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Nem Caminito, nem Puerto Madero: esse roteiro mostra o 'lado B' de Buenos Aires

A Casual EXAME mostra o roteiro fora do óbvio que vai te fazer repensar seu conceito sobre a capital da Argentina

‘Lado B’ de Buenos Aires: o turismo que você não conhece (Wikimedia Commons/Divulgação)

‘Lado B’ de Buenos Aires: o turismo que você não conhece (Wikimedia Commons/Divulgação)

Luiza Vilela
Luiza Vilela

Repórter de Casual

Publicado em 3 de dezembro de 2025 às 18h16.

Última atualização em 3 de dezembro de 2025 às 18h18.

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Buenos Aires (Argentina)* - Bom vinho, chorizo, empanada, alfajor e tango a menos de 3h de voo de distância. É fácil entender porque Buenos Aires é um destino turístico tão atrativo para os brasileiros. Só nos primeiros quatro meses de 2025, foram 151 mil visitantes do Brasil na capital argentina. 

Entre os principais atrativos, além da gastronomia, estão os locais turísticos. Em bairros famosos como Palermo, Recoleta, San Telmo e Puerto Madero, há passagens quase obrigatórias para quem visita cidade. Mas há beleza nos destinos "escondidos": restaurantes, museus e passeios exclusivos que pouca gente conhece na cidade.

Para quem quer conhecer o "lado B" de Buenos Aires, a Casual EXAME separou um roteiro bem diferente do usual para aproveitar a cidade. Confira:

Vinícola Gamboa

Nem só em Mendoça e Salta se produz bom vinho argentino — mas existe um bom motivo para que as vinícolas e garrafas mais conhecidas venham de lám, além do bom terroir da região. Na década de 1930, o então presidente da Argentina, Agustín Pedro Justo, proibiu a produção de vinhos fora da região de Cuyo.

A lei caiu somente em 1998 e, no começo dos anos 2000, as primeiros vinícolas nos arredores de Buenos Aires começaram a plantar vinhas. A mais próxima — e aberta a visitação — é a Gamboa, criada em 2012 e distante cerca de 45 minutos da capital argentina.

O espaço fica em uma área de colinas, rodeada de floresta e um lago natural. Ao todo, são 6 hectares de vinhedos, cujo principal plantio é das uvas Cabernet Franc, Pinot Noir, Malbec, Pinot Gris e Semillon. A produção é restrita: cerca de 2 mil garrafas ao ano, a depender da safra. Outras bebidas, como cerveja de uvas (Tanat e Moscatel) e vermute, também são fabricadas no local.

A visita guiada inclui o passeio pelas vinhas, o espaço de armazenamento em barris e a degustação de algumas das garrafas da casa. É possível também almoçar no restaurante local, com opções de pratos típicos da região. O valor do passeio é de US$ 170 e pode ser contratado diretamente pelo site.

José El Carinero

Se ainda sobrar espaço depois do almoço na vinícola, um ótimo local para jantar é o restaurante José El Carnicero — que, como o próprio nome já sugere, é um ótimo espaço para comer carne bovina. Localizado no bairro de Palermo, o espaço conta com uma oferta ampla e variada de cortes de carne, bem harmonizados com vinhos argentinos.

Apesar de não ser o mais conhecido dos turistas, o espaço é concorrido — vale a pena fazer uma reserva. Fica a dica para pedir o calamar de entrada, que combina lulas com outros ingredientes da casa, e a carne que chega ao prato pegando fogo (literalmente) como prato principal.

Endereço: Thames 2316, Palermo | @xjoseelcarnicerox 

Hipódromo Argentino

Esqueça o futebol: se tem outro esporte em que os "hermanos" são campeões, essa modalidade é o Polo. A Argentina é atualmente o país com mais vitórias na história do esporte — acumula cinco medalhas de ouro, uma de prata e duas de bronze.

Em Palermo, é possível visitar os campos onde acontecem as partidas do campeonato mundial. E logo na frente fica o Hipódromo Argentino, que todos os anos abriga 1.400 corridas com cavalos ao longo de 120 dias no ano, três vezes por semana. O circuito de terra é considerado um dos melhores do mundo, e a pista é uma das mais modernas da América do Sul.

Além das corridas (que são de graça, inclusive), o local também conta com um cassino, espaço de marcas e a Rabieta — única cervejaria da América Latina autorizada a produzir cervejas Guinness. Fica localizada na Confeitaria Paris, fundada em 1912, dentro do complexo do Hipódromo, que tem entrada gratuita.

Sagardi Cocineros Vascos

Uma boa pedida no almoço ou no jantar é premiado restaurante Sagardi Cocineros Vascos. A rede, que é famosa na Europa, tem pouquíssimas unidades na Argentina e oferece o melhor da gastronomia do país. Por lá, além dos cortes bovinos, há também várias opções de pescados e pratos vegetarianos.

Para quem é apaixonado por vinhos, o espaço tem uma farta adega com alguns dos melhores rótulos da Argentina.

Endereço: Humberto 1º 319, C1103ACG Cdad. Autónoma de Buenos Aires, Argentina | @sagardiargentina

Obelisco — mas lá de cima

O Obelisco é considerado um dos mais conhecidos cartões-postais da cidade. Erguido na Praça da República em comemoração ao quarto centenário da fundação de Buenos Aires, o monumento tem quase 70 metros de altura e fica localizado no cruzamento das avenidas Corrientes e 9 de julio.

O que pouca gente sabe é que, desde novembro deste ano, também é possível subir até o topo dele para ter acesso a uma vista panorâmica de Buenos Aires imbatível. E nem precisa pensar na escada: foi inaugurado um elevador interno que leva os visitantes até lá em cerca de 1 minuto. O passeio custa 36 mil pesos.

Teatro Colón Fábrica

Se passar no famoso Caminito for uma necessidade, vale a pena esticar o passeio até a Fábrica do Teatro Colón, que fica logo ali ao lado.

Distante do monumento histórico, que fica no centro de Buenos Aires, a fábrica abriga os principais cenários e figurinos das peças, ballets e óperas mais famosos do Colón.

A entrada custa 8,5 mil pesos.

*A repórter viajou a convite da Smiles.

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