Para Aramis, futuro da moda é casual, livre e sofisticado
A marca que é referência em vestuário masculino está inaugurando um novo conceito de loja que visa aproximar a moda do consumidor. No espaço, roupas confortáveis, mas chiques, ganham destaque
Matheus Doliveira
Publicado em 16 de junho de 2021 às 17h09.
Última atualização em 16 de junho de 2021 às 17h21.
A Aramis, referência em moda masculina, está inaugurando neste mês de junho um novo conceito de loja.
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O espaço, localizado no shopping Pátio Paulista, em São Paulo, faz parte de um reposicionamento da marca, que também está ganhando um novo logo e quer conversar mais de perto com os consumidores de roupas casuais e sofisticadas.
O reposicionamento da marca faz parte de um movimento que surgiu, obviamente, em meio à pandemia.
Segundo Richard Stad, CEO da Aramis, nos últimos meses, as vendas de peças mais confortáveis, o que inclui camisas de algodão, malhas e polos, cresceram de forma inédita. "O cliente descobriu o quão bom é se vestir com conforto. Na Aramis, buscamos associar conforto à sofisticação", diz.
O projeto da loja nova, que se somará a mais de 80 outros estabelecimentos que a Aramis tem espalhados pelo Brasil, foi assinado peloescritório de arquitetura Superlimão. O guia para a estética do empreendimento é inspirado no homem metropolitano, antenado à tecnologia e, claro, que gosta de se vestir bem.
Na loja, elementos como o quadro de titânio de uma bicicleta e o toque do couro de um banco de automóvel dão o tom, mas em num estilo minimalista.
Entre os acabamentos, uma pintura eletrostática em tom de cinza-claro traz o concreto aparente remetendo à grandes obras arquitetônicas. Já a fachada foi pensada para ser um grande painel com portas de correr, fazendo com que a loja toda se feche como uma caixa de ferramentas. "O conceito da nova loja visa estreitar a relação entre o consumidor e a Aramis", diz Stad.
Morte do Dresscode de escritório?
O reposicionamento da Aramis faz parte do chamado "efeito home office", que vem mexendo com o mundo da moda.
Com a possibilidade de trabalhar à distância e não precisar mostrar aos outros o que veste, clientes estão priorizando mais o conforto do que o estilo das peças. As indústrias de roupas, claro, estão de olho nesse movimento.
Para o CEO da Aramis, mesmo após o término da pandemia, o Dresscode dos escritórios deve sofrer transformações expressivas, o que já vinha acontecendo, mas agora tomou mais corpo. "O dresscode no trabalho perdeu força com a pandemia", diz. "Estamos assistindo a empresas tradicionais como bancos e escritórios de advocacia dando maior liberdade na hora de vestir, indo além da camisa social e da gravata. A cultura das fintechs, por exemplo, reforça que essa evolução do dresscode veio para ficar", complementa.
Se vestir com conforto, no entanto, não significa abrir mão da aparência. Na verdade, a Aramis pensa o contrário disso. "As pessoas estão cada vez mais livres para se vestir. O futuro da moda é casual, mas é também sofisticado", diz Stad.
Com essa premissa, a marca espera faturar 350 milhões de reais no ano fiscal de 2021, 19% mais que em 2019. O desafio, todavia, será concorrer com marcas que já investem em moda confortável há muito mais tempo.