Paris recebe exposição sobre anos intensos de Bob Dylan
Dentro da extensa trajetória de Dylan, a mostra se concentra na etapa entre 1961 e 1966 pela importância desse período, no qual o músico vai do Folk ao Rock
Da Redação
Publicado em 5 de março de 2012 às 16h48.
Paris - A decolagem musical de Bob Dylan aterrissa em Paris através de uma exposição inédita que mostra os anos mais intensos da carreira do homem que revolucionou o rock e a música popular.
Dentro da extensa trajetória deste prolífico cantor e compositor, a mostra se concentra na etapa entre 1961 e 1966 pela importância desse período, no qual ocorre um ponto de inflexão que leva seu estilo musical do folk ao rock.
A exposição, intitulada 'Bob Dylan, a explosão do rock 61-66', será inaugurada na terça-feira e permanecerá aberta até o dia 15 de julho na Cidade da Música da capital francesa.
Em um percurso por seis salas, o público poderá escutar as canções dessa época deste ícone musical que se apresentará em cinco capitais brasileiras - Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e Brasília - no próximo mês de abril.
O curador da exposição, Robert Santelli, detalhou nesta segunda-feira à Agência Efe que as maiores atrações da coleção são os violões do próprio Dylan e as fotografias que Daniel Kramer tirou entre 1964 e 1965.
Santelli, diretor do Grammy Museum de Los Angeles, acrescentou que a carreira de Dylan, a quem qualificou de 'artista insuperável nos Estados Unidos, só comparável aos Beatles na Europa', transcorreu ao longo de três períodos: a influência do cantor de folk Woody Guthrie, o protesto político e o rock.
'A mostra é um reflexo destas três fases e ensina como a reinvenção lhe permitiu situar-se perante os microfones durante mais de meio século e seguir sendo tão bom como no primeiro dia', declarou.
Dylan precisou de apenas cinco anos, entre 1961 e 1966, para lançar sete álbuns, ser precursor da canção de protesto para mais tarde desligar-se da música folk e embarcar em canções menos comprometidas com sons elétricos, além de criar joias como 'Blowin in The Wind', 'Like a Rolling Stone' e ''The Times They Are A-Changing'.
Kramer escutou Dylan pela primeira vez na televisão ao cantar 'The Lonesome Death of Hattie Carroll' e ficou impressionado com sua letra comprometida e sua juventude.
'Embora não soubesse quem era, tive claro desde o primeiro momento que tinha que fotografá-lo; inicialmente seus representantes não permitiram, portanto durante meio ano escrevi e liguei para ele insistentemente, até que me abriram a porta', disse o fotógrafo à Agência Efe.
Kramer acrescentou que ficou maravilhado 'especialmente com seu talento, sua capacidade para cantar, pintar e escrever', e por ter diante de si 'uma mente inquieta'.
Outros artistas populares como John Lennon, Jimi Hendrix e Miles Davis já passaram pela Cidade da Música e foram protagonistas de exposições no mesmo recinto.
'Mas Dylan, ao contrário de todos eles, é uma estrela com uma extraordinária cultura musical que seguiu seu próprio caminho', frisou a coordenadora da exposição, Julie Bénet.
Paris - A decolagem musical de Bob Dylan aterrissa em Paris através de uma exposição inédita que mostra os anos mais intensos da carreira do homem que revolucionou o rock e a música popular.
Dentro da extensa trajetória deste prolífico cantor e compositor, a mostra se concentra na etapa entre 1961 e 1966 pela importância desse período, no qual ocorre um ponto de inflexão que leva seu estilo musical do folk ao rock.
A exposição, intitulada 'Bob Dylan, a explosão do rock 61-66', será inaugurada na terça-feira e permanecerá aberta até o dia 15 de julho na Cidade da Música da capital francesa.
Em um percurso por seis salas, o público poderá escutar as canções dessa época deste ícone musical que se apresentará em cinco capitais brasileiras - Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e Brasília - no próximo mês de abril.
O curador da exposição, Robert Santelli, detalhou nesta segunda-feira à Agência Efe que as maiores atrações da coleção são os violões do próprio Dylan e as fotografias que Daniel Kramer tirou entre 1964 e 1965.
Santelli, diretor do Grammy Museum de Los Angeles, acrescentou que a carreira de Dylan, a quem qualificou de 'artista insuperável nos Estados Unidos, só comparável aos Beatles na Europa', transcorreu ao longo de três períodos: a influência do cantor de folk Woody Guthrie, o protesto político e o rock.
'A mostra é um reflexo destas três fases e ensina como a reinvenção lhe permitiu situar-se perante os microfones durante mais de meio século e seguir sendo tão bom como no primeiro dia', declarou.
Dylan precisou de apenas cinco anos, entre 1961 e 1966, para lançar sete álbuns, ser precursor da canção de protesto para mais tarde desligar-se da música folk e embarcar em canções menos comprometidas com sons elétricos, além de criar joias como 'Blowin in The Wind', 'Like a Rolling Stone' e ''The Times They Are A-Changing'.
Kramer escutou Dylan pela primeira vez na televisão ao cantar 'The Lonesome Death of Hattie Carroll' e ficou impressionado com sua letra comprometida e sua juventude.
'Embora não soubesse quem era, tive claro desde o primeiro momento que tinha que fotografá-lo; inicialmente seus representantes não permitiram, portanto durante meio ano escrevi e liguei para ele insistentemente, até que me abriram a porta', disse o fotógrafo à Agência Efe.
Kramer acrescentou que ficou maravilhado 'especialmente com seu talento, sua capacidade para cantar, pintar e escrever', e por ter diante de si 'uma mente inquieta'.
Outros artistas populares como John Lennon, Jimi Hendrix e Miles Davis já passaram pela Cidade da Música e foram protagonistas de exposições no mesmo recinto.
'Mas Dylan, ao contrário de todos eles, é uma estrela com uma extraordinária cultura musical que seguiu seu próprio caminho', frisou a coordenadora da exposição, Julie Bénet.