Colaboradora
Publicado em 3 de dezembro de 2024 às 06h41.
O mercado de carros elétricos tem ganhado espaço no Brasil, especialmente com o surgimento de modelos mais compactos e econômicos como o Renault Kwid E-Tech e o BYD Dolphin Mini.
Isso porque, contrariando as expectativas, grande parte das montadoras estrangeiras não repassaram para o consumidor final o imposto de importação, de 18%, sobre veículos eletrificados. Dessa maneira, quem pretende investir em um modelo híbrido ou sem combustão, consegue fazê-lo desembolsando cerca de R$100 mil, nos veículos de entrada.
Confira as opções mais baratas do mercado e suas principais características segundo as próprias montadoras e o Inmetro.
Apesar de ser um dos carros com menor autonomia (cerca de 185 km), se comparado com seus concorrentes, o Kwid e-Tech leva a vantagem de ser fabricado por uma marca já consolidada no Brasil.
Em relação aos componentes tem seis airbags, câmera de ré, multimídia com tela de 7 polegadas e monitoramento dos pneus. O motor é de 65 cv e 11,5 kgfm, e o preço fica em torno de quase R$100 mil, uma redução significativa (cerca de 33%), desde o seu lançamento em 2022.
Desde que chegou ao Brasil, em 2013, a BYD vem lutando pelo seu espaço, e o lançamento do Dolphin Mini ajudou a fortalecer a marca.
Como baixo custo (se comparado com concorrentes) e boas funcionalidades internas, o carro tem ajuste elétrico do banco do motorista, base de carregamento sem fio para celular, ajuste de profundidade da coluna de direção, faróis e lanternas de LED com acendimento automático, monitor de pressão e temperatura dos pneus e ar-condicionado digital.
Além disso, é bem mais espaçoso que o Kwid, tem autonomia de 291 km, potência de 95 cv e torque de 18,35 kgfm.
Dividindo o pódio com o Kwid e o Mini está este carro da Caoa Chery. Com autonomia de 197 km e motor de 61 cv e 15,3 kgfm de torque, ele é um dos menores veículos elétricos disponíveis no Brasil: são apenas 3,2 metros de comprimento (40 centímetros a menos que um Fiat Mobi), e altura de 1,55 metro. Outro ponto negativo é que tanto o capô quanto a lataria são feitos de plástico.
Apesar desses pontos, por dentro o veículo mostra a que veio. A partida é por meio de botão, os bancos dianteiros têm ajuste elétrico e há ainda carregador de celular por indução, câmera de ré, painel de instrumentos digital e central multimídia de 10,25 polegadas em formato vertical.
O tempo para recarga é de, aproximadamente, 50 minutos em potência de 50 kW.
Uma das primeiras montadoras a desembarcar no Brasil, a JAC mostrou que também investe em modelos elétricos. O e-JSI chega com motor de 61 cv e 15,3 kgfm. Apesar de sua autonomia ser de apenas 161 km, a grande vantagem é que ele consome pouca energia.
Assim como o iCar é pequeno, sendo uma boa opção para aqueles que planejam rodar na cidade e não têm família grande.
Com o intuito de competir diretamente com a BYD, a BWM lança o Ora 03, um elétrico bem equipado, com mais autonomia de 232 km e recarga de até 30 minutos. Seu motor também é mais potente, tendo 171 cv, e permitindo uma aceleração de 0 a 100 quilômetros em até 9 segundos.
Outros diferenciais são airbag central entre os passageiros dianteiros, assistentes autônomos, frenagem de emergência e piloto automático adaptativo. A lataria é bem acabada e o design agrada quem prefere carros esportivos.
O primeiro SUV totalmente elétrico da marca tem um motor de 136 cv e uma autonomia de até 252 km. Com bom espaço interno (260 cm) e bagageiro grande, é ideal para ser usado tanto na cidade quanto na estrada.Sua autonomia é de 252 km e a bateria de 42 kWh.
Outros atrativos são a tela sensível ao toque, sistema de som premium, conectividade Bluetooth e Apple CarPlay/Android Auto. Além dos recursos de segurança avançados, como frenagem automática de emergência, assistente de manutenção de faixa e controle de cruzeiro adaptativo.
Os amantes da Peugeot também podem comprar um carro elétrico da marca. O e-2008 tem 261 km de autonomia, recarga rápida completa em 30 minutos e 54 kWh de bateria, de acordo com as informações da própria montadora.
Além disso, tem muita tecnologia no espaço interno com uma central multimídia de 10,3 polegadas, com navegação integrada ao painel de instrumentos e espelhamento sem fio, um sistema auxiliar de direção que ajuda o motorista com alerta de ponto cego, de colisão e detector de fadiga e um carregador sem fio para celulares.
Os bancos escurecidos e os painéis em formato de olhos de gato, dão um toque de esportividade ao veículo.
De acordo com a ABVE (Associação Brasileira de Veículo Elétrico), em outubro de 2024 foram vendidos 6.109 veículos totalmente elétricos, um aumento de 30% se comparado ao mês anterior. Esses resultados provam que o brasileiro tem, de fato, investido em veículos sem combustão.
Com a chegada do imposto sobre esse tipo de automóvel, no entanto, pode-se dizer que a época mais indicada para comprar carros elétricos é até julho de 2025. A partir desta data, o imposto que hoje é 18% passará a 25%, e atingirá 35% a partir de julho de 2026.
De acordo com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, essa alíquota para as importações tem como objetivo incentivar a produção nacional de veículos elétricos e fomentar o setor.