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Poeta ganês Koni Awoonor está entre vítimas de ataque

Poeta era uma figura destacada da vida cultural de seu país, onde dirigia uma produtora de filmes que rodou uma obra baseada em sua vida

Quênia: pessoas fogem durante ataque ao shopping (Reuters)

Quênia: pessoas fogem durante ataque ao shopping (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2013 às 11h13.

Nairóbi - O Governo de Gana confirmou neste domingo a morte do poeta Kofi Awoonor durante o ataque a um shopping de Nairóbi por fundamentalistas islâmicos, que matou pelo menos 59 pessoas neste sábado.

O Executivo ganês mostrou seu pesar, em comunicado, pela morte do prestigiado escritor de 78 anos, que morreu no ataque armado ao centro comercial, onde os terroristas continuam entrincheirados com cerca de 30 reféns.

O filho de Awoonor, que também estava no local no momento do atentado, reivindicado pela milícia islâmica somali Al Shabab, ficou ferido, mas está recebendo tratamento, informou a embaixada de Gana em Nairóbi à Agência de Notícias Ganesa.

Nascido em 1935 na cidade de Wheta, Awoonor refletiu através de sua poesia as tradições do povo ewe, ao qual pertencia, além das consequências da colonização de sua terra por parte das potências europeias. Professor da Universidade de Gana, estudou no Reino Unido, onde escreveu vários roteiros de rádio para a 'BBC'.

O poeta era uma figura destacada da vida cultural de seu país, onde dirigia uma produtora de filmes que rodou uma obra baseada em sua vida.

Awoonor foi exilado pouco depois que o presidente ganês Kwame Nkrumah foi derrubado através de um golpe de Estado em 1966. Retornou em 1975, após ter vivido nos Estados Unidos, onde completou os estudos e trabalhou como professor universitário.

Pouco após sua volta a Gana, o escritor foi detido por suposto envolvimento em um golpe de Estado, e passou dez meses na prisão, uma experiência que inspirou um de seus livros de poemas mais consagrados.

Após a saída da prisão, Awoonor redobrou a atividade política, e entre 1990 e 1994 foi o embaixador de Gana nas Nações Unidas, cargo a partir do qual liderou o comitê contra o apartheid sul-africano. 

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