Oscar 2024: Brasil está de fora do prêmio e não recebe uma indicação desde 1998
A mais nova obra de Kleber Mendonça Filho, "Retratos Fantasmas", não entrou para a lista de pré-selecionados, divulgada nesta quinta-feira
Repórter de POP
Publicado em 21 de dezembro de 2023 às 17h40.
Última atualização em 24 de janeiro de 2024 às 14h46.
Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciou as pré-indicações em dez categorias para a 96ª cerimônia do Oscar. E mais uma vez o Brasil ficou de fora da escolha. A aposta brasileira era a mais nova obra de Kleber Mendonça Filho, "Retratos Fantasmas", uma produção que mistura autobiografia com a história dos cinemas de rua de Recife.
Desde " O Que é Isso, Companheiro? " (1998), obra nacional assinada por Bruno Barreto, o Brasil não recebe uma indicação ao Oscar na categoria de Melhor Filme Internacional. São, ao todo, 25 anos sem sequer participar da lista de indicados, e 96 anos — o tempo de existência da premiação mais antiga e importante do cinema — sem levar uma estatueta para casa.
O filme de Kleber Mendonça foi o escolhido pelaAcademia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais para representar o Brasil na premiação e, caso fosse bem avaliado pela Academia dos EUA, teria chances de receber uma indicação na categoria de Melhor Filme Internacional. A lista não é uma certeza de quais filmes serão de fato indicados à premiação, mas adianta aqueles que pelo menos foram considerados.
Veja a lista de pré-selecionados na categoria deMelhor Filme Internacional
Filme Internacional
- Armênia, “Amerikatsi”
- Butão, “The Monk and the Gun”
- Dinamarca, “The Promised Land”
- Finlândia, “Fallen Leaves”
- França, “The Taste of Things”
- Alemanha, “The Teachers’ Lounge”
- Islândia, “Godland”
- Itália, “Io Capitano”
- Japão, “Perfect Days”
- México, “Totem”
- Marrocos, “The Mother of All Lies”
- Espanha, “Society of the Snow”
- Tunísia, “Four Daughters”
- Ucrânia, “20 Days in Mariupol”
- Reino Unido, “The Zone of Interest”
"Retratos Fantasmas" é a 19ª produção de Kleber Mendonça, e teve sua estreia no Festival de Cannes deste ano. "Abrir em Cannes foi algo que me deixou muito feliz, porque é um filme muito sobre cinema mesmo, sobre arquivo. Eu inicialmente achei que, se eles tivessem interesse, o filme iria para o Cannes Classics, queé uma sessão dedicada a filme de arquivo, mas ele ganhou o Special Screanings, que é um espaço até bem maior. Foi uma surpresa", disse o diretor em entrevista à EXAME.