Casual

Quem é Bernie Ecclestone, ex-chefe da Fórmula 1 preso em São Paulo

Empresário inglês está no meio do automobilismo desde os anos 1950 e tem forte relação com o Brasil

 (Scuderia Ferrari/Divulgação)

(Scuderia Ferrari/Divulgação)

AO

Agência O Globo

Publicado em 26 de maio de 2022 às 10h17.

O ex-chefe comercial da Fórmula 1 Bernie Ecclestone foi preso na noite desta quarta-feira em São Paulo. O inglês de 91 anos está no meio do automobilismo desde os anos 1950 e tem forte relação com o Brasil.

VEJA TAMBÉM

Depois de passar anos vendendo carros usados, ele tentou competir na Fórmula 1 com uma equipe própria, o que não deu certo. Mas sua carreira nos negócios da categoria principal do automoblismo decolou anos depois. Ele se tornou empresário do piloto austríaco Jochen Rindt e sócio da segunda equipe da Lotus.

Depois de comprar a Brabham em 1971, ele ganhou dois títulos mundiais com o brasileiro Nelson Piquet pilotando, em 1981 e 1983. Depois, virou presidente da Associação de Construtores da Fórmula 1 (Foca), e vendeu o time.

Ecclestone trabalhou na chefia comercial da Fórmula 1 até início de 2017. Ele foi demitido depois que a categoria foi comprada pela empresa americana Liberty Media.

Desde 2012 o ex-dirigente é casado com a brasileira Fabiana Flosi, 45, vice-presidente para a América do Sul da Federação Internacional de Automobilismo (FIA). Ele tem um filho com a atual esposa e outros três de relacionamentos anteriores.

Bernie passou boa parte do período de isolamento durante a pandemia de Covid-19 no Brasil. Ele é dono de uma fazenda em Amparo, no interior de São Paulo, a 178 quilômetros da capital. Ele é dono da propriedade há 10 anos, e lá cultiva o café da marca de Fabiana, a Celebrity Coffee.

Prisão no aeroporto

Ecclestone estava no Aeroporto de Viracopos, em Campinas, quando foi preso em flagrante por porte ilegal de arma. Ele tentava embarcar para a Suíça em voo particular, quando a máquina de raio-x detectou o objeto. A pistola calibre 32, da marca LWSeecamp, não possuía documentação regular , e estava dentro de sua bagagem de mão, no bolso de uma camisa. A arma estava sem carregador e sem munição.

Bernie foi conduzido até a 4ª Delegacia de Apoio ao Turista (Deatur) no aeroporto, e disse à polícia civil que comprou a pistola de um mecânico da Fórmula 1 há aproximadamente cinco anos. Ele confirmou ser proprietário da arma de forma irregular, mas alegou não ter conhecimento ede que estava em sua bagagem pessoal.

Após pagar uma fiança de R$ 6 mil, o ex-CEO foi liberado para deixar o país. Ele estava no Brasil há cerca de um mês.

Conheça a newsletter da EXAME Casual, uma seleção de conteúdos para você aproveitar seu tempo livre com qualidade.

Acompanhe tudo sobre:AeroportosArmasFórmula 1PrisõesViracopos

Mais de Casual

Livro conta a história de família de Éder Jofre, o campeão de boxe que o Brasil insiste em esquecer

Quanto custa comer no restaurante brasileiro eleito um dos 50 melhores do mundo

Destaque na Bienal do Rio, Pedro Bandeira terá obra adaptada ao cinema

"Senti que a F1 e o cinema se encontraram", diz Lewis Hamilton sobre filme em que é produtor