas buscas pelo líder da Al-Qaeda Osama Bin Laden, preso e morto em 2011.
O francês Jean-Louis Trintignant chamou a atenção do público e da crítica por sua atuação em “Amor”, dirigido por Michael Haneke. Porém, ele foi outro esnobado nas indicações da categoria de melhor ator, enquanto sua colega de cena Emmanuele Riva foi merecidamente lembrada, na opinião de Neusa Barbosa. Indicado em outros festivais, ele já venceu o prêmio no European Film Award. O enredo do filme conta a história de Georges (Jean-Louis Trintignant) e Anne (Emmanuelle Riva), um casal de idosos que mora sozinho, enquanto a filha vive com a família em outro país. Mas, quando Anne sofre um derrame e seu corpo fica paralisado, o amor dos dois terá de enfrentar vários obstáculos.
window.onload = function(){window.parent.CKEDITOR._["contentDomReadypicture_body"]( window );} Vencedor do Globo de Ouro e do BAFTA na categoria de melhor diretor por “Argo”, Ben Affleck não teve o privilégio de entrar na corrida pelo mesmo troféu no Oscar 2013. Ainda assim, o longa-metragem foi indicado a sete estatuetas: melhor filme, ator coadjuvante (Alan Arkin), roteiro adaptado, edição, trilha sonora original, edição de som e mixagem de som. “Argo” se baseia em fatos reais para contar a história de seis diplomatas que se veem encurralados pela Revolução Iraniana. Eles, então, se escondem na casa de um embaixador canadense, mas o tempo urge e Tony Mendez (Ben Affleck), membro da CIA, é encarregado de tirar todos dali em segurança. Para isso, ele recorre a um plano inusitado: disfarçar os fugitivos de integrantes de uma equipe de produção de um longa-metragem de ficção científica, chamado Argo.
Apesar de receber muitos elogios da crítica e de ser indicado ao troféu de melhor ator de filme de drama no Globo de Ouro, Richard Gere foi esnobado nessa edição do Oscar por sua atuação em “A Negociação”. O galã já foi ignorado pelo mesmo prêmio, em 2003, quando “Chicago” foi indicado em 12 categorias. No mesmo ano, ele venceu o Globo de Ouro por sua atuação no longa. Seu trabalho mais recente conta a história do bem-sucedido executivo Robert Miller (Richard Gere), que está planejando vender sua empresa. Mas essa transação milionária fica ameaçada após se envolver em um acidente de carro com uma vítima fatal. Para não se prejudicar, ele mascara as circunstâncias do acidente e finge que não estava envolvido no caso, sem esperar que um investigador (Tim Roth) vai tentar descobrir quem está por trás disso.
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