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Polícia diz ter todas as provas para julgamento de Pistorius

Polícia sul-africana afirma já ter todas as provas necessárias para o julgamento do atleta Oscar Pistorius pelo assassinato de sua namorada


	Oscar Pistorius: polícia foi criticada pela atuação do primeiro investigador do caso, durante decisão de dar liberdade mediante pagamento de fiança a Pistorius
 (©afp.com / Alexander Joe)

Oscar Pistorius: polícia foi criticada pela atuação do primeiro investigador do caso, durante decisão de dar liberdade mediante pagamento de fiança a Pistorius (©afp.com / Alexander Joe)

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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2014 às 12h03.

Johanesburgo - A polícia sul-africana afirma já ter "todas as provas necessárias" para o julgamento do atleta Oscar Pistorius pelo assassinato de sua namorada, que começará no dia 3 de março em Pretória.

Assim anunciou nesta quarta-feira a subcomissária Tebello Mosikili, que afirmou que o corpo policial fez "bons progressos" no caso e "está preparado".

"Todas as provas que necessitamos para levar o caso ao tribunal foram recolhidas", disse Mosikili, que explicou que uma equipe especial - da qual ela faz parte - se ocupou da investigação.

A polícia sul-africana foi duramente criticada pela atuação do primeiro investigador do caso, Hilton Botha, durante a decisão de dar liberdade mediante pagamento de fiança a Pistorius.

Então, a defesa desmontou as alegações contra a liberdade sob pagamento de fiança de Pistorius apresentadas por Botha, chamado a se pronunciar pelo promotor.

Botha defendeu que existia risco de Pistorius fugir do país caso obtivesse a liberdade provisória, um argumento que o juiz Desmond Nair desprezou pela falta de elementos apresentados pelo detetive que apontassem nesta direção.

Botha foi substituído por outro investigador depois que se soube que ele é acusado de sete tentativas de assassinato por um antigo fato, no qual, em suposto estado de embriaguez, disparou sete vezes contra um microônibus que transportava passageiros.


O discurso de Botha foi objeto de duros ataques por parte do juiz e da imprensa local e Pistorius obteve sua liberdade pagando uma fiança em 22 de fevereiro por cerca de 80 mil euros.

No último comparecimento judicial de Pistorius, que aconteceu em 19 de agosto, Desmond Nair manteve as condições da liberdade provisória do esportista.

A alegação do promotor, de oito páginas, contém uma lista de 107 testemunhas que serão chamados a falar durante o julgamento.

Uma plataforma de televisão por assinatura sul-africana anunciou a criação de um canal dedicado exclusivamente ao julgamento do esportista paralímpico.

Oscar Pistorius, de 27 anos, é acusado do assassinato de sua namorada Reeva Steenkamp, três anos mais velha que ele, cujo corpo foi achado sem vida com vários disparos na madrugada de 14 de fevereiro na casa do corredor em Pretória.

O esportista confessou que disparou através da porta fechada do banheiro, mas que atuou assim porque achou que um ladrão tinha entrado em seu domicílio.

Se for declarado culpado, o atleta enfrentará uma pena de prisão perpétua.

O corredor, conhecido popularmente como "Blade Runner" (Corredor Lâmina), se transformou em agosto de 2012 em Londres no primeiro atleta com as duas pernas amputadas que participou dos Jogos Olímpicos, nos quais chegou a se classificar para as semifinais da prova de 400 metros rasos.

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