Quanto ganha um piloto de Fórmula 1?
Lewis Hamilton é o mais bem-pago -- ainda que seu salário tenha sofrido um corte expressivo no último ano; veja lista
Karina Souza
Publicado em 21 de maio de 2021 às 15h00.
A Fórmula 1 é um esporte, conhecido por demandar patrocínios em valores elevados -- no ano passado, a Mercedes, atual campeã, gastou US$ 442 milhões, de acordo com informações da Reuters. Diante de orçamentos tão altos, uma questão permanece: afinal, quanto os pilotos ganham? A resposta é: pelo menos meio milhão de dólares por ano.
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De acordo com o site Racefans, o piloto mais bem pago da temporada 2021 é Lewis Hamilton -- hexacampeão pela Mercedes. O salário anual dele é de aproximadamente US$ 30 milhões, valor que apesar de alto, apresenta uma redução de US$ 10 milhões em relação ao salário do ano anterior, segundo o site. Em seguida, Max Verstappen, principal aposta da Red Bull Racing, com US$ 25 milhões, e Fernando Alonso, que volta à Fórmula 1 pela Alpine com um salário anual de US$ 20 milhões.
No extremo oposto da lista, estão os pilotos das equipes Williams e Haas, com um milhão de dólares por ano, cada, Antonio Giovinazzi, piloto da Alfa Romeo, com US$ 1 milhão e Yuki Tsunoda, da AlphaTauri, com US$ 0,5 milhão.
A diferença no salário é explicada principalmente pela diferença de orçamento das equipes. Mercedes e Red Bull se destacam com patrocínios e acumulam vitórias ao longo do tempo: a Red Bull com quatro títulos, conquistados por Sebastian Vettel, e a Mercedes com seis das sete vitórias de Lewis Hamilton. Enquanto isso, equipes com orçamentos menores tendem a ficar no meio ou no fim da tabela de classificação e têm orçamentos que podem chegar a menos da metade do registrado pelas equipes líderes.
O desempenho dos pilotos também desempenha um papel de destaque. Hamilton, que já superou Michael Schumacher em volume de títulos, é o piloto mais bem-pago da história: do momento em que entrou na Fórmula 1, em 2007, até 2019, ele já tinha ganhado US$ 489 milhões, segundo a revista Forbes. Ainda no mesmo ranking, divulgado em 2019, Felipe Massa e Rubens Barrichello ficaram empatados em 9º lugar, com US$ 110 milhões acumulados, cada um com a sua carreira.
Pandemia e gastos no esporte
Apesar de ser um esporte milionário, a Fórmula 1 não passou ilesa dos efeitos da pandemia. Com as possíveis restrições orçamentárias por parte de patrocinadores e o foco em manter empregos para os próximos anos, todas as 20 equipes concordaram em 2020 com um pacote de corte de custos para que o esporte sobreviesse à pandemia, de acordo com a BBC . Isso se se refletiu em cortes de salários para praticamente todos os pilotos -- Hamilton, por exemplo, teve um corte estimado em US$ 10 milhões no salário de 2021.
Segundo as informações, o teto orçamentário estabelecido foi fixado em US$ 145 milhões em 2021, US$ 140 milhões em 2022 e US$ 135 milhões para o período de 2023 a 2025, cortando principalmente investimentos em novas pesquisas e desenvolvimento, o que deve proporcionar também melhor equiparação entre as equipes.