New Order faz show curto e decepciona fãs em SP
Banda que mistura rock e música eletrônica era uma das principais atrações do Ultra Music Festival, realizado anteontem, no Sambódromo do Anhembi
Da Redação
Publicado em 6 de janeiro de 2012 às 16h55.
São Paulo - Em meio a uma trilha predominantemente bate-estaca, um oásis que misturou rock com música eletrônica. Assim funcionou a apresentação da banda britânica New Order, uma das principais atrações do Ultra Music Festival (UMF), realizado anteontem, no Sambódromo do Anhembi. Pena que essa mesma apresentação, um respiro em meio a programações eletrônicas, loops e samples, não foi usufruída pelo público em toda sua potencialidade.
Primeiro porque o som estava ruim, a ponto de a voz do vocalista e guitarrista Bernard Sumner ficar abafada pelos instrumentos da banda. Quando Sumner conversava com o público - e ele conversou bastante -, era possível ouvi-lo com certa facilidade. Mas, na hora de cantar, o que se fazia mais audível era o tecladinho que virou marca registrada da banda, formada na década de 80, pelos rapazes de Manchester, remanescentes do Joy Division (que teve Sumner como um dos fundadores e que chegou ao fim após o suicídio de Ian Curtis).
O segundo problema foi que a banda fez um show curto, de 60 minutos cravados. Uma decepção para quem esperava uma apresentação parecida com o que o New Order fez em 2006, na Via Funchal, em São Paulo, em sua então segunda passagem pelo Brasil. Naquela ocasião, o som também não foi favorável a eles, mas o set list mais extenso - aumentando, consequentemente, o número de hits - e a empolgação da banda contribuíram para o status de bom show. Um banho de água fria também para os fãs que esperavam, ao menos, que o New Order fosse manter o repertório que vem apresentando em sua atual turnê, algo em torno de 15 músicas - e não 9 canções, como aconteceu no palco do UMF. Com essa redução no set list, ficaram de fora canções como a sempre aguardada "Love Will Tear us Apart", um clássico do Joy Division, eternizado por Ian Curtis e recorrente no repertório do New Order.
Sem o baixista Peter Hook - que está mais ocupado com sua carreira solo e em falar mal dos antigos companheiros -, Bernard Sumner, o baterista Stephen Morris, o guitarrista Phil Cunningham, a tecladista e guitarrista Gillian Gilbert, que está de volta ao grupo, e o novo baixista Tom Chapman subiram ao palco às 21h50, sob uma garoa fina. O mau tempo, aliás, fez Sumner lembrar de sua Manchester, na Inglaterra. "É um prazer estar de volta a São Paulo", disse o vocalista, simpático, para, em seguida, emendar "Crystal", tirada do sétimo álbum, "Get Ready".
Não faltaram sucessos como "Bizarre Love Triangle", "The Perfect Kiss" e "Blue Monday" - que, nesta turnê, tem sido reservada para o bis do show. Mas depois ficou claro por que o hit estava no meio do repertório. Às 22h50, a banda se despediu rapidamente. E o bis nunca veio. As informações são do Jornal da Tarde.
São Paulo - Em meio a uma trilha predominantemente bate-estaca, um oásis que misturou rock com música eletrônica. Assim funcionou a apresentação da banda britânica New Order, uma das principais atrações do Ultra Music Festival (UMF), realizado anteontem, no Sambódromo do Anhembi. Pena que essa mesma apresentação, um respiro em meio a programações eletrônicas, loops e samples, não foi usufruída pelo público em toda sua potencialidade.
Primeiro porque o som estava ruim, a ponto de a voz do vocalista e guitarrista Bernard Sumner ficar abafada pelos instrumentos da banda. Quando Sumner conversava com o público - e ele conversou bastante -, era possível ouvi-lo com certa facilidade. Mas, na hora de cantar, o que se fazia mais audível era o tecladinho que virou marca registrada da banda, formada na década de 80, pelos rapazes de Manchester, remanescentes do Joy Division (que teve Sumner como um dos fundadores e que chegou ao fim após o suicídio de Ian Curtis).
O segundo problema foi que a banda fez um show curto, de 60 minutos cravados. Uma decepção para quem esperava uma apresentação parecida com o que o New Order fez em 2006, na Via Funchal, em São Paulo, em sua então segunda passagem pelo Brasil. Naquela ocasião, o som também não foi favorável a eles, mas o set list mais extenso - aumentando, consequentemente, o número de hits - e a empolgação da banda contribuíram para o status de bom show. Um banho de água fria também para os fãs que esperavam, ao menos, que o New Order fosse manter o repertório que vem apresentando em sua atual turnê, algo em torno de 15 músicas - e não 9 canções, como aconteceu no palco do UMF. Com essa redução no set list, ficaram de fora canções como a sempre aguardada "Love Will Tear us Apart", um clássico do Joy Division, eternizado por Ian Curtis e recorrente no repertório do New Order.
Sem o baixista Peter Hook - que está mais ocupado com sua carreira solo e em falar mal dos antigos companheiros -, Bernard Sumner, o baterista Stephen Morris, o guitarrista Phil Cunningham, a tecladista e guitarrista Gillian Gilbert, que está de volta ao grupo, e o novo baixista Tom Chapman subiram ao palco às 21h50, sob uma garoa fina. O mau tempo, aliás, fez Sumner lembrar de sua Manchester, na Inglaterra. "É um prazer estar de volta a São Paulo", disse o vocalista, simpático, para, em seguida, emendar "Crystal", tirada do sétimo álbum, "Get Ready".
Não faltaram sucessos como "Bizarre Love Triangle", "The Perfect Kiss" e "Blue Monday" - que, nesta turnê, tem sido reservada para o bis do show. Mas depois ficou claro por que o hit estava no meio do repertório. Às 22h50, a banda se despediu rapidamente. E o bis nunca veio. As informações são do Jornal da Tarde.