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'Parece que eu morri', diz Marcos sobre aposentadoria

Esportista lamentou apenas a sensação de ter morrido, tamanhas as homenagens prestadas por amigos, pela torcida e pela imprensa

Marcos: "Estou vivo ainda, os caras já me mataram" (Fabio Menotti/Placar)

Marcos: "Estou vivo ainda, os caras já me mataram" (Fabio Menotti/Placar)

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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2012 às 12h46.

São Paulo - Uma semana depois de anunciar a sua aposentadoria dos gramados, o goleiro Marcos concedeu concorrida entrevista coletiva nesta quarta-feira. Como não poderia ser diferente, o agora ex-jogador do Palmeiras fez piada, arrancou riscos e mostrou a sinceridade que lhe foi peculiar durante toda a carreira. Falando por mais de uma hora com a imprensa, o jogador revelou ter sido difícil a decisão por parar.

"É uma coisa meio horrível mesmo", disse ele, lembrando do sentimento que sentiu depois de deixar a Academia de Futebol, na quarta-feira passada, depois da reunião em que comunicou à diretoria sobre sua aposentadoria.

"Eu fiquei muito mal, eu estava muito mal. A hora que eu saí daqui (da Academia) eu pensei: 'parei, meu'. Deu vontade de falar para o César Sampaio: 'era mentira minha, vou pensar mais um pouco'", revelou Marcos. De acordo com ele, o anúncio da parada foi feito pelo gerente de futebol e por ele mesmo porque o goleiro não queria chorar. "Tive uma semana para preparar meu psicológico", lembrou.

Marcos lamentou apenas a sensação de ter morrido, tamanhas as homenagens prestadas por amigos, pela torcida e pela imprensa. "Parece que eu morri, o pessoal falando que 'ele vai fazer tanta falta'. Estou vivo ainda, os caras já me mataram", brincou o ex-goleiro, que deu razão ao sentimento.

"Jogador morre duas vezes. Pelo menos eu estava vivo pra ver. A aposentadoria do jogador é como se tivesse morrido. Aí você chega em casa e vê sua roupa da concentração, a mala, você fala: 'morri mesmo'. Somos dois personagens. O pai da Juju (Ana Julia), marido da Sônia, e o goleiro. O goleiro do Palmeiras morreu", lembrou.

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