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Nem cão importado salva a comédia "Mato Sem Cachorro"

Comédia romântica marca a estreia de Pedro Amorim na direção de um filme

Cena de “Mato Sem Cachorro”: filme é estrelado por Bruno Gagliasso e Leandra Leal (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2013 às 18h31.

São Paulo - O gênero comédia romântica , popularizado por Hollywood, encontra dificuldade para se estabelecer nas produções nacionais. Temos atores e atrizes que não fariam feio se fossem escalados para produções leves e despretensiosas, apenas para divertir o público. Mas boa parte de nossos produtores e diretores não conseguem contar uma história de amor divertida, com seus altos e baixos, sem apelar para as piadas de duplo sentido ou mesmo mergulhar em tiradas escatológicas e preconceituosas.

"Mato Sem Cachorro", filme de estreia de Pedro Amorim, não foge à regra seguida pelas produções nacionais recentes. O casal formado por Bruno Gagliasso (Deco) e Leandra Leal (Zoé) possui química suficiente para divertir o público, mas o roteiro põe tudo a perder.

Pior ainda, o humorista Danilo Gentili, que deveria proporcionar o alívio cômico na história, se limita apenas a desfiar um rosário de piadas sem graça e preconceituosas que nada acrescentam à produção. Apenas ele se diverte com as brincadeiras que deveriam fazer a plateia rir. Não há clima romântico que resista quando ele está em cena e chama para si as atenções, em meio a inúmeros merchandisings dos patrocinadores.

Deco é um nerd sem iniciativa que não consegue se firmar como produtor musical no Rio de Janeiro. Ele divide o apartamento com Leléo, o primo paulista interpretado por Gentili, que exagera no sotaque interiorano e é muito espaçoso.

A monotonia de Deco é sacudida quando ele conhece Zoé, produtora de um programa escabroso de rádio, depois de quase atropelar um cão. Eles socorrem o bicho e acabam se apaixonando. Guto, o filhote de cachorro, sofre de uma doença rara e desmaia em situações de estresse. Mas nem mesmo o mascote, passado algum tempo, consegue manter o casal unido. Deco continua o largadão de sempre e Zoé, impaciente, leva Guto para viver com ela.


Claro que ainda existe atração entre os dois e o filme vai criar situações para tentar uni-los novamente, tendo Guto como cupido. Deco, no entanto, seguindo os conselhos do primo, complicará ainda mais sua situação.

Rafinha Bastos, que foi colega de Gentili no CQC, faz uma ponta como o veterinário que descobre a doença de Guto, que no filme é "interpretado" por dois irmãos trazidos dos Estados Unidos (um é filhote).

Para não dizer que o filme é de todo ruim, são engraçadas as cenas com o cantor Sidney Magal, brincando com a fama de cantor brega, e com Leandro Firmino, de "Cidade de Deus", ironizando sua célebre cena no filme de Fernando Meirelles, em que empunha um revólver e exige ser chamado de Zé Pequeno.

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São Paulo - O gênero comédia romântica , popularizado por Hollywood, encontra dificuldade para se estabelecer nas produções nacionais. Temos atores e atrizes que não fariam feio se fossem escalados para produções leves e despretensiosas, apenas para divertir o público. Mas boa parte de nossos produtores e diretores não conseguem contar uma história de amor divertida, com seus altos e baixos, sem apelar para as piadas de duplo sentido ou mesmo mergulhar em tiradas escatológicas e preconceituosas.

"Mato Sem Cachorro", filme de estreia de Pedro Amorim, não foge à regra seguida pelas produções nacionais recentes. O casal formado por Bruno Gagliasso (Deco) e Leandra Leal (Zoé) possui química suficiente para divertir o público, mas o roteiro põe tudo a perder.

Pior ainda, o humorista Danilo Gentili, que deveria proporcionar o alívio cômico na história, se limita apenas a desfiar um rosário de piadas sem graça e preconceituosas que nada acrescentam à produção. Apenas ele se diverte com as brincadeiras que deveriam fazer a plateia rir. Não há clima romântico que resista quando ele está em cena e chama para si as atenções, em meio a inúmeros merchandisings dos patrocinadores.

Deco é um nerd sem iniciativa que não consegue se firmar como produtor musical no Rio de Janeiro. Ele divide o apartamento com Leléo, o primo paulista interpretado por Gentili, que exagera no sotaque interiorano e é muito espaçoso.

A monotonia de Deco é sacudida quando ele conhece Zoé, produtora de um programa escabroso de rádio, depois de quase atropelar um cão. Eles socorrem o bicho e acabam se apaixonando. Guto, o filhote de cachorro, sofre de uma doença rara e desmaia em situações de estresse. Mas nem mesmo o mascote, passado algum tempo, consegue manter o casal unido. Deco continua o largadão de sempre e Zoé, impaciente, leva Guto para viver com ela.


Claro que ainda existe atração entre os dois e o filme vai criar situações para tentar uni-los novamente, tendo Guto como cupido. Deco, no entanto, seguindo os conselhos do primo, complicará ainda mais sua situação.

Rafinha Bastos, que foi colega de Gentili no CQC, faz uma ponta como o veterinário que descobre a doença de Guto, que no filme é "interpretado" por dois irmãos trazidos dos Estados Unidos (um é filhote).

Para não dizer que o filme é de todo ruim, são engraçadas as cenas com o cantor Sidney Magal, brincando com a fama de cantor brega, e com Leandro Firmino, de "Cidade de Deus", ironizando sua célebre cena no filme de Fernando Meirelles, em que empunha um revólver e exige ser chamado de Zé Pequeno.

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