Novidades do streaming, dança e das artes plásticas para o fim de semana
Novas temporadas de Glow e Mindhunter e exposição de Eduardo Berliner estão entre as dicas de EXAME VIP para o fim de semana
Guilherme Dearo
Publicado em 16 de agosto de 2019 às 06h00.
Última atualização em 16 de agosto de 2019 às 06h00.
16ª temporada de dança do Teatro Alfa
O espetáculo do Grupo Corpo batizado de "Gil", com trilha sonora criada pelo compositor baiano, dá início à programação. Em cartaz desde 7 de agosto, a montagem será encenada até o dia 18. A coreografia ecoa a de “Gira”, criação do Grupo Corpo de dois anos atrás baseada nos ritos da umbanda e com trilha sonora da banda Metá Metá. Em seguida, a festejada companhia mineira apresenta “Sete ou Oito Peças para um Ballet”, de 1995, com trilha de Phillip Glass.
Entre 30 de agosto e 1 de setembro a companhia Les Ballets Jazz de Montréal apresenta “Dance Me”, montagem inspirada na obra do compositor canadense Leonard Cohen (1934-2016). Também haverá apresentações do grupo no Teatro Guaíra, em Curitiba, no dia 4 de setembro, e no Municipal do Rio de Janeiro, nos dias 7 e 8 de setembro.
Fundada em 1975 pelo coreógrafo japonês Ushio Amagatsu, a companhia Sankai Juku é a atração internacional mais conhecida. Ela apresenta nos dias 28 e 29 de setembro o espetáculo "Arc - Chemin de jour". A encenação é a primeira da companhia na qual Amagatsu, hoje com 69 anos, se mantém nos bastidores.
Já a Quasar Cia de Dança apresenta "O que ainda guardo", em homenagem à bossa nova, nos dias 14 e 15 de setembro. Quem fecha a temporada é a trupe da carioca Deborah Colker, que encena novamente, de 23 a 29 de outubro, o espetáculo “Rota”, lançado em 1997. Os ingressos de todas as atrações partem de R$ 75. Onde: R. Bento Branco de Andrade Filho, 722, Santo Amaro, São Paulo, (11) 5693-4000.
Glow, 3ª temporada
Não uma completa tolice, como muitas das séries de comédia que abundam na Netflix , “Glow” reconstitui o submundo da luta livre feminina nos anos 1980 - a caricata modalidade ficou conhecida no Brasil como telecatch. Inspirada por histórias reais, acompanha uma atriz desempregada e uma mãe de família exemplar que enxergam num precário show de lutas televisionado a chance de tomar as rédeas de suas vidas.
Na nova temporada, a atriz Geena Davis se junta ao elenco como uma ex-showgirl que virou diretora de entretenimento e contrata a trupe de lutadoras para uma temporada num cassino em Las Vegas. Nesse cenário, a trama apresenta problemas causados pela jogatina, bebedeiras e escapadas sexuais. Disputas de poder e reviravoltas no relacionamento entre as protagonistas também estão previstos. Onde assistir: Netflix, estreou 9 de agosto
Mindhunter, 2ª temporada
O seriado retrata o trabalho do trio formado por Holden Ford (Jonathan Groff), Bill Tench (Holt McCallany) e Wendy Carr (Anna Torv), que se dedicou a estudar a mente de vários psicopatas e assassinos em série. A chamada psicologia forense deve muito a profissionais como eles.
Lançada há dois anos, a atração é baseada no livro “Mindhunter – O Primeiro Caçador De Serial Killers Americano”, escrito por Mark Olshaker e John E. Douglas. Esse último, analista do FBI, foi um dos primeiros a traçar perfis psicológicos de criminosos.
A segunda temporada se passa entre 1979 e 1981, alguns anos depois dos eventos apresentados na primeira. Uma série de assassinatos registrados na cidade de Atlanta (EUA), que vitimou 28 crianças em um curto período de tempo, é o novo foco dos investigadores. Onde assistir: Netflix, estreia 16 de agosto
A forma dos restos, de Eduardo Berliner
O pintor carioca se habitou a produzir pinturas inquietantes, que nem de longe lembram as paisagens bucólicas que viraram a marca de muitos artistas contemporâneos. Ele aposta em transmutações e recombinações entre o humano e o animalesco, o que remete ao masoquismo e à crueldade. Na obra "Balanço", por exemplo, um corpo é ligado ao brinquedo, enquanto "Passeio" retrata um cachorro com cabeça de criança.
Berliner diz que sua intenção não é obrigar os espectadores a dar um sentido específico para cada trabalho ou mesmo para o conjunto. Ele só almeja dar as condições para cada um analisar a complexidade das relações e as distorções produzidas nas nossas memórias - que invariavelmente nos obrigam a concluir coisas que não fazem o menor sentido. Onde: Casa Triângulo, Rua Estados Unidos, 1324, Jardins, São Paulo, (11) 3167-5621. Até 14 de setembro.