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Nike e Amazon são cobradas a socorrer "setor falido" da moda

A campanha #PayYourWorkers visa as marcas, que tiveram lucro em 2020, para criarem um fundo de indenizações pagando aos fabricantes o equivalente a dez centavos de dólar a mais por camiseta

 (Massimo Pinca/Reuters)

(Massimo Pinca/Reuters)

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Julia Storch

Publicado em 16 de março de 2021 às 06h41.

As grifes de moda deveriam consertar seu "setor falido" fazendo com que milhões de trabalhadores atingidos pela pandemia recebam seus salários integrais e garantindo indenizações se vagas forem cortadas, disse uma coalizão de mais de 200 grupos de ativistas nesta segunda-feira (15).

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A campanha #PayYourWorkers afirmam que marcas e varejistas que tiveram lucro em 2020, como Nike, Amazon e Next, poderiam impedir que os fabricantes de roupas "passem fome" e criar um fundo de indenizações pagando aos fabricantes o equivalente a dez centavos de dólar a mais por camiseta.

"Este é o mínimo que as marcas deveriam fazer rumo a salários básicos, o que deve se tornar o padrão de uma recuperação pós-pandemia", disse Ineke Zeldenrust, da Clean Clothes Campaign, que integra a coalizão. "Esta proposta é alcançável".

Embora os fabricantes de alguns países de fato paguem indenizações aos trabalhadores se estes perderem o emprego, proprietários de fábricas muitas vezes são pressionados quando uma marca cancela encomendas subitamente, o que acaba afetando o trabalhador, dizem pesquisadores.

Grifes de moda cancelaram encomendas de bilhões de dólares nos três primeiros meses da pandemia, já que a Covid-19 fechou lojas de todo o mundo, levando a perdas salariais estimadas em ao menos 3,2 bilhões de dólares.

Embora as encomendas tenham crescido na segunda metade de 2020, algumas marcas ocidentais exigiram cortes de preços e pagamentos atrasados de fornecedores desesperados por qualquer encomenda para sobreviver, disseram ativistas.

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