Rolex lança novo Explorer com inspiração vintage (e uma versão em ouro)
O modelo clássico em homenagem à conquista do Everest vem agora em caixa de 36 milímetros e versão em ouro com aço
Ivan Padilla
Publicado em 7 de abril de 2021 às 15h52.
Última atualização em 10 de abril de 2021 às 09h20.
Todo começo de ano, quando chega perto das datas de apresentações das marcas de relojoaria , os fãs começam a especular em blogs especializados quais podem ser os relançamentos. Muitos apreciadores da Rolex , e eles são milhões, davam como certo de que este seria o ano do Explorer. Acertaram.
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A manufatura divulgou hoje na Watches & Wonders, feira de alta relojoaria que acontece até 13 de abril, as duas novas versões do modelo. A caixa diminuiu de 39 para 36 milímetros. Um dos novos modelos vem em aço com ouro amarelo. E o nome do modelo agora aparece na posição das 12 horas.
Nos dias anteriores o site da marca suíça já estava divulgando como teaser um vídeo com cenas de montanhas. Preservação ambiental é uma causa cara para a Rolex. Em 2019, a empresa lançou a campanha Perpetual Planet, uma parceria com a National Geographic Society para coletar dados climáticos.
A Rolex também apoia a iniciativa Mission Blue, da bióloga e exploradora Sylvia Earle, para proteger os oceanos. O Explorer, desnecessário contar aos convertidos, foi o relógio ciado em homenagem à conquista do Everest por Tensing Norgay e Sir Edmund Hillary, em 1953. No pulso, os exploradores levavam um Oyster Perpetual.
Aquela foi uma demonstração da resiliência do relógio em condições extremas, uma história que a Rolex soube contar muito bem com uma série de versões ao longo dessas décadas. O primeiro Explorer, desenvolvido com ajuda das impressões dos dois alpinistas, já foi lançado com os algarismos 3, 6 e 9 que se tornariam a marca do modelo.
O que talvez pouca gente esperava era a versão em Rolesor, ouro com aço. A Rolex tem outros modelos com essa combinação, do Submariner ao Sea-Dweller, do GMT-Master ao GMT-Master II. Mas o Explorer sempre manteve as raízes utilitárias. É um relógio com todo o selo de qualidade Rolex, mas de design relativamente simples, limpo, que se manteve pouco alterado nesse tempo.
A Rolex gosta de falar sempre em evolução, não revolução. Os modelos evoluem gradualmente, em tamanhos, acabamentos, materiais. Pode-se dizer, portanto, que um Explorer em ouro, que combina mais com um costume do que um piolet de alpinismo, é um desvio a essa regra.
Mesmo a caixa pequena, do mesmo tamanho que o modelo consagrado pelos conquistadores do Everest, pode ter surpreendido. Existe uma tendência de caixas menores na relojoaria, é certo. Não se pode dizer que a versão anterior do Explorer, de 39 milímetros, fosse exagerada. Mas o Explorer em 36 milímetros ganha em elegância, ergonomia, versatilidade.
O mecanismo é o calibre antimagnético automático 3230, lançado no ano passado, com 70 horas de reserva de marcha. O relógio tem resistência a 100 metros de profundidade. O preço sugerido, já atualizado no site brasileiro, é 42.300 reais – exatamente o mesmo que a versão anterior de 39 milímetros, que já não aparece mais disponível. Já a versão em ouro custa 70.800 reais.
Além do Explorer, a Rolex anunciou na Watches & Wonders outras novidades, como Oyster Perpetual Cosmograph Daytona com meteorito metálico no mostrador e um Day-Date 36, o relógio dos presidentes, em versões em ouro amarelo, branco ou Everose 18 quilates cravejadas de diamantes. Alguém já comentou que os lançamentos da marca neste ano apontaram para o luxo?