Os carros que levaram suas fabricantes a quebrar tradições
Confira os carros que encerraram décadas de escolhas das marcas
Da Redação
Publicado em 23 de dezembro de 2015 às 18h19.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h23.
São Paulo - "Herança cultural, legado de crenças ou técnicas; conjunto de valores morais, espirituais, etc, transmitidos de geração para geração". Assim é definida a palavra "tradição" em uma rápida busca na web. Na indústria automobilística , o significado de tradição é o mesmo. No entanto, cada vez mais, as fabricantes deixam suas raízes de lado para entrarem em novos segmentos de mercado visando, é claro, maior lucratividade. Quatro Rodas reuniu alguns dos casos mais recentes de quebras de tradições do mundo automotivo.
O primeiro exemplo é, sem dúvidas, o caso mais polêmico da lista. A tração traseira era uma das características mais marcantes de um BMW, sendo padrão quando os modelos não dispunham de tração integral. Isso durou até 2014, quando a fabricante resolveu lançar o Série 2 Active Tourer, uma minivan com tração dianteira - ou seja, dois rompimentos históricos de uma só vez.
Apesar de manter os traços típicos de uma Ferrari, a FF é o primeiro superesportivo familiar da marca. Diferentemente do que pode parecer, a sigla FF não tem relação com o fato de esta ser uma "Ferrari familiar", mas sim com outras características que fogem do padrão de um modelo da fabricante italiana. "Ferrari Four", o real significado do nome, aponta para a tração nas quatro rodas e a possibilidade de levar até quatro ocupantes.
As versões de apelo esportivo do Civic sempre encheram a boca para falar de seus motores i-VTEC aspirados. A apresentação do novo Civic Type-R, porém, mudou esta concepção. O modelo estreou o primeiro motor equipado com turbo na linha Honda, tecnologia que já se estendeu para a nova geração do sedã, que chegará ao Brasil em 2016 - com motor turbo.
Conhecida por sua capacidade off-road, assim como a Land Rover, a Jeep nunca abriu mão da tração 4x4 em seus modelos. Quer dizer, abriu. Originalmente apresentado em 2006, o Compass rompeu com a tradição da Jeep ao ser dotado de tração dianteira. Depois dele, foi a vez do Renegade, atual sucesso de vendas no Brasil.
O sucesso do rival Audi RS3 fez com que a AMG repensasse sua estratégia de mercado. Antes preparadora de modelos mais caros da Mercedes-Benz, a "grife" resolveu entrar em um segmento inédito: o dos esportivos compactos. Se essa quebra de tradição não foi suficiente, a AMG fez mais. O A 45, versão mais poderosa do hatch Classe A, foi o primeiro AMG a abrigar um motor de quatro cilindros debaixo do capô.
O modelo não é novo, mas a geração recém-apresentada da "perua" deixou para trás todas as credenciais de um legítimo "mini carro", como o nome da fabricante sugere. Com 27 centímetros a mais em relação ao antigo, o modelo chega aos 4,22 metros, sendo maior até que crossover Countryman - que falaremos logo abaixo.
Alguns anos antes do atual Clubman, o Countryman fez com que muita gente torcesse o nariz. Afinal, apesar do estilo próximo do Cooper, em nada ele guardava características de um MINI - alto, grande e apto a dar umas voltinhas na terra. Com o tempo, o modelo caiu no gosto do público e viu suas vendas (e versões) crescerem. Não por acaso, já é fabricado na unidade brasileira do Grupo BMW, instalada na cidade de Araquari (SC).
Originalmente um modelo de baixo custo desenvolvido pela Dacia, subsidiária romena da Renault, o Sandero estreou, em 2015, sua inédita versão esportiva R.S. Até aí, tudo bem. O grande diferencial do modelo está no fato de ser o primeiro R.S. (sigla para Renault Sport) a ser fabricado fora da França, de onde saem todos os modelos preparados pela divisão esportiva. O mais legal? O hot hatch é fabricado no Brasil!
Mais do que uma quebra de tradição, o caso do C30 representou uma arriscada aposta da Volvo. Reconhecida pela segurança de seus carros, a fabricante sueca nunca foi referência em design. O hatch de duas portas, porém, foi contra o estereótipo de que um Volvo deveria, obrigatóriamente, ser sem graça. As lanternas verticais e a grande tampa de vidro traseira fizeram com que o modelo fosse parar em uma famosa saga de filmes vampirescos. Bônus: SUVs A moda dos utilitários esportivos tomou tamanha proporção que mereceu um tópico exclusivo nesta reportagem. Eles, os SUVs, representaram as maiores quebras de tradições do mundo automotivo. Além dos cada vez mais conhecidos compactos, como Ford EcoSport, Honda HR-V e Jeep Renegade, os SUVs também invadiram as castas mais altas do mercado - inclusive as clássicas marcas de superesportivos.
A Porsche tem não apenas um, mas dois utilitários que respondem pela maior parte de suas vendas: Cayenne e Macan. A Jaguar mostrou o F-Pace, que chega em breve ao Brasil e deverá causar certo conflito familiar com os Land Rover. O mais recente é o Bentayga, da Bentley. A Lamborghini, na década de 1982, apresentou o jipão LM002 e, nos próximos anos, lançará o Urus. Maserati e Rolls-Royce também deverão entrar para o time.
Está na dúvida sobre seu carro novo? Confira a seguir os custos dos seguros