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Organizadores de Tóquio cogitam Olimpíada sem torcida

Faltando três meses para os Jogos adiados, o Japão está sendo prejudicado por uma campanha de vacinação lenta que provoca dúvidas sobre a viabilidade do evento

Olimpíadas: a maioria dos locais de competição dos Jogos Olímpicos está localizada em Tóquio, onde também não haverá público. (Dado Ruvic/Reuters)
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Julia Storch

Publicado em 29 de abril de 2021 às 09h26.

Última atualização em 29 de abril de 2021 às 09h28.

Os organizadores da Olimpíada de Tóquio 2020 adotaram medidas mais rígidas para combater o coronavírus nesta quarta-feira, incluindo um plano para examinar os atletas diariamente, enquanto tentam tranquilizar um público japonês cada vez mais cético em meio ao agravamento da pandemia.

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Faltando três meses para os Jogos adiados, o Japão está sendo prejudicado por uma campanha de vacinação lenta que provoca dúvidas sobre a viabilidade do evento. Parte da ira pública se voltou ao primeiro-ministro, Yoshihide Suga, que prometeu várias vezes que a Olimpíada acontecerá.

Os espectadores estrangeiros já foram excluídos, mas só se decidirá se espectadores do país poderão ou não assistir ao evento em junho, poucas semanas antes do início dos Jogos no dia 23 de julho.

A presidente da Tóquio 2020, Seiko Hashimoto, disse que, embora os organizadores queiram o máximo de espectadores possível, estão prontos para adotar todas as medidas para garantir a segurança.

"Estamos preparados para realizar os Jogos sem espectadores", disse ela em uma coletiva de imprensa após uma reunião para finalizar a segunda edição dos "manuais" de regras da Olimpíada e da Paralimpíada.

Os organizadores, entre eles o comitê organizador da Tóquio 2020, o Comitê Olímpico Internacional (COI), o governo japonês e o Comitê Paralímpico Internacional, disseram em um comunicado conjunto que "acionarão todas as contramedidas possíveis e darão prioridade máxima à segurança".

Quanto à segurança, os organizadores querem garantir ao público japonês que "fazem o que deve ser feito", disse Christophe Dubi, uma autoridade do COI, em uma entrevista coletiva por videoconferência.

Ele ainda defendeu a decisão de não tornar as vacinas contra Covid-19 obrigatórias para visitantes, dizendo que nem todo país tem acesso a elas.

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