Por que muita gente não consegue dormir, mesmo com sono
No Brasil, maior preocupação é com problemas financeiros e trabalho
Da Redação
Publicado em 19 de março de 2015 às 18h10.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h47.
São Paulo – Mais da metade das pessoas admite que suas noites de sono poderiam ser melhores. Essa é uma das revelações feitas pelo estudo global "Sleep: A Global Perspective", realizado pela Philips. A pesquisa , feita no Brasil, Estados Unidos, Inglaterra, Holanda, França, Alemanha, Coreia do Sul, China, Japão e Austrália, investigou o comportamento e os hábitos das pessoas em relação ao sono. Quase 8 mil indivíduos de diferentes idades e gêneros responderam a um questionário online, entre 31 de janeiro e 4 de fevereiro deste ano. Desse total, somente 17% considera ter noites perfeitas de descanso. Por outro lado, 4% recebem acompanhamento médico para dormir melhor, 21% buscam por conta própria melhores maneiras para isso e 57% acham que suas noites poderiam ser melhores, mas não fazem nada para mudar o quadro. Mas o que tem deixado a população acordada? Ao contrário do que se pode pensar, não é o uso de celular ou computador na cama que mais atrapalha as pessoas na hora do sono. De acordo com o levantamento, a principal causa de noites mal dormidas é a preocupação com finanças e questões econômicas. Nas imagens, você confere este e outros motivos que estão tirando o sono das pessoas pelo mundo.
Quando a pesquisa perguntou quais os fatores mais influenciam no bem-estar e na saúde das pessoas, o sono ficou no topo, entre 12 quesitos, com 87% das respostas. A segurança financeira ficou logo atrás, com 84%. Isso evidencia que o peso do dinheiro, ou da falta dele, sobre a qualidade do sono é grande. De acordo com o levantamento da Philips, as preocupações com finanças e problemas econômicos são responsáveis pelas dificuldades de dormir de 28% dos entrevistados. Nesse ponto, o Brasil foi destaque, já que 39% das pessoas do país que responderam ao questionário declararam o problema. Os alemães e os americanos também aparecem no topo da lista dos mais preocupados, com 31%, cada.
Outro fator diretamente ligado às finanças e que tem tirado o sono das pessoas é o trabalho. O estresse do dia contamina o momento de descanso consideravelmente em todos os países participantes da pesquisa. No entanto, os que mais sofrem com o problema é a Coreia do Sul (43%), o Brasil (33%) e a China (32%).
Pode parecer contraditório, mas ficar doente ou ter um desconforto físico pode prejudicar muito o sono. A pesquisa da Philips aponta esta como o terceiro fator que mais atrapalha o descanso noturno, com 23% das respostas. Mesmo ficando de cama, dormir bem é, de fato, tarefa difícil para quem não está bem de saúde.
Não são somente os médicos e especialistas em sono que dizem que ficar ligado na TV, no computador ou no celular é prejudicial para o descanso. Na pesquisa, este fator representou 21% das respostas. O país que se destacou positivamente neste ponto foi a Alemanha, pois apenas 9% responderam ter problemas para dormir por causa do hábito de interagir com dispositivos tecnológicos antes de ir para a cama.
Em quinto lugar na lista de maiores problemas para o sono está a preocupação com a saúde de um membro da família, cujo índice chegou aos 18%. Afinal, como relaxar para dormir sem pensar na possibilidade de receber uma triste ligação no meio da noite?
Roncar não prejudica apenas quem está emitindo o incômodo som, mas também quem está ao lado. Por isso, o estudo da Philips mostrou que, para 17% das pessoas, ter um parceiro com problemas de sono é o que mais atrapalha o descanso.
Para 16% das pessoas, o maior fator que torna as noites mais difíceis é o consumo de cafeína ou outros estimulantes pouco tempo antes de ir para a cama. Outros estudos já comprovaram que não vale a pena comer chocolate, tomar café, chá ou consumir bebidas alcoólicas à noite, justamente para afastar esse risco. Isso está diretamente relacionado a outro fator que atrapalha o sono: comer demais antes de dormir (12%). Entre os países pesquisados, a Holanda é o melhor exemplo a ser seguido, já que apresentou o maior tempo médio entre a última refeição do dia e a hora de dormir (82% come pela última vez entre 3 ou mais horas antes de deitar). O Brasil está na outra ponta, com o menor tempo entre a última mastigação e a cama (40% janta a menos de 2 horas antes de se recolher).
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