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Em busca de passagens baratas? Veja dicas para economizar dinheiro

Voos estão quase 15% mais caros e não há previsão de queda nos preços, mas é possível pagar mais baratos pelas viagens

Taxa de juros, inflação e dólar em alta pesam contra os passageiros (Agency/Getty Images)

Taxa de juros, inflação e dólar em alta pesam contra os passageiros (Agency/Getty Images)

GA

Gabriel Aguiar

Publicado em 28 de junho de 2022 às 08h00.

Última atualização em 28 de junho de 2022 às 13h45.

Não é apenas impressão: as passagens aéreas estão, em média, 14,9% mais caras neste ano quando comparadas a 2019 – e não há previsão de quando os preços devem voltar aos níveis pré-pandemia. “Existe relação direta entre valores e custos das companhias, diretamente impactados pelos fatores externos”, diz Eduardo Sanovicz, presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR). Mas existem algumas dicas para contornar essa situação e encontrar as opções mais baratas.

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Para começar, trechos mais próximos podem ser substituídos por carro ou ônibus. “Dados da Anac indicam que aumentou a distância média percorrida. Isso significa que os aviões foram substituídos nas viagens mais curtas. É algo natural, considerando o aumento das tarifas”, afirma Thiago Nykiel, CEO da consultoria Infraway Engenharia, especializada em infraestrutura e também aviação.

Quando aproveitar as estradas não é uma opção, o jeito é planejar com antecedência e ficar atento aos sites que comparam diferentes vendedores, como Skyscanner, que indica os melhores preços e condições. E ainda existem promoções exclusivas para negociações com milhas, que também estão disponíveis nas plataformas 123 Milhas e MaxMilhas, dois marketplaces para as pontuações.

É verdade que as passagens deverão se manter mais caras ao longo do ano – e a Guerra na Ucrânia explica parte dos aumentos, de acordo com Sanovicz, já que o petróleo ficou mais caro e, somente nos últimos 12 meses, a querosene de aviação subiu 102,4%. Mas começar a procurar as passagens pelo menos 30 dias antes da viagem (e no máximo seis meses) é uma opção para economizar.

Não bastasse o preço do combustível, Nykiel afirma que outros pontos pesam contra o setor: a alta taxa de juros, o dólar valorizado e a inflação também têm refletido nas passagens. E essa realidade não deverá mudar. Tanto é que os preços médios das passagens já estão em 580 reais, enquanto o valor era de 504 reais há três anos. E ativar alertas de promoções ajuda a encontrar exceções.

Por fim, é ideal ser flexível em relação a datas e até mesmo aeroportos próximos ao destino sempre que possível. Outra dica é evitar feriados e dias mais concorridos, como sexta-feira e domingo. E não custa tomar precauções básicas, como excluir histórico, cachê e navegar em aba anônima (ainda que essas medidas sejam vistas com ceticismo). Por fim, vale até procurar trechos separadamente.

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